Inteligência Artificial Seremos Todos Humanos-Máquina?
Estão chegando as
gerações cyborgs
Após 2030, teremos
de nos confrontarmos com entidades totalmente não-biológicas,
dotadas com a mesma complexidade dos seres humanos.
De acordo com Ray
Kurzweil - cientista da computação - até 2029, os computadores
alcançarão o nível da inteligência humana. Uma vez que a máquina
consiga atingir este objetivo, não há dúvida de que irão
superá-la, porque serão capazes de combinar a criatividade e
flexibilidade da inteligência humana com os recursos pelos quais os
computadores são inerentemente superiores: o compartilhamento de
informações, a velocidade das operações, o fato de trabalhar
sempre com o máximo desempenho e a capacidade para gerenciar com
precisão, bilhões e bilhões de dados. Poderão apoderar-se
substancialmente de todo o conhecimento da civilização
humano-máquina. Assim, não haverá mais uma clara distinção entre
homem e máquina. Afirma Kurzweil.
Mas ... fiquem
tranquilos. Dizem que não haverá nenhuma competição entre nós e
as estranhas engenhocas, porque nos misturaremos e nos uniremos
participativamente.
Segundo Kuszweil,
haverá uma interação entre a informatização generalizada e
nossos cérebros biológicos, então, quando falarmos com uma pessoa
em 2050, poderá haver uma grande probabilidade de estarmos nos
confrontando diretamente com um verdadeiro híbrido de inteligência
biológica e não biológica.
Os implantes neurais
irão aumentar a capacidade da mente humana, transformando as pessoas
em verdadeiros cyborg.
Aumentarão a nossa
inteligência e seremos capazes de pensar mais rápido e mais
profundamente, de desenvolver habilidades superiores em todos os
campos do conhecimento, da música à ciência.
Graças à
nanotecnologia, a inteligência não-biológica irá crescer
exponencialmente - uma vez implantada no nosso cérebro - o oposto do
que acontece com a inteligência biológica que procede a um ritmo
tão lento a ponto de ser efetivamente igual a zero, mesmo que a
evolução continue sempre atuando. Nós, agora, temos um total de 10
elevado a 26 operações por segundo, nos cérebros biológicos dos 7
bilhões de seres humanos no planeta. Em 50 anos, este valor será
sempre o mesmo. Hoje, a inteligência não-biológica é um milhão
de vezes mais longe deste valor.
A nanotecnologia
também irá servir para salvar vidas humanas.
Na verdade, já
existem algumas pessoas em que os neurónios biológicos do cérebro
estão ligados a computadores e em tal sistema, a eletrônica
funciona ao lado do circuito elétrico biológico. Esses enxertos,
são usados para melhorar certas condições patológicas e
aliviar algumas deficiências, como no caso de pessoas surdas e
pessoas com Parkinson.
Os mais recentes
dispositivos dão, assim, a possibilidade de fazer download de
software para atualizar o sistema.
Em pouco tempo, se
poderá fazer uso dos nanobots – que são do tamanho dos glóbulos
– capazes de entrar nos capilares e no cérebro, de forma não
invasiva, para uma vasta gama de efeitos diagnóstico e terapêuticos.
Em casos de hepatite
e diabetes, por exemplo, um dispositivo - sob a forma de cápsula,
com poros de diâmetro de 7 nanômetros - libera insulina e bloqueia
os anticorpos. Já foi testada em ratos, para o tratamento de
diabetes do tipo 1, com bons resultados e, uma vez que o mecanismo de
diabetes do tipo 1 é o mesmo, tanto nos ratos como no humano, é
evidente se pensar que o aparelho irá também funcionar em seres
humanos.
Assim, abre-se
muitos outros cenários com um sabor surreal.
Já se sabe que, em
um curto período de tempo, poderemos ter, por exemplo, uma realidade
virtual em grande escala, em que os nanorrobôs serão capazes de
interromper os sinais provenientes dos nossos sentidos e
substituí-los com outros. (Então, ir ao banheiro, para muitos, não
será mais um problema: basta pedir aos nossos queridos nanorobôs
para substituir o odor desagradável por um cheirinho de lavanda ou
flores de bosque - por assim dizer!)
Então, o cérebro
poderá encontrar-se, realmente, em um ambiente virtual com as
condições tão convincentes quanto as do ambiente real.
Assim, depois de
2030, desencadearà um grande debate filosófico em torno à questão
de saber se se trata de uma simulação muito convincente de uma
entidade consciente, ou se sejam realmente conscientes ou, ainda, se
existem diferenças entre as duas. Estaremos lá para vermos? O tempo
dirá!