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martedì 2 luglio 2019

Sua Mente não deve lhe comandar!




A mente humana é um instrumento magnífico quando a usamos de uma forma consciente. No entanto, estamos tão acostumados com a sua sutil programação, quase totalmente vinda do meio externo, que em vez de comandá-la ou decidir o que queremos pensar, nos deixamos ser comandados por ela. Na realidade, você não usa a mente. É ela que usa você de um modo tal que você acredita que É a sua mente. Aí está o delírio

Estamos tão identificados com ela que nem percebemos que somos seus escravos.
Se nos identificamos com a mente, criamos uma tela opaca de conceitos, rótulos, imagens, palavras, julgamentos e definições que bloqueia todas as relações verdadeiras. Essa tela se situa entre você e o seu eu interior, entre você e o próximo, entre você e a natureza, entre você e Deus. É essa tela de pensamentos que cria uma ilusão de separação, uma ilusão que existe você e um “outro” totalmente à parte.

Esquecemos o fato essencial de que, debaixo do nível das aparências físicas, formamos uma unidade com tudo aquilo que é. Por “esquecermos” quero dizer que não sentimos mais essa unidade como uma realidade evidente por si só. Podemos até acreditar que isso seja uma verdade, mas não mais a reconhecemos como verdade. Acreditar pode até trazer conforto. No entanto, a libertação só pode vir através da vivência pessoal.

Mas podemos nos libertar do dominio da mente. A Liberdade começa quando nos colocamos na posição de observadores dos nossos próprios pensamentos. Isso desencadeia um notável despertar da consciência, elevando-a a um nível cada vez mais alto, nos permitindo de dar o start para uma nova percepção de quem realmente somos, do poder escondido em nós.

Você é este observador que consegue observar o processo frenético de geração de pensamentos no qual a sua mente está constantemente trabalhando.

Você é a Consciência e o Espírito que habita seu corpo e que deveria controlar a sua mente condicionada e barulhenta.

Como observadores, percebemos que não somos aquela mente como uma entidade dominadora. Começamos a perceber que o pensamento é apenas um aspecto diminuto da vasta área de inteligência que vai bem além. Percebemos também que todas as coisas realmente importantes como a beleza, o amor, a criatividade, a alegria e a paz interior surgem de um ponto além da mente. Onde? Como? Ouça a voz dentro da sua cabeça, esteja lá presente, como uma testemunha. Observe o pensador.

Comece a prestar atenção ao que a voz diz e isso vai desequilibrar o seu dominio. É nesse ponto, então, que começamos a acordar. Quando isso acontece, uma nova dimensão da consciência acabou de surgir. Você observando o seu pensamento, sente uma presença consciente, que é o seu eu interior mais profundo, por trás do pensamento. Dessa forma, o pensamento involuntário e compulsivo perde o poder que exerce sobre você e lhe abandona, porque a mente não encontra mais nenhuma identificação sua para com ela. Esse é o começo do seu DESPERTAR!

Não faça coisa alguma. Apenas observe. Observar não é um fazer. Assim como você observa o pôr do sol ou as nuvens no céu, observe o tráfego de pensamentos: relevante, irrelevante, consistente, inconsistente, qualquer coisa que esteja ocorrendo. Você simplesmente observa, mas não se preocupa com nada. Seja observador. Nada é da sua conta: se for ambição que estiver passando, deixe-a passar; se for raiva passando, deixe-a passar. Se for alegria ou amor, continue a deixar passar. Não interfira, não julgue. São apenas pensamentos passando. Deixe-os passar e apenas observe.
Essa é uma simples metodologia de observar a mente, onde você "não tem nada a ver com isso"... Abandone a obrigação de saber qualquer coisa sobre o que você observa. Você verá o que está errado, onde alguma coisa está errada, mas você permanece separado. Apenas fazendo e treinando isso, um dia, subitamente, você será capaz de observar sua mente sem julgá-la – esse procedimento traz a quietude.
Muitas vezes você irá fracassar, mas isso não deve preocupá-lo... Não há nenhuma perda, isso é natural. No entanto, uma vez que tenha sentido paz, por menor que tenha sido o tempo de duração, uma vez que você tenha, mesmo por um único momento, se tornado o observador, você então saberá como se tornar o observador!

Meditação, portanto, é simplesmente observação, consciência. E isso apenas revela - não inventa nada. Você encontra a quietude... Uma vez nesse espaço, sua mente sai renovada, atenta. Você continuará a viver no mesmo mundo, mas não do mesmo modo. Você estará entre as mesmas pessoas, mas não com a mesma atitude, não com a mesma abordagem.
Você irá viver como um lótus na água: dentro d'água, porém absolutamente intocado pela água.(OSHO)


Fonte: Eckhart Tolle . O Poder doAgora