sabato 20 febbraio 2021

As mudanças velozes na sociedade, voam mais rápidas que a nossa imaginação.

 


As novidades tecnológicas se alternam a um ritmo vertiginoso. A reação entre os seres humanos, a cultura e a sociedade é, às vezes, muito lenta e se torna sempre mais difícil controlar e acompanhar as mudanças.

O desenvolvimento tecnológico, o proliferar incontrolado da informação etc não são temas muito simples para um pobre sapiens mortal. Mas, por outro lado, são argumentos importantes sobre os quais precisa-se refletir, se quisermos entender como será o futuro.

As mudanças serão cada vez mais rápidas

Depois de inventar a roda, a humanidade demorou mais de cinco mil anos para aprender a voar. Mas entre a primeira descolagem de um avião e a aterragem na Lua, decorreram apenas 66 anos.

O primeiro iPhone surgiu em 2007. Os satélites do sistema GPS só ficaram em órbita em 1995; 20 anos depois, entre apps e equipamentos de navegação, a maior parte das pessoas tem um computador a dar-lhe indicações com a ajuda de satélites.

Hoje, quase não conseguimos lembrar da vida pré-Wikipédia, Skype, Facebook, YouTube, iPhone e iPad apesar de todos estes sites e produtos terem nascido depois do ano 2000.

Sabemos que tempo está fazendo lá fora, simplesmente consultando um computador que cabe na palma da mão, antes mesmo de abrir a janela; fazemos telefonemas olhando para o nosso interlocutor; avistamos drones a filmar-nos lá do alto e encolhemos os ombros; cruzamo-nos com carros elétricos nas estradas. E lemos as notícias de um novo gadget ou salto tecnológico com a ligeireza de quem espreita o menu num restaurante.

Armazenamento em "nuvem"? Smartwatches? Impressoras 3D? Carros que se conduzem sozinhos, auto-móveis na total acepção da palavra? Nada nos surpreende. A ficção científica deixou de existir e se confunde com a realidade. A tecnologia e as mudanças velozes na sociedade, são mais férteis e voam mais rápidas que a nossa imaginação.

A Vida já está se alongando de modo incrível

Durante o século XX, a expectativa média de vida nos países desenvolvidos cresceu 30 anos. Claro que uma boa parte deste aumento é atribuível à redução da mortalidade infantil, já em níveis próximos de zero, pelo que ninguém espera um novo incremento de 30 anos de vida até ao fim do século XXI. Mas uma série de avanços nas ciências médicas prometem nos fazer beber as gotas da fonte da juventude: terapia personalizada e direcionada, baseada na informação genética de cada um, nano-medicina, que permite atingir partes quase inacessíveis do corpo e aplicar a medicação no ponto exato em que é necessária, cirurgia robótica, mais precisa do que a mão humana, reprogramação celular, para reverter os efeitos do envelhecimento das células, cultura de órgãos a partir de células estaminais. Existe uma esperança média de vida superior a 105 anos já nos pròximos 50-100 anos, e isto sem levar em conta qualquer nova revolução científica que trave o envelhecimento das células. Há cientistas que acreditam que a primeira pessoa a atingir os 150 anos já nasceu (até agora, o recorde é de 122 anos). O mundo em desenvolvimento deverá ver a sua expectativa de vida aumentar ainda mais, proporcionalmente, face à melhoria de condições básicas (como acesso à água potável) e controlo ou erradicação de doenças como a malária.

O trabalho será mais independente e mais global

Hoje somos todos vizinhos. Num mundo globalizado a uma escala nunca antes concebida, cada vez mais pessoas fundam uma microempresa com janela para os cinco continentes, seja como principal meio de sustento seja como complemento aos rendimentos oficiais. A internet tornou-nos potenciais produtores, com clientes à distância de um clique. Ou de um "gosto": com o auxílio imprescindível das redes sociais, milhares de pessoas transformaram num negócio uma qualquer especialidade que antes não passava de um passatempo.

A inexistência de fronteiras virtuais faz de cada um de nós inventor, produtor e vendedor, sem necessidade de intermediários nem uma rede de distribuição clássica. E isto é só o princípio. Não só esta crescente independência tende a reforçar-se como uma das últimas e mais revolucionárias inovações dos últimos anos, mas fará com que este novo tipo de trabalho se torne menos manual, mais automatizado.

Todos seremos interconectados, criando um mercado global

A internet é a via rápida para o fim da pobreza. Dito assim, soa no mínimo simplista. Mas é esse o caminho que Mark Zuckerberg propõe: pôr todas pessoas online como primeiro passo para criar riqueza.

Não parece grande feito para quem vive na Europa, onde 80% da população está ligada à rede. Olhando mais além, porém, percebemos que apenas um terço da Humanidade tem acesso à internet.

O plano do fundador do Facebook passa por uma parceria com alguns dos gigantes mundiais das telecomunicações móveis para levar internet barata, ou mesmo gratuita, às regiões menos desenvolvidas, com particular ênfase na promoção e no desenvolvimento de planos de pequenos negócios. Não é coisa pouca: um estudo da Deloitte estima que a massificação da internet no mundo em desenvolvimento pode criar 140 milhões de postos de trabalho. A globalização será total. É a democratização completa do mercado: a criação do próprio emprego será cada vez mais a regra e, no limite, ninguém depende de terceiros, de multinacionais, a controlar todo o processo de criação e fabrico de produtos. A absoluta massificação da internet ajudará a reduzir o número de pobres para metade, até 2030, e será o motor de crescimento da classe média, que nos próximos 15 anos deverá crescer do atual um bilhão de pessoas para dois ou mesmo três bilhões. Uma evolução que deverá acarretar sérias consequências políticas e de equilíbrio global. A China, que se espera vir a ter 75% da sua população nesta faixa econômica, pode "sofrer" enormes pressões democráticas; muitos analistas consideram que 12 mil dólares de PIB per capita são o ponto de não retorno a um sistema ditatorial, sendo que a China está neste momento nos sete mil dólares (em Portugal, é 22 mil). Mas a internet e as tecnologias são também uma ameaça à democracia, já que está neste mesmo mundo interconectado…

Aumento da vigilância dos cidadãos sobre governos e empresas

Quando Edward Snowden, ex-analista da CIA, começou a divulgar os hábitos e as estratégias das agências de espionagem americanas, a suspeita transformou-se em certeza: nem tudo o que fazemos na internet fica na internet. Entre programas informáticos que funcionam como "portas traseiras", por onde os espiões de vários governos entram e recolhem informação de milhares, ou milhões, de cidadãos, e ordens oficiais e oficiosas de entrega de informação por parte de gigantes como o Google, o Facebook e a Apple, tudo o que fazemos é passível de ser monitorizado. E a maioria da população parece resignada. Após o choque e indignação iniciais, as constantes novas revelações de Snowden pouco brado provocam.

Damos por adquirida a inevitabilidade de um Estado orwelliano. Encaramo-lo como um justo preço a pagar pela segurança, pelo ainda mais alto valor da vida. Impressionados e amedrontados pelas imagens de decapitações e outras barbáries vindas do Estado Islâmico e seus derivados, abdicaremos voluntariamente de muitas liberdades fundamentais e sacrificaremos a nossa privacidade.

Com a justificação de prevenir o terrorismo, o aumento da vigilância e controlo sobre as sociedades será crescentemente pacífico entre os povos. Esta é, no entanto, uma faca sem cabo: os criminosos também têm acesso à rede, e portanto…

As ameaças terroristas passarão para o mundo cibernético

Quanto mais importante e central for a internet na sociedade moderna, quanto mais real for o mundo virtual, mais vulneráveis seremos a ataques cibernéticos e mais destrutivo se revelará cada um desses atentados. Como que a juntar miséria à pobreza, a origem do ciberterrorismo é difícil de detectar e as suas consequências devastadoras, face à relativa facilidade de implementação, são armas baratas, que estão ao alcance de pequenos Estados e até grupos ou indivíduos.

O lucro vai deixar de ser o único objetivo das empresas.

A sustentabilidade é um novo fator de competitividade.

Foi-se o tempo em que a maximização das receitas e minimização das despesas eram as únicas coisas que importavam. Hoje, as preocupações ambientais e sociais são parte crucial dos planos estratégicos de qualquer empresa moderna. E não nos referimos a greenwashing (marketing puro, sem substância a acompanhá-lo). Uma companhia do século XXI prova ter visão de longo prazo quanto mais socialmente responsável se mostrar ou seja, ter uma pegada positiva na sociedade e na natureza, prova a sua própria sustentabilidade econômica e financeira.

Esta abordagem, além de ser um fator diferenciador, de competitividade, aos olhos do consumidor, permite-lhe atrair os melhores talentos, reduzir despesas através da racionalização da energia, da água e da matéria-prima, aumentar a produtividade dos trabalhadores, beneficiar de sistemas fiscais mais amigáveis e até de conseguir melhor crédito bancário; há uma crescente tendência de os bancos incluírem a responsabilidade social nos fatores que ajudam a calcular a taxa de juro dos empréstimos. E ainda bem que o mundo empresarial está mudando.

Novas ideias… novas invenções importantes! - Capítulo XXII 


sabato 6 febbraio 2021

O que se esconde por trás do “Querer é Poder”

 


Essa brevíssima expressão é um dos mais agudos, fundamentais e verdadeiros conceitos que a mente humana já concebeu. porque dentro dela pode se esconde o segredo da forma de se obter tanto o sucesso como a desilusão.

A primeira coisa seria compreender de onde vem o “querer”. Se essa “vontade”, vem de uma projeção do desejo do ego - que fantasia sobre fazer coisas que realmente não tem a coragem de fazer - ou se é uma emanação da intenção genuína de realizar algo, partindo do verdadeiro SER.

As pessoas têm uma parte que pode ser influenciável, que dúvida e que nunca sabe o que realmente quer, e que está adormecida e imóvel; e outra parte mais oculta, que sabe muito bem o que quer e o que pode fazer, por isso está ligada á consciência e ao movimento.

Querer alcançar resultados, sem no entanto fazer o trabalho necessário para que eles cheguem, é NÃO QUERER. Desejar a meta, sem percorrer o caminho, é NÃO QUERER. Desejar que os problemas sejam resolvidos, sem entendê-los, é NÃO QUERER. Querer ir além dos seus limites e crescer, mas sem entrar no processo, é NÃO QUERER. Querer que a vida mude e não mudar a si mesmo primeiro é NÃO QUERER.

Portanto, há duas fases para a vontade: a primeira designa a meta; nesta fase a vontade se manifesta positivamente, mas á medida que se aproxima a segunda fase - aquela que designa o caminho a percorrer e os passos a serem dados para atingir a meta - aí a resposta negativa se manifesta. O primeiro vem do SER, que sabe o que quer e, portanto, PODE; a segunda vem do ego, que projeta sua própria fraqueza e, portanto, NÃO PODE.

Por isso é de incalculavel importância, penetrar na exateza e na dimensão do significado de 'querer é poder'. Penetrá-lo, significa acender uma grande luz dentro de si mesmo, conhecer o real poder e tomar possessão da chave á qual nenhuma porta pode resistir indefinidamente.

Quando querer é realmente poder

Não existe um só problema da vida, por mais difícil e complexo, em que a solução não possa ser conseguida por quem não pára nunca de querer conseguir. Em outras palavras, nenhum problema da vida é mais forte do que a vontade autêntica do homem, se essa vontade agride irreversivelmente os problemas e trabalha em cima deles até encontrar a solução. Quem é cético sobre essa verdade (mesmo crendo de ter entendido), na realidade não penetrou ainda adequadamente no verdadeiro significado de querer é poder.

Querer resolver um problema de modo a conseguir inexoravelmente a solução, quer dizer estudá-lo com calma e aprofundá-lo o mais possivel; quer dizer procurar tomar informações e elucidações sobre ele a toda e qualquer pessoa que tenha a possibilidade de dá-las; quer dizer não ceder nunca ao cansaço ou ao desconforto, e nunca se desencorajar defronte ás dificuldades, de qualquer gênero que sejam; quer dizer ter paciência, dedicação e tenacidade ilimitadas; e principalmente, quer dizer não parar nunca de manter tudo isso até o momento da almejada e certissima vitoria. Esse é o modo em que o 'querer' equivale a 'poder'.

Na realidade, quem é dotado dessa pertinência, se afirma de poder realizar tudo que quiser, não faz outra coisa que enunciar uma verdade.

Se alguem afirma que querer é poder e não consegue resolver os seus mais básicos problemas é, ou porque não entendeu o verdadeiro significado da frase ou porque ignora que cada solução, cada sucesso de uma certa importância, exige o pagamento de um preço excelente, ás vezes muito excelente; ou porque não se esforça pra haver tenacidade, bom senso, carater, dedicação; ou porque não se dá conta de que a vida, sem a obtenção de certos sucessos, não merece ser vivida; ou por todas essas razões juntas.

O fato é que, se o “querer não for autêntico, muitos desistirão de perseguir a efetiva e satisfatória solução dos próprios problemas. E, se como acham que se trata de uma rendição não muito digna e substancialmente 'culposa', procuram assim, em todas as maneiras, arranjar um alibi, uma desculpa, uma justificação. E aí, jogam acusações para todo lado: acusam os outros, o governo, a sociedade, o tempo, o azar, a própria familia… todos, menos a si mesmos. Sem entender que as adversidades são somente obstáculos e não impossibilidades.

Por outro lado, a vida é na realidade, uma corrida com obstáculos, mas todos superáveis se nos pusermos na condição idônea para haver razão. E a condição idônea é uma indomável e irreversível força da autêntica vontade.

Cada problema que nos defrontamos é um desafio á nossa inteligência; mas é, principalmente, um desafio á nossa força de vontade. É um desafio em que o problema, ou seja, o obstáculo - de qualquer gênero - é inexoravelmente destinado a haver o pior, se a vontade for genuína.

Existem problemas que se resolvem em pouco tempo, outros em muito tempo, outros em muitissimo tempo; mas não existem problemas que não se resolvam em qualquer extensão de tempo, se a vontade persiste até o momento da solução. Eis porque a vontade é a chave que abre todas as portas. eis quando 'querer' é realmente 'poder'.

A única coisa que precisa ter certeza, antes de decidir de solucionar um problema, é que valha mesmo a pena resolvê-lo.

É essa a preciosa verdade que esta frase contém. E nela não tem nada de otimístico porque a verdade - por sua propria natureza - não precisa do fator otimismo ou pessimismo porque a verdade é somente a realidade, assim como é e basta.

Dentro desse contexto, 'querer', quer dizer, sem duvida, 'poder'. Não "talvez" poder, não 'provavelmente' poder, mas simplesmente e certamente PODER, porque a mente conectada com a verdadeira essência do SER, é onipotente e sendo assim, não existe problema não resolvível (fora os metafísicos), se o querer está sujeito ao poder que emana da intenção genuína de realizar, o que significa que é resolvível.

Logo, sem nenhuma dúvida, todas as desilusões, as frustrações e os insucessos que afligem a existência, são devidos ao fato que a equivalência entre 'querer' e 'poder' é ainda uma verdade quase desconhecida.

Prosperidade e Abundância – Cap. XIII


Fonte: "Existir não é viver".