mercoledì 30 ottobre 2019

Lil Miquela – A Influencer de 1,5 milhão de seguidores, mas sem uma alma!





A história nos ensina que existem revoluções que perturbam o mundo e o papel do homem no planeta, revoluções que mudam paisagens e modificam os hábitos e costumes dos habitantes da Terra.
A famosa "revolução industrial", iniciada na Inglaterra no final do século XVIII, foi o primeiro verdadeiro abalo da era moderna. Foi uma mudança radical que transformou completamente o mundo inteiro.

A indústria 4.0 irá transtornar o mundo: Machine Learning, Big Data, Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Robô, Digital, uma revolução histórica para a qual, provavelmente, não temos um bom manual de instruções.

Vários estudos confirmaram que provavelmente metade dos trabalhadores do mundo realizam atividades sujeitas a possíveis introduções de automação e, de acordo com os dados oficiais, 47% dos empregados serão "substituíveis".
Um aspecto fundamental para enfrentar essa série de enormes mudanças é, sem dúvida, a necessidade de reprogramar a sociedade para estar preparada para o que vai acontecer e aumentar nossa disposição de reflexos diante desses grandes choques, a partir da educação, instrução, e da programação.

Tempos difíceis para os influencers
Lil Miquela é aparentemente uma influencer que tem mais de 1,5 milhão de seguidores em seu perfil oficial do Instagram, onde você pode ver as fotos clássicas e os mesmos product placements presentes na rede social de propriedade do Facebook.

Miquela também jà lançou músicas como "Not Mine", "Money" "You Sould Be Alone" que tem mais de 800.000 visualizações no YouTube e com Not Mine alcançou o top 10 na parada de singles virais do Spotify.
As garotas adoram ela, se inspiram em seu look e ouvem as suas músicas que amam.
Miquela é tão artificial que parece quase verdadeira. Seu real nome é Miquela Sousa, mais conhecida on-line como @lilmiquela, vive em Los Angeles, tem muitos amigos no mundo da música, adora arte contemporânea, moda e viagens, defende os direitos dos Sioux contra o oleoduto em Dakota do Norte . Ela é apaixonada por esmaltes coloridos, por piadas cínicas e por George Michael.

Miquela representa brands como Diesel e Moncler e também foi a protagonista da Milan Fashion Week 2018, onde promoveu Prada.
Publica constantemente fotos de si mesma vestida com Chanel, Supreme, Proenza Schouler, Vans e muitas outras marcas. Suas postagens, semelhantes às de muitos outros modelos de mídia social, reúnem dezenas de milhares de curtidas,

A alcinha da blusa se apoia nos ombros como se fossem reais, os dedos com unhas pintadas com esmalte grifado, são reais. Seus auto-retratos parecem os de uma garota normal, com retoques refinados e detalhados em computação gráfica. Por outro lado, sua vida é aquela de uma it girl da era social, tudo - desde as frases que acompanham as imagens até as fotos de lembrança dos famosos desaparecidos - fala a linguagem do contemporâneo.



Mas quem é Lil Miquela?
Surgiram várias teorias sobre sua procedência — alguns apostavam que ela era uma "jogada de marketing do The Sims (série de jogos eletrônicos que simulam a vida real)", enquanto outros acreditavam se tratar de um "terrível experimento social".
Até que, finalmente, o mistério foi revelado: Lil Miquela é uma garota-propaganda criada digitalmente. E, aparentemente, isso não importa para seus milhares de seguidores.

Mas como Miquela foi criada?
Lil Miquela, é um projeto criado propositalmente, realizado inteiramente em computação gráfica. Não há alguma garota ou robô, a foto de fundo é tirada primeiro e depois a influencer é adicionada.
A equipe por trás do projeto recriou o que acredita ser a "Internet Girl" perfeita, que suporta todas as campanhas relacionadas à defesa das mulheres e similares, e tira fotos que possam ser do interesse das pessoas que navegam no Instagram. Os resultados são claros: Miquela conseguiu uma parceria com a conhecida empresa Ugg, terminando em outdoors desde Londres ao Japão.

O que se especula é que a influencer digital foi criada pela equipe de uma misteriosa startup de Los Angeles chamada Brud, que se descreve como "um grupo de solucionadores de problemas em robótica, inteligência artificial e seu uso para empresas de comunicação".

Em 2018, o repórter Damian Fowler, da BBC, solicitou uma entrevista com Miquela, que concordou respondendo: "Acho ótimo!"

Segundo Fowler, a entrevista foi realizada por e-mail com o publicitário e o agente de Miquela — e um deles trabalhava na Brud.

Fowler fez perguntas estratégicas para ela admitir seu status "virtual".

"Como você criou sua identidade?", ele perguntou.
"Provavelmente, assim como você. Estou aprendendo, me moldando de acordo com o ambiente e o que está ao meu redor. Sou apaixonada por música e arte, aprendo o máximo possível sobre Los Angeles todos os dias", respondeu Miquela.

A segunda pergunta foi:
O que você acha das celebridades virtuais?"
"Acho que a maioria das celebridades da cultura pop é virtual. É desanimador ver como a desinformação e os memes deformam nossa democracia, mas acho que isso demonstra o poder do virtual", respondeu.
De acordo com Fowler, "Miquela, ou quem quer que estivesse falando, não viria a revelar nada, mas essa esquiva cuidadosa não parece importar para seus seguidores".
De fato, Miquela é apenas um exemplo da crescente indústria de celebridades virtuais que parece representar cada vez mais o futuro das propagandas, da moda e do comércio.

Mesmo que a inteligência artificial tenha margens ilimitadas de ação, a criatividade e a emoção humanas nunca poderão ser cunhadas ou reproduzidas, por isso, essas serão as alavancas fundamentais do crescimento. Portanto, o que os britânicos chamam de "re-skilling" deverá ser o pré-requisito necessário para nos prepararmos para a revolução da inteligência artificial.

Fonte:
Wall Street Journal
https://www.business.it/robot-cambieranno-mondo-intelligenza-artificiale-big-data/?cn-reloaded=1