mercoledì 1 maggio 2019

Os modelos mentais condicionam todas as nossas interpretações e ações






Diferentes modelos mentais podem motivar diferentes percepções, sentimentos, opiniões e ações. 

Nossos pensamentos e atitudes são reflexos de modelos mentais que representam e guiam a visão de mundo de cada um. Esses mecanismos psíquicos têm impacto direto em tudo o que fazemos no dia a dia.

Muitas vezes naturalizamos tanto determinados padrões, que acreditamos serem os únicos e verdadeiros e agimos apenas de acordo com eles, abrindo mão de um infinito leque de possibilidades que a vida nos oferece.

Cada indivíduo tem o seu próprio modelo mental - o qual é o conjunto de sentidos, pressupostos, regras de raciocínio, inferências - resultante de todas as experiências, historia de vida e situações profundamente arraigados, que influem na nossa maneira de compreender o mundo e nele agir. Os modelos mentais são o filtro pelo qual enxergamos o mundo a nossa volta o que nos leva a fazer determinada interpretação.

Operam permanentemente de modo subconsciente, na nossa vida pessoal, no âmbito profissional em nossas organizações sociais, ajudando-nos a dar sentido à realidade e nela operar com efetividade. Os modelos mentais condicionam todas as nossas interpretações e ações. Eles definem como percebemos, sentimos, pensamos e interagimos.

As diferentes percepções, opiniões e ações não constituem um problema em si mesmas. Elas se tornam conflituosas, quando cada pessoa acredita que a sua maneira de ver as coisas (de acordo com seu modelo mental) é a única “razoável”. Cada um acredita que seu modelo é o modelo válido. Em vez de utilizar as diferentes percepções para expandir suas perspectivas e integrá-las em uma visão comum, cada um dos interlocutores se aferra ao seu próprio ponto de vista. Em vez de indagar sobre o raciocínio do outro para compreender seu modelo mental, os interlocutores travam uma batalha para definir quem tem razão, quem tem a interpretação “correta” da realidade.

A impossibilidade de perceber, implica na impossibilidade de agir. Enquanto o cão responde a um apito ultra-sônico, a pessoa nem o ouve. Enquanto o morcego opera na mais absoluta escuridão, a pessoa se perde.

Modelos Mentais Coletivos
A cultura é um modelo mental coletivo. Como define Edgard Schein, “a cultura é um padrão de pressupostos básicos compartilhados, aprendidos por um grupo durante o processo de resolução de seus problemas de adaptação externa e integração interna. Esse padrão de pressupostos funciona bem o suficiente para ser considerado válido e, portanto, apto para ser ensinado aos novos membros como a maneira correta de perceber, pensar e sentir os temas referentes ao grupo”.
As ideias se aglutinam em um modelo mental coletivo que organiza a (realidade) de uma cultura.

Dentro de qualquer grupo (famílias, profissões, organizações, indústrias, nações), os modelos mentais coletivos se desenvolvem com base em experiências compartilhadas. Ao longo de sua história, os membros do grupo precisam enfrentar desafios. Em resposta, eles desenvolvem uma forma habitual de interpretar as situações e empreender ações. Isso vai se transformando numa parte do modelo mental coletivo e passa de geração a geração como o “conhecimento” do grupo.
O problema é que, com seu retrocesso à noite dos tempos, tal conhecimento perde sua raiz experiencial e se transforma numa verdade absoluta. Em vez de ser “a maneira pela qual nosso grupo respondeu efetivamente aos desafios do passado”, tem-se agora “a única maneira correta de responder aos desafios do presente e do futuro”.

Os desafios às crenças compartilhadas criam ansiedade e entrincheiramento. Mudar os pressupostos culturais é um processo extremamente árduo.

As experiência moldam o modelo mental que a pessoa utiliza para navegar pelo mundo.
Do mesmo modo como as experiências coletivas de aprendizado se transforma na cultura, as experiências pessoais de aprendizado se alojam nos estratos mais básicos da consciência e criam predisposições automáticas a interpretar e agir.

Há premissas do modelo mental que as pessoas adotam desde a mais tenra infância, mesmo antes de terem alguma capacidade de reflexão crítica. Ao longo da vida, essas ideias recebidas de maneira inconsciente se mantêm subjacentes à infinidade de juízos, atitudes e comportamentos que a pessoa considera “óbvios”.

Isso é especialmente perigoso quando o modelo mental está “ancorado” numa situação histórica não resolvida. Nesses casos, a pessoa pode ficar presa num circuito repetitivo, recriando simbolicamente alguma experiência traumática e tentando mudar seu resultado. 

As experiências pessoais, a biologia, a linguagem e a cultura forjam cada modelo mental particular.
Esse modelo leva a pessoa a se associar com certos indivíduos e não com outros; a pensar de uma certa maneira e rechaçar outra; a empreender certas ações sem sequer considerar outras; a decidir o que é aceitável e o que não é. Cada pessoa funciona a partir do seu modelo mental e vive naturalmente na “sua” (realidade). Mas essa (realidade) talvez não seja a mesma percebida pelos outros, cuja biologia, linguagem, cultura e histórias pessoais são diferentes. Todos os seres humanos vivem na mesma realidade, mas a experimentam subjetivamente de maneira diversa.
Portanto, é fundamental mergulhar em diferentes culturas, disciplinas, experiências e linguagens sem perdermos nossas origens.

A consciência humana em todo o mundo, e durante séculos, foi vítima de um tipo de alucinação coletiva produzida por uma perspectiva falaciosa do pensamento condicionado por percepções ilusórias.

A humanidade tem sido condicionada por séculos por ideologias muitas vezes absurdas que aprisionam a liberdade interior e distorcem a percepção da realidade. Estamos convencidos de que somos indivíduos separados, dotados de EU e de livre arbítrio, guiados pelo pensamento e pela razão, de acordo com os rígidos padroes da sociedade.

Assim, nos afastamos da inteligência da natureza e de nossa interconexão com ela, perdemos o contato com a alma e a vida real. As crenças e conformismo inibem a intuição, a inteligência e a espontaneidade.

A confusão e a conflitualidade que afligem a sociedade e os indivíduos em todo o mundo, dependem do fato de que a percepção convencional compartilhada é egoicamente polarizada e é por isso que a normalidade passa a ser patológica, enquanto a liberação (o se libertar) dos enganos mentais, a clareza perceptiva de uma mente livre de condicionamento. e do passado, se tornou uma condição tão rara q passou a ser mitologizada: em vez de chamá-la de estado natural, ela é chamada de iluminação, de modo que o ego pode ser livre em sua busca vã.

O despertar interior que transforma nossa relação com a realidade, não é um pensamento ou um novo modo de pensar, mas a percepção clara da realidade e dos limites do pensamento, que nos liberta do castelo das ilusões em que estávamos perdidos. Mas não é o eu que pode se libertar a si mesmo: é a verdade que liberta, não o teu esforço para se libertar …

"Não vemos as coisas como elas são; vemos as coisas como nós somos." Máxima judaica expressa no Talmude.


Fonte: Web

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