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martedì 27 giugno 2023

O trabalho enobrece ou degrada o homem?

 


Os processos decorrentes do sistema monetário corrompem a sociedade e alienam as pessoas de seu verdadeiro potencial.”

Desde que São Bento rejeitou a ideia de que um monge pudesse viver apenas de ascetismo graças à esmola, estabelecendo a regra ora et labora, desenvolveu-se a ideia de que o trabalho manual enobrece o homem. Claro, os poderosos não trabalhavam.

No século XVI, a era de Lutero e Calvino, a menos que você nascesse nobre, a única maneira de ter sucesso e acumular riqueza - já que não havia finanças especulativas como a conhecemos hoje - era trabalhar. Mas o trabalho é um incômodo necessário, uma espécie de penhor a ser dado com relutância à vida para garantir o direito de existir.

O trabalho torna-se assim, não uma forma de realização pessoal, mas o meio de conseguir dinheiro para viver, alimentando um círculo vicioso, criando um desequilíbrio entre nossos desejos mais profundos e os recursos para alcançá-los.

A que ponto chegamos, então? “Ao longo do tempo, inventamos ferramentas que poderiam nos fazer trabalhar melhor, com menos esforço. Poderíamos, assim, ter dedicado mais tempo às paixões, ao bem-estar, à busca da felicidade e do aperfeiçoamento. Infelizmente acabamos nos condenando cada vez mais, limitando-nos ao resultado mínimo da sobrevivência. Como se em séculos de evolução social não se pudesse fazer outra coisa senão voltar à pré-história." Simone Moricca

O certo é que o salário te paga pelo trabalho que você faz, mas não pelas horas que perde, nem pelo teu esforço, nem pela tua energia gasta, muito menos te paga pelos anos que se vão para sempre.

Em vez disso, deveríamos buscar o que nos faz sentir bem e não viver como escravos pensando que temos que sacrificar nossos dias à mera sobrevivência física, dividindo-nos entre a produção e o consumo, em um ciclo interminável de fazer e desfazer que não tem um fim real, exceto o de sobreviver. Devemos voltar a nos cercar de atividades, objetos e papéis que tenham alma e que não sejam conchas vazias, sejam de ouro ou de barro.

De fato, se você distanciar demais o trabalhador do resultado de seu trabalho, ele se sentirá alienado, no sentido de inútil, desvinculado de seu próprio compromisso com o produto ou atividade. Sua sensação será justamente a de trabalhar para ganhar e ganhar para viver. E é isso que hoje tantos de nós se submetem, assoberbados pela abstração de trabalhos hiperterceirizados, desconectados do mundo e às vezes aparentemente supérfluos - a síndrome da tela de Penélope, algo completamente autorreferencial, uma vida que come si mesma sem produzir nada.

A felicidade, até mesmo apenas o bem-estar, está em outro lugar, está na satisfação, está na produção de sentido, de perspectivas, mesmo mínimas.

O Sistema Monetário é considerado uma força positiva na nossa sociedade graças à sua alegação de que produz incentivos e progresso. Na verdade, o sistema monetário tornou-se um veículo para a divisão e o controle totalitário.

Ele é a expressão máxima do lema “Dividir e conquistar”, pois em seu núcleo estão as suposições de que devemos lutar uns com os outros para sobreviver. Que os seres humanos precisam de um “estímulo” recompensador para fazer coisas significativas. Essa é uma perspectiva triste e incrivelmente negativa do ser humano. Supor que uma pessoa precise ser “motivada estruturalmente” ou “forçada” a fazer algo é simplesmente absurdo. Conforme o tempo passa em nosso sistema, a curiosidade e auto-motivação naturais que havíamos quando crianças, são extirpadas, pois as pessoas são forçadas a se ajustar a um sistema de trabalho especializado, fragmentado, quase predefinido para poderem sobreviver. Por sua vez, isso costuma criar uma revolta interior natural nas pessoas devido à obrigação, e foi assim que separamos os momentos de “lazer” e de “trabalho”.

Temos que trabalhar só para produzir, para comprar bens que não precisamos, com dinheiro que muitas vezes nem é nosso, para continuar fazendo parte de um mundo que nos acolhe apenas pelo que temos, portanto, um mundo que não devemos desejar. Enquanto isso, nossos anos se vão, nossas paixões se apagam, nossos sonhos morrem antes de serem gerados. O melhor da nossa vida é estrangulado pela ausência do tempo, pela ansiedade, pela pressa.

Uma economia que usa recursos existentes em vez de dinheiro.

Imagine um futuro próximo onde o dinheiro, a política, os interesses pessoais e nacionais foram eliminados. Embora essa visão possa parecer idealista, ela se baseia em anos de estudo e pesquisa experimental. Chama-se Projeto Vênus concebido por Jacque Fresco que apresenta uma visão alternativa de uma civilização mundial sustentável, diferente de qualquer sistema político, econômico e social já existente.

Fresco acredita que é possível construir uma sociedade assim, na qual as pessoas vivam “vidas mais longas, saudáveis e significativas”. E como se consegue tal prodígio? Fácil: “substituir a economia baseada em dinheiro por uma economia baseada em recursos”. Essa visão emerge da constatação de que processos derivados do sistema monetário, como o trabalho e a competição, corrompem a sociedade e alienam as pessoas de seu verdadeiro potencial.

Nós somos o que nós fazemos. Nossas criações nos caracterizam como seres únicos e inimitáveis. “Pensar é um trabalho árduo; por isso poucos o fazem”. declarou Henry Ford.

Nascemos sem manual de instruções, morreremos sem nunca ter sido antes. Seria esse o significado da vida? Então, o que nos impede de começar um trabalho necessário para a mudança, agora, imediatamente, sem demora? “Vives acreditando de poder viver para sempre…” Já dizia Sêneca, há dois mil anos atrás.

Precisamos começar a abandonar ideais opressivos e caminhar em direção de um sistema projetado para cuidar das pessoas... Não para forçá-las a lutar por sua sobrevivência.

Precisamos dar sentido ao nosso tempo não só porque ele é curto, mas para uma ética de vida que perdemos. Quer o mundo acabe ou não, estamos aqui hoje, e a coisa grave não será o desaparecer, mas o nunca ter existido. Deixamos de existir... a cada dia no trânsito; cada vez que o Sistema nos obriga a gestos que não são nossos; não existimos quando fazemos compras inúteis, quando vivemos nove horas por dia com pessoas que não escolheríamos, se pudéssemos. Não existimos quando decidimos impulsivamente, enquanto a mudança é um processo, um percurso para começar imediatamente, agora, e no qual trabalhar muito, para dar sentido à nossa vida, interiormente, antes que tudo mude. Antes que a mudança não seja mais possível." S. Perotti.

A luta pela sobrevivência é necessária ou é uma falsa crença? Cap.XIII

Tang ping" e "Yolo Economy" – A rebelião silenciosa dos jovens na China e EUA: negar o dinheiro como medida de felicidade.– Cap.10

martedì 9 giugno 2009

Deus quer que você seja rico


Esiste, veramente, una scienza per diventare ricchi! - - Italiano



Hoje, qualquer um pode ser rico. Sabe por que?


Nós, seres humanos, temos o direito de sermos ricos. Isso é uma determinação divina. A alma anseia em experimentar a nossa mais alta expressão de vida. Mas quem é pobre e infeliz por isso, nunca poderá dar uma sincera e total alegria à alma. Não há nada de errado em querer ser rico. O desejo de ter riquezas é um desejo louvável. A pessoa que não deseja viver com mais abundância é anormal, então quem não deseja ter dinheiro suficiente para comprar tudo o que quer é anormal. (Wallace)
O primeiro passo é saber qual o sentido real do dinheiro. O dinheiro é pura energia vital, da qual nós também somos feitos. É simplesmente o modo mais conveniente para se trocar energia com outros na nossa sociedade. Trocamos aquilo que possuimos, bens, serviços, com aquilo que desejamos obter. Não é mais necessário levar nossos gados ao mercado para ser trocados por cereais.
O segundo é ver o dinheiro simplesmente por aquilo que ele é, simplesmente como meio de troca, representativo do fluxo de energia que está por tras dele. Nada mais, nada menos. Não é mal nem bom, essencialmente; não é responsável pelo uso que se faz dele, logo, o dinheiro não faz ninguém sofrer pela sua falta. Ele responde simplesmente à energia a monte, à energia da pessoa que o possue e o gasta. Logo, para atrair um maior fluxo da energia do dinheiro, é necessario fazer um ajustamento energético nos próprios pensamentos e no próprio ser. Somos nós que devemos controlar o dinheiro, não o contrário. Esse ajustamento interior irá facilitar sensivelmente, a eliminação das crenças limitantes, adquiridas durante a nossa vida, com relação à obtenção do dinheiro: raiz de todo mal, rico não entra no céu, rico é avarento...etc.

A nível racional, pensamos que isso não interfere em nada, mas a nível subconsciente, esses filtros limitantes estão alí bem enraizados e bem vivos, prontos para combater qualquer movimento seu em direção à riqueza. Quando você diz: "quero dinheiro, quero ser rico", note que a nível profundo, quase sempre, sai uma vozinha que joga areia no brinquedo: você é materialista, você só pensa em dinheiro, isso não é lícito...
Mas saiba que é perfeitamente correto que você deseje ser rico; se você é uma pessoa normal, é inevitável ser assim. É perfeitamente correto que você dê o melhor de sua atenção ao estudo para a conquista da riqueza, pois é o mais nobre e o mais necessário dos estudos. Se você negligencia este estudo, está abandonando seu dever para consigo mesmo, para com Deus e para com a humanidade – pois não há serviço maior que se possa prestar a Deus e à humanidade que fazer o melhor de si próprio. Procure melhorar a sua auto-estima. Eliminar completamente do pensamento que não é merecedor de tanto dinheiro. Afinal, basta o necessário para sobreviver e não ter que morar debaixo da ponte. Isso é um erro. O direito do homem à vida é o direito de ter acesso livre e irrestrito ao uso de TODAS as coisas que possam ser necessárias ao seu mais completo aprimoramento mental, espiritual e físico – em outras palavras, o direito de ser rico. Ser rico de verdade. E isso não significa estar satisfeito ou contentar-se com pouco. Nenhuma pessoa deveria se satisfazer com pouco se é capaz de utilizar e tirar proveito de mais. O propósito da Natureza é o avanço e o aprimoramento da vida, e toda pessoa deveria ter tudo aquilo que pode contribuir para a força, elegância, beleza e riqueza da vida; contentar-se com menos é um pecado.“Onde houver possibilidade não expressa, ou função não utilizada, haverá um desejo não satisfeito. Desejo é a possibilidade buscando sua expressão, ou função buscando sua utilização”. (Wallace)

“A vida avançou a tal ponto, e se tornou tão complexa, que a pessoa mais comum precisará de uma grande riqueza para viver de um modo digno. Cada pessoa, naturalmente, quer se tornar tudo aquilo que é capaz de se tornar; esse desejo de realizar possibilidades inatas é inerente à natureza humana. O sucesso na vida é se tornar o que você quer ser; você só poderá se tornar o que quer se fizer uso de coisas, e você só poderá usar livremente as coisas quando se tornar rico o bastante para comprá-las. Existe uma Ciência de ser rico, e é uma ciência exata, como álgebra ou aritmética. Há certas leis que governam o processo de adquirir riquezas; uma vez que essas leis sejam aprendidas e obedecidas, qualquer pessoa ficará rica com certeza matemática.

Fonte natural da riqueza: o pensamento”

Existe uma matéria pensante no Universo, chamada Substância Original ou Disforme, a partir da qual todas as coisas são criadas. Podemos imprimir o próprio pensamento nessa Substância e ela irá plasmar esse pensamento ou desejo, transformando em matéria.
O Pensamento é a única força capaz de produzir riquezas palpáveis a partir da Substância Disforme. Essa matéria da qual todas as coisas são feitas é uma substância pensante, e o ato de pensar em uma forma, dentro dessa substância, produz a forma pensada.
É a vontade de Deus que você enriqueça. Quer que fique rico porque Ele poderá se expressar melhor através de você se você tiver muitas coisas para usar e dar a Ele expressão. Ele pode viver mais em você se você tiver comando ilimitado dos meios da vida. O universo deseja que você tenha tudo que quer. A natureza é a favor de seus planos. Tudo existe para você, naturalmente. Convença-se de que isto é verdade. É essencial, no entanto, que o seu propósito esteja em harmonia com o propósito do Todo.
Logo, formar uma imagem mental clara e definida daquilo que se deseja ter e manter essa imagem mental nos próprios pensamentos é o processo fundamental, através do qual pode-se imprimir o pensamento dentro da Substância Disforme, colocando assim, em movimento a força criativa.

Fonte: A ciencia de ficar rico (Wallace) – Metraton – Através Reniyah

domenica 3 maggio 2009

Por que alguns conseguem ser felizes e outros não?



Você é quem determina o significado de cada coisa. O sentido de cada coisa provém do seu ESTADO DE SER. É você quem escolhe, a cada momento, se deve SER feliz, infeliz, alegre, triste, irritada, paciente, rica, pobre ou qualquer outra coisa. Não se trata de uma escolha feita por alguém ou por algo fora de você mesma.
O auto-conhecimento é um estado de Ser. A partir desse estado, você pode escolher qualquer outro estado: alegria, tristeza, raiva, felicidade, infelicidade etc. Para isso, não precisa acontecer nada, mas simplesmente escolher SER – isso ou aquilo. Não se pode escolher de tentar fazer-se feliz, mas de ser feliz.”
Experiências na física quântica comprovam que é possivel dois átomos ocuparem o mesmo lugar no espaço. Esse fenômeno se denomina “condensado de Bose”. Cientistas como Wolf e Feynman realizaram esse aspecto da física quântica com a vida cotidiana, hipotizando a existência de resultados múltiplos para cada evento. Essa hipótese implica que todas as possibilidades em resposta a determinado evento, já estão todos criados e está presente no nosso mundo. Logo, existem infinitas possibilidades que podemos escolher para cada evento ou situação que acontece em nossa existência mas, geralmente, usamos aquela em que somos automatizadas.
Eu posso, por exemplo, te fazer um elogio e a coisa mais “normal” seria você aceitar esse elogio, mas você poderia, também, escolher de não o aceitar , achando que estou querendo apenas gozar com você ou qualquer outra escolha. Existem infinitas escolhas. Da mesma forma posso te dizer algo que você pode tomar como ofensa, mas poderia também escolher tomar como uma brincadeira ou elogio. Então, são escolhas que fazemos usando o nosso Estado de SER. São as escolhas que fazemos, a cada momento da nossa existência, que determinam o nosso próximo momento. Por isso, o AQUI e AGORA é o único momento que conta. Não importa o que você foi ou o que fez ontem, importa somente o que você està sendo AGORA, nesse exato momento. O momento de agora define quem você està sendo ou será amanhã.

O pensamento cria a realidade. Nada é mal se o pensamento não determina como tal. Você não é infeliz até quando seus pensamentos não te levem a esse estado. A prova disso é o fato de que existem reações diferentes entre as pessoas, para um mesmo evento. Logo, não é o evento que provoca a reação mas o estado do "ser" individual que determina a escolha, com base nas crenças e experiências individuais. E' o livre arbìtrio.

O pensamento cria a experiência imediata do teu SER mas você não perde o teu “ser” original que está pronto para ser recuperado a qualquer momento da tua existência.
Escolhendo ser feliz, mesmo sem uma causa aparente, somente pelo fato de existirmos, estamos automaticamente abrindo as portas para mais e mais motivos para sermos felizes; escolhendo o estado de ser pobre, estamos nos pré-dispondo ao acúmulo de mais e mais pobreza. E’ a Lei da Atração atuando: Pensamentos similares atraem mais e mais pensamentos similares, até que a energia de tais pensamentos se materializa em nossa existência.

A nuova ciência e a física quântica afirmam que todas as coisas são pura energia. Cada coisa que conhecemos como realidade criada é, de fato, energia em movimento sob forma de ondas sonoras que vibram a un certo nível de frequência. São os esquemas das ondas sonoras que formam a matéria densa da terra e da natureza. O que determina a natureza da manifestação das coisas, trazendo-as para a realidade, é o ritmo da vibração ou a frequência das ondas. Quanto mais lenta é a vibração, mais densa parece a manifestação na realidade. Logo, nada é realmente sólido, nem mesmo o nosso corpo.
Naquilo que pense, naquilo em que te concentre, poderá ser manifestado na tua presente realidade individual. Se te sente triste e infeliz, você pode se afastar desse estado, simplesmente conduzindo o pensamento para algo positivo e alegre.
Quando o matemático John von Neumann teorizou que a consciência provoca o “colapso” da onda de possibilidade quântica ao escolher e concretizar uma de suas facetas para a realização da nossa realidade, as tentativas de criação produziram resultados confusos e deturpados porque os “criadores” não estavam cientes de uma sutileza: nós criamos nossa própria realidade, mas não a criamos a partir de nosso estado ordinário, e sim sob um estado não ordinário de consciência. O que permite à consciência ser livre agente de causa sem nenhum paradoxo é sua natureza unitiva, não local e cósmica. Devemos entender que existe uma só consciência e nós somos como raios individuais que se conectam com a Fonte Central de onde provém todas as coisas

Aqui està um segredo: "A felicidade não depende do verificar-se de uma determinada condição. Pelo contrário, determinadas condições se verificam como resultado da felicidade. A mesma coisa vale para qualquer outro estado do SER.
O amor não depende do verificar-se de determinadas condições . Pelo contrario, determinadas condições se verificam como resultado do Amor;
A abundância não depende do verificar-se de determinadas condições . Pelo contrário, determinadas condições se verificam como resultado de entrar no estado de SER a abundância.
Para qualquer que seja o estado do Ser que se possa imaginar, vale o fato de que o SER precede a experiência e a produz"
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Trexos do Livro: "Deus é quântico e está no DNA - Revelações"
Leia também: "Como nós criamos a nossa realidade" - Cap. X  ("A felicidade é Mental!)"

Fonte: “Comunhão com Deus” – Neale Walsch - Web

lunedì 1 settembre 2008

A Auto-Sabotagem dos Desejos



Todo prazer é limitado, mas o desejo (ao prazer) é eterno!

A alma humana deseja sempre, e mira essencialmente, viver o prazer, ou seja, a felicidade, que é por si só o prazer. O simples prazer específico, é limitado na sua duração - pois nenhum prazer é eterno - e limitado na sua extensão - pois nenhum prazer é imensurável. Já o desejo do Prazer é ilimitado, tanto na duração - porque vai em igual passo com a existência, terminando com a morte - como na extensão, porque é substancial em nós, não como desejo de um ou mais prazeres, mas como desejo do Prazer.
A natureza existencial das coisas, exige que tudo tenha limite, confins e seja circunscrito. Porém, o desejo do Prazer, traz consigo o ilimitado; cada prazer isolado é circunscrito, mas não o Desejo, cuja extensão é indeterminada e a alma abraça, substancialmente, toda extensão imaginável desse sentimento. Sendo assim, o desejo do prazer, vai de encontro às leis da natureza, e sempre que se infringe uma lei, consequentemente se sofre penalidades. A consequência a essa infração, é a sensação de insatisfação, depois da obtenção. Seria o caso de desejarmos algo, ardentemente, e, enquanto nutrimos esse desejo, a coisa é para nós preciosa. No momento em que você deseja uma Ferrari, por exemplo, esse sentimento se manifesta como o desejo de obter a Ferrari e, concomitantemente, o desejo a um prazer. Mas a realidade (não percebida) é que você deseja que esse prazer seja aquele ilimitado. No momento em que você obtém a Ferrari, você está diante de um prazer circunscrito e, passada a euforia, sente de novo um vazio na alma, porque aquele desejo (ao Prazer ilimitado) não foi efetivamente concretizado. A expectativa é sempre melhor que a obtenção.

Quando a alma deseja algo prazeroso, deseja a satisfação de um desejo infinito, deseja o Prazer e não esse ou aquele prazer. Não obtendo, gera a sensação do incompleto.
Felizmente, existe no homem a faculdade imaginativa, a qual dá a possibilidade de se conceber o real que não existe, como também dar uma existência ao irreal. Essa faculdade imaginativa atua, também, no campo do prazer. Logo, o prazer infinito que não se pode encontrar na realidade, permanece na imaginação, da qual se deriva a esperança.
O desejo não é uma procura por parte do ser humano, não é exatamente a resposta a uma iniciativa do indivíduo, assim como, ter necessidade de comer e beber, não é uma escolha nossa, mas é doado pela natureza. As necessidades do homem, se manifestam através do desejo, abrangendo, desde a própria conservação e segurança, auto estima, desejo do saber, necessidade de amar e ser amado, até ao conhecimento do transcendental; mas, nem sempre, um desejo corresponde essencialmente a uma necessidade
Grande magistério da natureza! Sabendo que o homem é capaz de banalizar qualquer coisa, preferiu não doar a abrangência, a plenitude do prazer, visto que serve pra a própria conservação, necessária à subsistência. Forneceu, porém, como sublimação, ilusões e uma imensa variedade de prazeres, assim, quando se cansar de buscar um, pode-se correr atrás de outros, indefinidamente, dando-lhe a sensação da obtenção do prazer infinito.
O desejo é vivido, partindo do estado da necessidade essencial em direção à satisfação, que nem sempre é percebida com clareza.
Quando o desejo se abre à ‘procura de algo’, o objetivo da alma é encontrar esse ‘algo’. A meta final é vista como um valor, um bem em si mesmo, porque responde à nossa necessidade de prazer. Aqui, então, pode entrar o risco de confundir desejos com necessidades. A pessoa com a auto- estima baixa, é perita nessa confusão. Inconscientemente, acha que não é merecedora de tal (ou tais) prazer e, automaticamente, transforma o prazer em necessidade objetiva, colocando a necessidade em oposição ao desejo. A baixa auto-estima faz crer que o ‘desejar’ é egoismo, algo não necessário. Dessa forma, quando os desejos afloram, são reprimidos pra eliminar o sentimento de culpa ou são automaticamente convertidos em ‘necessidades’ pra serem legítimos.
Procurar melhorar a auto-estima é importante, não só pra amplificar a extensão do prazer mas para aprender a se valorizar de forma equilibrada.
Aumentando o nivel da auto-estima, se consegue diminuir - ou eliminar totalmente - o nivel da auto-sabotagem dos nossos merecidos desejos.