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venerdì 28 dicembre 2018

Todo prazer é limitado, mas o desejo (ao prazer) é eterno!





A alma humana deseja sempre, e mira essencialmente, viver o prazer, ou seja, a felicidade, que é por si só o prazer. O simples prazer específico, é limitado na sua duração - pois nenhum prazer é eterno - e limitado na sua extensão - pois nenhum prazer é imensurável.

Já o desejo do Prazer é ilimitado, tanto na duração - porque vai em igual passo com a existência, terminando com a morte - como na extensão, porque é substancial em nós, não como desejo de um ou mais prazeres, mas como desejo do Prazer.

A natureza existencial das coisas, exige que tudo tenha limite, confins e seja circunscrito. Porém, o desejo do Prazer, traz consigo o ilimitado; cada prazer isolado é circunscrito, mas não o Desejo, cuja extensão é indeterminada e a alma abraça, substancialmente, toda extensão imaginável desse sentimento. Sendo assim, o desejo do prazer, vai de encontro às leis da natureza, e sempre que se infringe uma lei, consequentemente se sofre penalidades.

A consequência a essa infração, é a sensação de insatisfação, depois da obtenção. Seria o caso de desejarmos algo, ardentemente, e, enquanto nutrimos esse desejo, a coisa é para nós preciosa. No momento em que você deseja uma Ferrari, por exemplo, esse sentimento se manifesta como o desejo de obter a Ferrari e, concomitantemente, o desejo a um prazer. Mas a realidade (não percebida) é que você deseja que esse prazer seja aquele ilimitado. No momento em que você obtém a Ferrari, você está diante de um prazer circunscrito e, passada a euforia, sente de novo um vazio na alma, porque aquele desejo (ao Prazer ilimitado) não foi efetivamente concretizado.

A expectativa é sempre melhor que a obtenção.

Quando a alma deseja algo prazeroso, deseja a satisfação de um desejo infinito, deseja o Prazer e não esse ou aquele prazer. Não obtendo, gera a sensação do incompleto.
Felizmente, existe no homem a faculdade imaginativa, a qual dá a possibilidade de se conceber o real que não existe, como também dar uma existência ao irreal. Essa faculdade imaginativa atua, também, no campo do prazer. Logo, o prazer infinito que não se pode encontrar na realidade, permanece na imaginação, da qual se deriva a esperança.

O desejo não é uma procura por parte do ser humano, não é exatamente a resposta a uma iniciativa do indivíduo, assim como, ter necessidade de comer e beber, não é uma escolha nossa, mas é doado pela natureza.

As necessidades do homem, se manifestam através do desejo, abrangendo, desde a própria conservação e segurança, auto estima, desejo do saber, necessidade de amar e ser amado, até ao conhecimento do transcendental; mas, nem sempre, um desejo corresponde essencialmente a uma necessidade

Grande magistério da natureza!
Sabendo que o homem é capaz de banalizar qualquer coisa, preferiu não doar a abrangência, a plenitude do prazer, visto que serve pra a própria conservação, necessária à subsistência. Forneceu, porém, como sublimação, ilusões e uma imensa variedade de prazeres, assim, quando se cansar de buscar um, pode-se correr atrás de outros, indefinidamente, dando-lhe a sensação da obtenção do prazer infinito.

O desejo é vivido, partindo do estado da necessidade essencial em direção à satisfação, que nem sempre é percebida com clareza.
Quando o desejo se abre à ‘procura de algo’, o objetivo da alma é encontrar esse ‘algo’. A meta final é vista como um valor, um bem em si mesmo, porque responde à nossa necessidade de prazer. Aqui, então, pode entrar o risco de confundir desejos com necessidades.

A pessoa com a auto- estima baixa, é perita nessa confusão. Inconscientemente, acha que não é merecedora de tal (ou tais) prazer e, automaticamente, transforma o prazer em necessidade objetiva, colocando a necessidade em oposição ao desejo. A baixa auto-estima faz crer que o ‘desejar’ é egoismo, algo não necessário. Dessa forma, quando os desejos afloram, são reprimidos pra eliminar o sentimento de culpa ou são automaticamente convertidos em ‘necessidades’ pra serem legítimos.
Procurar melhorar a auto-estima é importante, não só pra amplificar a extensão do prazer mas para aprender a se valorizar de forma equilibrada.
Aumentando o nivel da auto-estima, se consegue diminuir - ou eliminar totalmente - o nivel da auto-sabotagem dos nossos merecidos desejos.


lunedì 7 dicembre 2009

Os três assassinos do Amor




Um extraordinário diálogo sobre o Amor, entre Neale Walsch e Deus, extraido do best seller “Amizade com Deus”.

A necessidade – a expectativa – o ciume

Não se pode amar verdadeiramente outra pessoa, se uma destas três coisas estiver presente.

Ensinaram a vocês que Deus é ciumento, tem enormes expectativas e é tão carente que se o amor dele por vocês não for retribuído, vos punirá com a condenação eterna.

Estes ensinos já fazem parte de vossa história cultural. Estão profundamente enraizados em vossa psique que é extremamente difícil erradicá-los. No entanto, enquanto isso não for feito, vocês nunca poderão realmente amar outra pessoa, ou Me amar.

A necessidade é a mais poderosa assassina do amor. No entanto, a maioria de vocês não consegue distinguir a diferença entre a necessidade e o amor, por isso os confunde.

A necessidade se faz presente quando você imagina que exista alguma coisa que vocês precisam, fora de vocês, e que essa coisa é necessaria para ser feliz.

Porque você acha que precisa daquela coisa, então faz de tudo para obtê-la. Muitas pessoas tentam comprar o que elas pensam que precisam. Dão o que elas próprias possuem, em troca daquilo que querem obter. E a esse processo, vocês chamam de amor. Mas a felicidade mais profunda e perfeita está dentro de você e depois de tê-la encontrado, nenhum fator externo poderá igualar ou destruí-la.
Vocês imaginam que este é o modo mais certo para mostrar o vosso amor um pelo outro, porque ensinaram a vocês que é assim que Deus vos ama. Deus teria feito um pacto com você: se vocês me amarem, deixarei vocês entrarem no paraiso, senão, nada pra ninguém.

Alguém lhes disse que Deus é assim, logo, vocês também devem se tornar assim. Dessa forma, na vossa mitologia humana, vocês criaram uma lenda na qual vocês vivem ainda hoje: o amor é condicional.
No entanto, esta não é uma verdade, mas um mito. Faz parte de história cultural de vocês, mas não da realidade de Deus.
Mesmo que vocês eliminem a necessidade dos vossos relacionamentos, vocês terão que continuar lutando contra a expectativa.
Neste estado, você tem a forte convicção de que a outra pessoa deve se comportar de uma certa forma, para confirmar de ser a pessoa que você tinha imaginado ou como você acha que ela deveria ser. Assim como a necessidade, a expectativa é letal, porque reduz a liberdade, e a liberdade é a essência do amor.
Quando você ama alguém, você tem que garantir, a liberdade total para que ela seja quem realmente é. Este é o maior presente que você pode dar ao outro, e o amor sempre oferece o melhor presente.
O amor não espera nada, exceto o que é dado livremente, e a liberdade não sabe nada de expectativas.
Quando você não exigir mais que uma pessoa seja como você idealizou, você será capaz de anular as suas expectativas e amá-la exatamente como ela é. Mas isso só pode acontecer se você ama a si mesmo como você é.
Você recebe o amor do outro, exatamente da mesma forma em que você der o seu próprio. Ele ou ela pode te amar com a mais alta intensidade, mas você só pode receber esse amor, dentro do seu limite de doar. Você não pode experimentar aquilo que não permite ao outro de experimentar.

E isso nos leva ao último ponto em questão: o ciúme.
Se se ama alguém, deve haver ciúmes. E não é só ciúme da pessoa, mas também do trabalho, hobbies, filhos... tudo que possa afastar de você a atenção da pessoa amada. Alguns tem ciúmes até mesmo do cão, ou de um jogo de golfe.
O ciúme tem muitas faces, mas nenhuma delas é bonita.

Livre-se da idéia de que a felicidade depende de qualquer coisa fora de você mesmo, e você estará livre do ciúme.
Renuncie o pensamento de que o amor é algo que você recebe em troca do que você dá, e você estará livre do ciúme.
Coloque de lado a pretensão pelo tempo, risorsas e pelo amor da outra pessoa, e você estará livre do ciúme.
A idéia de sentir ciúmes do tempo que a pessoa que você ama passa jogando golfe, trabalhando no escritório, ou nos braços de outra pessoa, só poderá vir à tua mente se você imaginar que a tua felicidade poderá ser ameaçada, se a pessoa amada é feliz.

- Você disse: "nos braços de outra pessoa"?
- Por que? Amar outra pessoa, significa que não ama você? Deve amar somente você, para que seu amor seja sincero?
- Sim, caracas!
Isto é o que muitos diriam.
Sim, Putzgrila!
- Não me admira, então, que seja tão difícil para vocês, aceitar um Deus que ama a todos igualmente.

Quando isso acontece, vocês tomam logo uma decisão: eu não preciso mais que você me ame. Ame quem você quiser, eu não me importo mais. Você me traiu e a tua infidelidade assassinou nosso amor ... tá tudo terminado!
Não, não é o amor que termina. É a necessidade.
Se decide que não precisa mais daquela pessoa, mas, na verdade, você diz que não precisa dele/dela porque o fato de distribuir o amor machuca muito.
O que acontece é que se assassina a necessidade, não o amor. De fato, alguns de vocês levam consigo esse amor por toda a vida.
Mas o problema fundamental é que, quase todos, confundem o amor com a necessidade. Amar alguém não tem nada a ver com ter necessidade. Você pode amar uma pessoa e precisar dela ao mesmo tempo, mas não amá-la, porque você precisa dela.
Quando você compreender que não precisa de mais nada, fora de você mesmo, só então você poderá amar realmente.

Lembre-se, o amor não tem condições, limitações ou necessidades. Esta é a maneira que Eu amo vocês.

- É certo, então, ser infiel no amor?

- A infidelidade não é uma coisa boa, porque não te leva onde você pretende ir. Isto porque, ser infiel, significa não ser sincero. Primeiro com você mesmo, segundo, com a outra pessoa, logo, com todos os outros.
E se você não for honesto consigo mesmo, você não pode ser com mais ninguém.
Assim, se você ama uma outra pessoa, além da pessoa que deseja ser o seu único amor, você deve dizer-lhe abertamente, claramente e imediatamente.
Se algo acontecer entre duas pessoas, deve-se dialogar. Se para uma delas é algo inaceitável, simplesmente deve-se dizer.
A verdade deve ser compartilhada SEMPRE. com todos e sobre tudo. Se trata de uma comemoração, não de uma admissão.
A verdade deveria ser sempre algo para comemorar, não para ser admitida. Mas você não pode comemorar uma verdade sobre a qual foi-lhe ensinado que deveria ter vergonha. E foi-lhe ensinado a ter vergonha, especialmente, do modo e das razões pelas quais você ama.
Você deve declarar a verdade a todos, sempre, sobre todas as coisas. E que cada um de vocês vivam essa verdade. Em um propósito dessa dimensão, a infidelidade não encontra um lugar.
Dizer ao seu parceiro que você ama outro/a, não é infidelidade. É honestidade.
E honestidade é a maior forma de amor.

O Amor é:
Algo que não é sujeito a condições, limitações ou necessidades.
Como é incondicional, não exige nada para poder ser expresso. Não quer nada em troca e não faz nada por vingança.
Uma vez que é sem limites, não impõe limites aos outros.
Não tem fim e continua para sempre, para além de qualquer limite ou barreira.
Uma vez que é desprovido de necessidades, não pretende tomar nada que não seja dado livremente.
Não procura manter nada que não queira ser mantido.
Não tenta de dar aquilo que sabe que não seria aceito com alegria.
E é Livre!
O amor é a liberdade, porque a liberdade é a essência de Deus, e o Amor é Sua expressão.
O AMOR não é o que se pensa. - Cap VI