lunedì 1 settembre 2025

Estamos Ainda Evoluindo? Do Antebraço à Espiritualidade

 



Quando pensamos em evolução humana, é comum imaginar nossos ancestrais distantes caminhando pela savana africana, ou pensamos em fósseis, em macacos que se tornaram humanos, em histórias antigas da vida na Terra. Mas e se a evolução não fosse apenas uma narrativa do passado distante? E se ela estivesse acontecendo agora, em silêncio, dentro de cada um de nós e que talvez isso esteja conectado também a um processo mais amplo de consciência e espiritualidade?

O corpo que se reinventa
Pesquisadores da Flinders University e da Università di Adelaide na Australia, mostraram que cada vez mais pessoas estão nascendo com a artéria mediana persistente no antebraço — um vaso sanguíneo que deveria desaparecer após a fase embrionária. Essa artéria extra pode melhorar a circulação da mão e do braço. É como se o corpo estivesse se ajustando para novas necessidades.
Segundo o estudo, a presença dessa característica pode ser indicativa de um processo microevolutivo, mas, acima de tudo, nos dá uma medida da velocidade com que o corpo humano está evoluindo.

O anatomista e pesquisador Teghan Lucas afirma que "os humanos modernos estão evoluindo a um ritmo mais rápido do que em qualquer outro momento dos últimos 250 anos".

Enquanto a artéria mediana estava presente em 10% da população entre os nascidos em 1880, 30% dos nascidos no final do século XX mantiveram a terceira artéria.

O fato de a artéria parecer ser três vezes mais comum em adultos hoje do que há mais de um século, é uma descoberta surpreendente que sugere que a seleção natural está favorecendo aqueles que mantêm esse suprimento sanguíneo extra. Uma pequena mudança, quase imperceptível, mas que pode aumentar a circulação sanguínea, favorecendo àqueles que possuem esse vaso a manter um maior fluxo sanguíneo, tornando seus braços mais fortes.

A capacidade de digerir leite
A maioria dos mamíferos só consegue digerir lactose na infância. Mas, em populações humanas que passaram a criar gado, espalhou-se uma mutação: a capacidade de continuar produzindo lactase na vida adulta. Resultado? O leite se tornou uma fonte de energia vital em épocas de escassez. Isso aconteceu em apenas alguns milhares de anos — um piscar de olhos para a evolução.

O sumiço dos dentes do siso
Com mudanças na alimentação (comida mais macia, uso do fogo, utensílios), nossas mandíbulas ficaram menores. Hoje, muitas pessoas já nascem sem os terceiros molares. Um traço que antes era útil está desaparecendo, como se o corpo estivesse desapegando de algo que já não serve.

O mesmo acontece com a fabela, um osso primordial na região flexora externa posterior do joelho, e outros ossos pequenos chamados "sesamoides"; sua incidência está triplicando em comparação com um passado, não tão distante.

Uma equipe do Imperial College London comprovou isso: enquanto em 1918 a fabela era encontrada em apenas 11% da população mundial, em 2018 a porcentagem aumentou para 39%. A causa, segundo alguns, é a nossa dieta, que nos torna mais altos e pesados, com canelas mais longas e panturrilhas mais musculosas, de modo que os ossos pequenos podem dar mais estabilidade ao joelho.

O chamado da consciência
Se o corpo se ajusta, será que a mente e o espírito também acompanham esse processo? Algumas tradições espirituais acreditam que a humanidade atravessa um tempo de ascensão, em que não apenas os genes, mas também a consciência se modifica. O despertar da empatia, a busca por sentido, a conexão com algo maior do que nós mesmos — tudo isso pode ser lido como sinais de uma evolução interior.
A ciência observa mudanças físicas; a espiritualidade enxerga mudanças na forma como nos relacionamos com o mundo, com os outros e conosco mesmos. Talvez sejam dimensões diferentes do mesmo movimento: a vida buscando expandir-se.

Biologia e espiritualidade, dois lados do mesmo caminho
A ciência descreve mutações, genes e ossos. A espiritualidade fala de despertar, luz e expansão. Mas talvez estejam narrando a mesma história em línguas diferentes. Uma história onde a vida nunca está pronta, apenas florescendo em novas formas.
Pensar na evolução como algo contínuo pode nos inspirar a ver nosso papel na Terra de outro jeito. Não somos apenas resultado do passado — somos também sementes do futuro. O corpo evolui para se adaptar, mas talvez a consciência evolua para se elevar.
Ainda estamos evoluindo biologicamente, mas talvez a maior transformação que vivemos seja a expansão da nossa consciência — uma forma de evolução que muitas tradições chamariam de espiritual.

Esses exemplos mostram que a evolução é contínua. O corpo humano não é uma versão final, mas uma obra em andamento.

Por menores que sejam essas diferenças, essas minúsculas mudanças microevolutivas, sua soma ao longo de centenas de anos definiria nossa espécie de uma forma inteiramente nova em relação ao que ela é hoje.

E assim, seguimos: corpos que se adaptam, consciências que se abrem, almas que buscam ascender. A evolução não terminou — ela é a própria respiração do universo dentro de nós.

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