lunedì 28 ottobre 2024

Como Usar o Poder do Pensamento com Sabedoria e Profundidade

 


Vivemos em um mundo onde a mente é o centro de nossas experiências e realizações. Porém, muitos subestimam o poder do pensamento, tratando-o como um simples fluxo automático. Na realidade, nosso pensamento é uma das ferramentas mais poderosas que possuímos. Ele molda quem somos, define como interpretamos o mundo e influencia nossas escolhas e destinos. Utilizá-lo com sabedoria e profundidade pode transformar não apenas nossa vida pessoal, mas também nosso impacto no mundo ao redor.

O Pensamento como Fonte de Transformação

A ciência já comprovou a relação entre pensamentos e emoções, demonstrando que padrões mentais positivos afetam diretamente o bem-estar e a saúde física. Quando aprendemos a orientar nossos pensamentos de forma consciente, direcionamos nossas energias e intenções para resultados positivos, enquanto a negatividade excessiva pode nos prender em ciclos de insatisfação e estagnação.
Como usar isso ao seu favor? Observe seus pensamentos sem julgamento. Ao praticar essa autopercepção, você aprende a identificar aqueles padrões que são prejudiciais e que precisam ser transformados. Essa habilidade de autorreflexão ajuda a construir uma mentalidade mais resiliente e intencional.

Como Pensar com Profundidade

A mente pensante é uma fábrica que nunca fecha ou para, e muitas vezes não funciona da maneira mais ideal e eficiente. Saber pensar com profundidade é saber raciocinar e analisar qualitativamente diferentes variáveis, obténdo conclusões valiosas e podendo agir sobre os problemas ao seu redor.

O pensador profundo é hábil em entrar em contato com as emoções para regulá-las, conectar-se com suas necessidades e oferecer diversas respostas para o mesmo problema.

A sociedade moderna nos empurra para o ritmo acelerado, o que muitas vezes nos impede de refletir com profundidade. Pensar profundamente envolve a capacidade de analisar uma ideia de diferentes ângulos, de forma crítica e ponderada. Quando você desenvolve essa prática, começa a enxergar as nuances e a questionar as aparências superficiais das situações.

Exemplo prático: reserve alguns minutos do seu dia para pensar sobre uma questão específica ou um problema que precisa resolver. Tente explorá-lo a fundo, observando suas emoções e ideias associadas, e busque possíveis soluções. Esse processo não só melhora sua capacidade analítica, mas também ajuda a cultivar um pensamento mais estruturado e inovador.

A Sabedoria da Escolha dos Pensamentos

Ser sábio em relação aos pensamentos é escolher aqueles que realmente contribuem para o seu crescimento e bem-estar. Embora não possamos controlar tudo o que pensamos, podemos aprender a reagir de forma mais consciente a eles, escolhendo com quais pensamentos queremos nos envolver e quais devemos simplesmente deixar ir.

Dica prática: quando pensamentos negativos ou autocríticos surgirem, pergunte-se: “Esse pensamento está me ajudando ou me limitando?” Ao responder honestamente, você começa a perceber que muitos desses pensamentos são apenas hábitos mentais que podem ser substituídos.
Pratique a autorreflexão e a resolução de problemas. Analise padrões de pensamento para avaliar se eles são úteis ou não. Concentre-se no
aqui e agora. Ontem não importa mais, amanhã ainda não existe.

A Prática da Atenção Plena

A atenção plena (mindfulness) é uma ferramenta poderosa para observar o fluxo dos pensamentos sem se prender a eles. Ao praticar essa habilidade, você aprende a trazer o foco para o momento presente, reduzindo o impacto de preocupações com o passado e ansiedades com o futuro.

Como aplicar: pratique alguns minutos de meditação por dia. Ao fazer isso, permita que os pensamentos venham e vão, sem tentar controlá-los. Aos poucos, essa prática melhora a sua capacidade de foco e ajuda a cultivar uma mentalidade mais tranquila e positiva.

Usando o Pensamento para Conexão e Crescimento

Pensar com profundidade e sabedoria também significa ser capaz de compreender as perspectivas alheias, desenvolver empatia e aprender com experiências e ideias diferentes. Essa prática amplia nosso entendimento do mundo e nos ajuda a crescer como indivíduos.

Desafio pessoal: ao conversar com alguém, procure escutar atentamente, sem julgar ou planejar respostas automáticas. Permita-se explorar o ponto de vista do outro. Essa prática não apenas fortalece seus relacionamentos, mas também aprimora a sua própria capacidade de reflexão.

O pensamento é uma ferramenta poderosa que, quando usada com sabedoria e profundidade, pode nos levar a novos patamares de entendimento, realização e conexão. Ao nos tornarmos mais conscientes e seletivos em relação aos nossos pensamentos, ganhamos o poder de moldar a nossa própria realidade e de agir de forma mais harmoniosa com o mundo à nossa volta.
Afinal, nosso mundo exterior é apenas um reflexo da maneira como escolhemos pensar. Cultive seus pensamentos com sabedoria e profundidade, e observe
a transformação.

Pensar é Criai - Cap. III

A Magia do Momento Presente – Cap. 18


martedì 22 ottobre 2024

Inteligência Emocional: Guia Essencial para o Sucesso Pessoal e Profissional

 

A inteligência emocional (IE) é a capacidade de identificar, compreender, administrar e usar as emoções de forma positiva para lidar com os desafios do dia a dia, melhorar a comunicação e fortalecer os relacionamentos. A IE se tornou um dos temas mais discutidos nos últimos anos, e não é à toa. Em um mundo onde a tecnologia avança a passos largos e o estresse faz parte do cotidiano, a capacidade de entender e gerenciar nossas emoções, bem como as dos outros, se tornou uma habilidade essencial, tanto na vida pessoal quanto profissional.

Mas como, exatamente, podemos desenvolver essa tão falada inteligência emocional? Neste post, vamos explorar o conceito de IE e compartilhar dicas práticas para você começar a aprimorá-la agora mesmo.

Como desenvolver essas habilidades?

A inteligência emocional surge da combinação de diferentes habilidades que podem ser estimuladas e treinadas tanto de forma independente quanto por meio de apoio psicológico. Melhor ainda seria ter a oportunidade de aprendê-los na infância, em contexto escolar. Em qualquer caso, é uma habilidade que sempre pode ser aprendida e fortalecida.

O psicólogo Daniel Goleman, um dos pioneiros nesse conceito, dividiu a IE em cinco pilares principais:

Autoconsciência: Capacidade de reconhecer suas próprias emoções.
Autocontrole: Habilidade de gerenciar suas emoções e comportamentos em momentos de pressão.
Motivação: Capacidade de usar suas emoções para se manter focado em metas.
Empatia: Compreender as emoções dos outros.
Habilidades sociais: Saber se comunicar, liderar e colaborar com eficiência.

Praticar a Autoconsciência

A primeira etapa para desenvolver sua inteligência emocional é conhecer a si mesmo. Isso inclui nao só identificar suas emoções mas, também, entender o que as desencadeia. Aprender a nomear as emoções, saber o que sentimos permite-nos geri-lo de forma mais eficaz

Muitas vezes, somos levados por sentimentos de raiva, frustração ou tristeza sem realmente saber o que os provocou. Nossas emoções são importantes fontes de informação, mas muitas vezes as utilizamos como se fossem o único guia que temos disponível; é importante compreender como influenciam os nossos pensamentos e comportamentos para nos regularmos da melhor forma;
Uma maneira eficaz de melhorar a autoconsciência é praticar a atenção plena (mindfulness).

Estar centrado no aqui e agora nos permite ouvir, sem julgamento, nossas próprias emoções e sentimentos, assim como os dos outros.

Reserve alguns minutos do seu dia para se observar. Pergunte-se: "O que estou sentindo agora?", "Por que estou sentindo isso?" e "Como isso está impactando minhas decisões?".
Manter um diário emocional também pode ser útil. Anotar como você se sente em diferentes momentos do dia pode ajudar a identificar padrões emocionais e como suas emoções afetam sua produtividade e relacionamentos.

Desenvolver o Autocontrole

Depois de reconhecer suas emoções, o próximo passo é aprender a gerenciá-las. Todos nós enfrentamos momentos de estresse, mas pessoas com alta inteligência emocional sabem como lidar com eles de maneira construtiva.

Pratique técnicas de autocontrole, como a respiração profunda e a meditação, para evitar reações impulsivas. Da próxima vez que se sentir sobrecarregado, tente fazer uma pausa, respirar fundo e perguntar a si mesmo: "Qual é a melhor maneira de responder a essa situação?"

Outra estratégia eficaz é a reestruturação cognitiva: mudar a forma como você pensa sobre uma situação. Em vez de ver um desafio como um problema, tente encará-lo como uma oportunidade de crescimento.

Aprimorar a Empatia

A empatia é a capacidade de entender as emoções dos outros, e é uma habilidade crucial para melhorar os relacionamentos interpessoais. Pessoas empáticas são melhores em resolver conflitos, construir confiança e liderar equipes.

Para aprimorar sua empatia, escute ativamente as pessoas ao seu redor. Evite interromper ou julgar e tente ver o mundo pela perspectiva do outro. Pergunte-se: "Como eu me sentiria se estivesse no lugar dessa pessoa?" Isso ajuda a criar uma conexão emocional genuína e fortalece seus relacionamentos.

Trabalhe suas Habilidades Sociais

Inteligência emocional também significa saber se comunicar bem com os outros. Pessoas com boas habilidades sociais têm mais facilidade para trabalhar em equipe, liderar projetos e lidar com conflitos.
Para melhorar nesse aspecto, foque em ser um bom ouvinte e mostre interesse genuíno pelo que os outros dizem. Ao trabalhar em equipe, pratique a colaboração em vez de impor suas ideias. Outra dica importante é dar e receber feedback de maneira construtiva — isso ajuda no crescimento pessoal e profissional de todos os envolvidos.

Mantenha-se Motivado

A inteligência emocional também está ligada à automotivação, ou seja, à capacidade de usar suas emoções para manter o foco e a energia em suas metas. Definir objetivos claros e ter um propósito é essencial para manter-se motivado, mesmo em tempos difíceis.
Uma dica prática é celebrar pequenas vitórias. Cada passo dado em direção ao seu objetivo é um motivo para se sentir realizado. Além disso, conecte suas metas pessoais e profissionais a um propósito maior. Isso ajuda a manter o foco e a resiliência, mesmo diante dos obstáculos.

Desenvolver a inteligência emocional não é um processo imediato, mas uma jornada contínua de autoconhecimento, empatia e prática. Ao seguir essas dicas, você não apenas melhorará suas habilidades emocionais, mas também se tornará mais preparado para enfrentar os desafios da vida com equilíbrio e confiança.

Lembre-se: a inteligência emocional não é algo que você nasce sabendo, mas algo que você constrói ao longo do tempo. Comece hoje, invista em seu crescimento emocional e veja o impacto positivo que isso pode ter em sua vida pessoal e profissional!

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domenica 13 ottobre 2024

La bellezza dell'età matura e la consapevolezza dell’impermanenza

 


La bellezza dei 70enni

L’età che avanza è un mistero che si svela lentamente, un viaggio che ci conduce verso un territorio sconosciuto, dove ogni passo ci allontana dall'effimero e ci avvicina all'essenziale. A 70 anni, la vita non è più una corsa verso il futuro, ma una danza intima con il presente. C'è un ritmo diverso, più lento e consapevole, che ci permette di toccare con mano quella verità che da giovani ignoravamo: la bellezza dell'impermanenza.

Il paradosso del tempo

Se c'è una lezione profonda che l’età ci insegna, è che il tempo è al contempo il nostro più grande maestro e il nostro più misterioso avversario. A 70 anni, ci rendiamo conto che il tempo non è qualcosa che si può possedere, ma qualcosa che ci attraversa. Ogni ruga, ogni segno del corpo, ogni ricordo, è il testimone silenzioso di questa verità. Ciò che una volta sembrava lontano, ora è parte di noi: il passato diventa una presenza viva e pulsante, come un fiume che ha scavato solchi profondi nel nostro essere. Ma questo paradosso è anche la nostra liberazione. Comprendiamo che non c’è nulla di definitivo nell'esistenza, e in questa impermanenza troviamo una nuova forma di libertà. La consapevolezza della finitezza ci permette di abbracciare l'infinito che risiede nell’istante, di trovare pienezza nell’essere qui, ora, senza la necessità di proiettarsi altrove.

La saggezza come bellezza interiore

Avere 70 anni può sembrare un traguardo lontano o perfino temuto, ma in realtà rappresenta una fase della vita straordinariamente ricca di bellezza e vantaggi. A 70 anni, si ha una comprensione più profonda della vita, delle relazioni e di sé stessi. Le difficoltà, i successi e le sfide vissute nel corso degli anni hanno forgiato una saggezza che non può essere appresa dai libri o dalla teoria. Questo dona una serenità interiore che traspare all'esterno: si ha meno bisogno di dimostrare qualcosa e più desiderio di godersi le cose semplici. La bellezza della saggezza è un dono raro che solo il tempo può portare.

Libertà dalle pressioni sociali

A 70 anni si trova una nuova prospettiva sulle priorità della vita. Con il passare degli anni, le aspettative sociali e professionali che pesano tanto durante la giovinezza perdono gradualmente di importanza. Si è più liberi di essere sé stessi, senza l'urgenza di seguire mode o conformarsi alle aspettative altrui. A quell’età si possono riscoprire passioni, dedicarsi a hobby dimenticati o persino imparare qualcosa di nuovo, semplicemente per il piacere di farlo. La vita non è più un susseguirsi di impegni frenetici. C’è spazio per la riflessione, per i piaceri semplici come leggere un buon libro, fare una passeggiata nella natura o godersi un caffè in tranquillità. Questa calma non è sinonimo di solitudine, ma di una connessione più profonda con il mondo e con sé stessi. E questo non hà prezzo. L’età porta anche una visione più chiara delle relazioni. Le amicizie sono più autentiche, basate su anni di condivisione e complicità, mentre la famiglia diventa ancora più importante. Le conversazioni con figli e nipoti diventano momenti preziosi, e c'è una nuova gioia nel trasmettere conoscenze e storie alle generazioni successive.

Un nuovo rapporto con il corpo

Anche se l’invecchiamento porta inevitabilmente cambiamenti fisici, imparare a convivere con essi è un segno di grande forza interiore. Accettare il proprio corpo, con le sue rughe e i suoi cambiamenti, significa celebrare tutto ciò che esso ha attraversato. Il corpo, con l’età, si trasforma in una mappa vivente, una narrazione scolpita dal passare degli anni. È una mappa di luoghi visitati e battaglie vinte, ma anche di fragilità accettate. In gioventù, il corpo era una macchina da spingere sempre oltre, un oggetto da plasmare secondo desideri esterni. Ora, a 70 anni, il corpo diventa il nostro più fedele compagno, un archivio di esperienze e sentimenti. Ogni cambiamento fisico non è una perdita, ma una metamorfosi. È come un albero che si spoglia delle foglie in autunno, non per abbandonarsi alla morte, ma per prepararsi alla rinascita. C'è una bellezza inaudita nella delicatezza dell'età, una bellezza unica nella consapevolezza di ciò che il proprio corpo ha vissuto come quella delle foglie secche che, al termine del loro ciclo, si librano leggere al vento.

La profondità dell’anima

Se il corpo riflette il tempo trascorso, l’anima ne rivela la profondità. A 70 anni, l’anima non è più un campo di battaglia, ma un giardino in cui i semi piantati negli anni precedenti iniziano a fiorire. C’è una saggezza che non si manifesta solo nella conoscenza, ma nel silenzio, nell’ascolto. È una saggezza che viene dal comprendere che non tutte le domande hanno risposte, e che va bene così. La bellezza della maturità non è l’assenza di dubbi, ma la capacità di abbracciarli con grazia, di fare pace con ciò che non possiamo controllare.

Con l’avanzare dell’età, l’anima impara a osservare la vita da una prospettiva diversa. La fretta lascia il posto alla contemplazione, e ci rendiamo conto che le cose più importanti sono spesso le più invisibili. Il legame con la natura si intensifica, come se i nostri sensi, pur affievoliti, fossero più in sintonia con il mondo circostante. Il suono della pioggia, la luce che filtra tra gli alberi, il canto di un uccello: questi piccoli miracoli quotidiani diventano la nostra vera ricchezza. Si diventa spettatori... soltanto osservatori degli eventi senza la necessità di farne parte a ogni costo.

L’eredità immateriale

Una delle riflessioni più potenti dell’età che avanza è quella legata all’eredità. Non si tratta più di ciò che possediamo o di ciò che abbiamo costruito, ma di ciò che lasciamo nel cuore degli altri. A 70 anni, l’idea dell’eredità assume una nuova dimensione: non è qualcosa di materiale, ma un filo invisibile che collega le nostre esperienze e il nostro amore alle vite delle persone che abbiamo toccato. È l’insegnamento silenzioso di una vita vissuta con integrità, è la carezza che lasciamo nei ricordi di chi ci ha amato.

In fondo, ciò che di noi rimane non è una somma di successi, ma la qualità delle relazioni che abbiamo coltivato, il calore che abbiamo condiviso, i momenti di gentilezza che abbiamo offerto senza chiedere nulla in cambio. È la capacità di essere presenti per gli altri, di ascoltare veramente, di amare senza condizioni.

Il ritorno all’origine

C’è, infine, una verità ancora più profonda che emerge con il passare degli anni: la vita è un cerchio che si chiude. Se l’infanzia è l’età dell’innocenza, la vecchiaia è l’età della saggezza che riconduce a quella stessa innocenza, ma con una consapevolezza nuova. Si riscopre la semplicità, si torna a meravigliarsi delle piccole cose, come un bambino che guarda il mondo con occhi nuovi. È come se l’anima, alla fine del viaggio, si spogliasse di tutte le sovrastrutture per tornare all’essenza, alla purezza originaria.

Il vero stupore, a 70 anni, non è nei successi raggiunti, ma nella capacità di abbandonarsi alla vita, di lasciare che le cose accadano senza forzature. È la consapevolezza che, nonostante tutto, siamo parte di qualcosa di più grande, e che ogni passo che abbiamo compiuto, ogni incontro, ogni sorriso, ha avuto un senso, anche se a volte ci è sfuggito.

A 70 anni, insomma, si è più vicini alla verità che da giovani ci sfuggiva: la vita, nel suo mistero, è perfetta così com’è.

La coscienza crea l'illusione di una mente che si dice pensante. Capitolo XI

La vita è movimento e continua trasformazione . Capitolo 14

martedì 8 ottobre 2024

Riscos da Inteligência Artificial e a campanha da “Luva com seis dedos”

 


Figuras proeminentes do mundo da tecnologia recebem um par de luvas de 6 dedos junto com uma mensagem pessoal.

A premessa necessária é a de que não devemos estigmatizar a inteligência artificial, mas simplesmente realçar o seguinte: é o uso que se faz dela o que determina a validade desta ferramenta. Há coisas que se tornam positivas ou negativas dependendo do uso que você decide fazer delas. Um exemplo trivial é a faca, ela serve para cortar alimentos, mas infelizmente alguns podem usá-la, também, para matar pessoas. Para nos aproximarmos do mundo da tecnologia, pensamos também nas redes sociais: podem encurtar distâncias e tempos de comunicação, criar formas de business alternativos, mas também criar dependência e piorar significativamente a nossa relação com a vida real. A inteligência artificial (IA) oferece muitas oportunidades, mas também pode apresentar perigos, desde a perda de empregos até questões de segurança e privacidade. Ela tem o potencial de automatizar várias funções que atualmente são desempenhadas por humanos, principalmente em áreas como manufatura, atendimento ao cliente e até mesmo algumas profissões especializadas, como advogados e médicos. E a automação em massa pode levar à desemprego em larga escala, criando uma disparidade econômica maior.

Na Segurança, a IA aplicada em sistemas de defesa militar pode levar à criação de armas autônomas, também conhecidas como "robôs assassinos". Essas armas poderiam operar sem controle humano, o que levanta preocupações éticas e de segurança global. Além disso, IA pode ser usada para ataques cibernéticos sofisticados que são difíceis de prever e combater.
Um dos maiores perigos teóricos
da IA é a sua Superinteligência. A criação de uma IA superinteligente poderia eventualmente escapar do controle humano. Se uma IA desenvolver uma capacidade cognitiva muito além da nossa, ela poderia priorizar seus próprios objetivos, que podem não alinhar com os interesses da humanidade.

Preconceitos e desinformação

Alguns sistemas de IA são treinados com dados que podem conter vieses sociais, econômicos ou raciais. Se não forem projetados com cuidado, esses sistemas podem replicar e amplificar esses preconceitos. Exemplos incluem IA de reconhecimento facial que tem dificuldades em identificar corretamente pessoas de certas etnias. Uma inteligência artificial avançada pode ser também usada para manipular opiniões públicas através de conteúdo gerado automaticamente, como deepfakes, que criam vídeos ou áudios falsos que parecem reais. Isso pode ser usado em campanhas de desinformação ou propaganda, afetando a política e a sociedade.

Meeri Haataja, CEO e cofundador da Saidot, disse: "Os sistemas de IA são frequentemente comparados a uma 'caixa preta', com níveis de complexidade e riscos que permanecem ocultos. No entanto, eles não podem ser usados como desculpa para não resolver problemas que já são bem conhecidos. Além disso, a governação responsável da IA requer ações e colaboração de todas as partes da cadeia de valor da IA: é por isso que também reconhecemos as ações de diferentes tipos de operadores que contribuem para uma inteligência artificial mais responsável."

A campanha da “Luva com seis dedos”

Saidot, uma empresa de tecnologia finlandesa, lançou uma campanha destinada a tomadores de decisão e pessoas influentes quando o assunto é IA, com o objetivo de chamar a atenção para os riscos da inteligência artificial. Figuras proeminentes do mundo da tecnologia receberam um par de luvas de 6 dedos junto com uma mensagem pessoal. A campanha de Saidot – intitulada "What’s Your 6 th Finger?” (Qual é o seu sexto dedo?) inspira-se numa falha bem conhecida nos modelos generativos de IA: a tendência de produzir imagens de pessoas com dedos extras. Este “sexto dedo” torna-se assim um símbolo poderoso dos riscos frequentemente ignorados no desenvolvimento e implementação de sistemas de IA. Esta campanha visa tornar a governação da IA relevante e inclusiva para todos, transformando uma metáfora em realidade e enviando a figuras influentes luvas de seis dedos, feitas sob medida, para simbolizar os riscos contidos nos modelos de IA que muitas vezes podem passar despercebidos. Entre os destinatários destes artefatos perturbadores estão nomes proeminentes como Sam Altman, CEO da OpenAI, Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, e Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta. A atriz Scarlett Johansson, recentemente envolvida em uma polêmica sobre o uso indevido de sua voz por um chatbot de IA, também recebeu a singular homenagem.

De maneira mais filosófica, a "Luva com 6 dedos" pode simbolizar a fusão entre humanos e tecnologia, levantando questões éticas sobre até que ponto devemos nos modificar ou depender de tecnologia para evoluir nossas capacidades naturais.

A ideia é provavelmente uma referência a tecnologias de aumento cibernético ou dispositivos projetados para amplificar capacidades humanas. Já existem projetos de protótipos que oferecem um sexto dedo ou dispositivos extras, como uma espécie de prótese inteligente, que pode ajudar em tarefas que requerem mais precisão ou força. O objetivo é aprimorar a capacidade humana, oferecendo mais controle e habilidades. Esses tipos de tecnologia podem ser desenvolvidos para aumentar as capacidades de trabalhadores em áreas como robótica, medicina ou fabricação de alta precisão.

Veera Siivonen, CCO e cofundadora da Saidot, acrescentou: “A IA está se desenvolvendo tão rapidamente que ninguém pode prever totalmente seus impactos e riscos emergentes. É por isso que queremos destacar tanto os passos feitos em direção a uma IA mais segura, quanto com as medidas que devem ser tomadas. Além disso, uma vez que a inteligência artificial é uma tecnologia tão essencial que pode ter um impacto profundo nas nossas vidas, precisamos ter a certeza de que todos compreendam isso. Para além dos grandes avanços que a inteligência artificial traz consigo, também existem riscos significativos envolvidos. As luvas são uma forma de tornar estas preocupações mais tangíveis e compreensíveis para todos."

A Aidot, líder em governação de inteligência artificial (IA), reuniu líderes de todo o mundo para abordar os riscos ocultos da IA e apelar a uma abordagem mais transparente e colaborativa à segurança da IA.

Homo Universalis

É introduzido o conceito de “homo universalis”, uma pessoa particularmente erudita e conhecedora que se destaca em muitas áreas, tanto na arte como na ciência e na literatura, possuindo profundos conhecimentos sobre vários temas como por exemplo, Leonardo Da Vinci, considerado o homo universalis por excelência. Sabemos que ele tinha um conhecimento profundo de qualquer tema científico, a racionalidade de um engenheiro e a criatividade de um artista, estava à frente de seu tempo em pelo menos 500 anos. Diziam que tudo o que ele fez “era perfeito”. Poderia Leonardo competir com a inteligência artificial de hoje? O que dizer, então, de nós, comuns mortais, que certamente não temos tempo nem mente para nos tornarmos um “homo universalis”? Recorrer à inteligência artificial poderá ajudar-nos ou irá entorpecer as nossas mentes e o nosso trabalho?

Todos esses pontos destacam questões decididamente importantes que poderiam ser evitadas tendo em conta a premissa de que cabe a quem utiliza a inteligência artificial evitar correr estes perigos com especial atenção e cuidado. Desse conceito decorre um outro, talvez o mais relevante. O grande limite da inteligência artificial e a grande superioridade da inteligência humana se dá pela capacidade de pensar. Um homem pensa, uma máquina não. A inteligência implica pensar, o fato de nos questionarmos e levantarmos dúvidas, de sentirmos emoções e as traduzirmos em necessidades, de sermos capazes de gerir a complexidade. A IA ainda não é capaz de fazer essas coisas. Portanto, sempre será o homem quem operará a IA. Por isso o convite é usar a IA como suporte para acelerar processos repetitivos e complexos, como fonte de dados de fácil acesso, mas não utilizá-la no lugar da melhor máquina já criada, ou seja, o nosso cérebro. Muito provavelmente nunca seremos “homo universalis” como Leonardo mas certamente poderemos ter a satisfação de dizer: é o resultado do meu trabalho com o apoio da IA ​​e não vice-versa.

Expandir os limites da mente – Cap. 16

As Ideias e Invenções não são casuais – Cap. XXIII