Crenças
são atitudes subjetivas daqueles que reconhecem como verdadeiro uma
proposição ou noção. As crenças que professamos e que nos
acompanham na vida tornam-se para nós como certezas das quais é
difícil separar-se e que nos levam a comportamentos na vida
cotidiana.
As
crenças geralmente são transformadas em "profecias" que
se tornam realidade, moldando o estilo de uma pessoa. Elas dão
segurança e um senso de estabilidade à vida e, por elas, sempre
dedicamos esforços para buscar confirmação nos outros, nos
eventos, nas discussões e nos estudos.
Todos
temos crenças que representam recursos e crenças que nos limitam.
As
crenças têm um efeito poderoso em nossa vida.
É
sabido que, se alguém realmente acredita que pode fazer algo, lo
fará e se acredita que algo seja
impossível, nenhum esforço o convencerá de que possa
ser alcançado.
Certas
crenças podem limitar todas
as
risorsas da
pessoa. Abraham Maslow,
psicólogo americano, conta
uma história sobre um de seus pacientes em tratamento, que não se
alimentava nem
se cuidava, convicto de
que era um cadáver.
O
psiquiatra passou muitas horas discutindo com ele para tentar
convencê-lo de que ele não era um cadáver. Finalmente,
ele perguntou se os cadáveres sangram. O homem respondeu: "É
claro que os cadáveres não sangram, todas as suas funções vitais
cessaram".
Então
o psiquiatra lhe perguntou se
gostaria de tentar um
experimento picando-o
cuidadosamente com
uma agulha para mostrar
se ele
sangrava.
O paciente concordou. Afinal, ele
era um cadáver.
O
psiquiatra o espetou gentilmente e ele, obviamente, começou a
sangrar. O paciente assumiu uma expressão perturbada e espantada e
disse em voz baixa: "Nossa...
os cadáveres também SANGRAM!"
Se
nossas crenças exercem um poder extraordinário sobre nossas vidas,
elas certamente também podem moldar, influenciar ou até estabelecer
nosso grau de inteligência, saúde, relacionamentos, criatividade,
até mesmo nosso grau de felicidade e sucesso pessoal.
Muitas
crenças foram instaladas por nossos
pais, professores, educadores
e pela mídia quando éramos crianças, antes de tomarmos
conhecimento de seu impacto ou de fazer escolhas em
questão.
A
prática da
crença, da
fé, da
ideologia pode
estimular,
incentivar,
impulsionar,
mobilizar
mas pode, também,
escravizar, matar, enlouquecer.
A
partir da crença, uma noção racional do indivíduo em relação ao
mundo e a si mesmo é construída.
As crenças definem o sentido da ação de uma pessoa interagente. A
identidade desta é definida pelo seu sistema de crença.
O que é uma pessoa? Ela é o seu sistema de crença operando
em lógicas de interação no mundo da vida humana
Por
que é raro nos livrar das crenças que nos incutiram?
A
diferença entre o remédio e o veneno é a dose. O
mesmo vale também
para o que inoculamos em nossas cabeças.. Podemos
dar a vida ou matar por uma crença, quando nos aferramos a ela e nos
convencemos que não devemos tolerar quem pensa de forma diferente
daquilo que inocularam na nossa mente.
Mudar
as nossas crenças pode ter um impacto enorme na realidade que
experimentamos e, portanto, nos resultados que criamos na nossa vida.
Henry Ford disse uma vez: "Se
você acredita que pode ou que não pode, você está absolutamente
certo!" Esta foi a resposta dele quando seus engenheiros
disseram que era impossível construir um motor V8. É uma afirmação
muito simples, contudo o impacto é profundo.
De acordo com Judith Beck, crenças
centrais "são entendimentos que são tão fundamentais e
profundos que as pessoas frequentemente não os articulam sequer para
si mesmas. Essas ideias são consideradas pela pessoa como verdades
absolutas, exatamente o modo como as coisas ‘são'" e acabam
influenciando o desenvolvimento das crenças intermediárias, que
consistem em atitudes, regras e suposições.. As crenças são
formadas a partir da relação estabelecida entre os indivíduos e o
mundo no qual eles se encontram inseridos, e elas são consideradas
"as lentes" a partir das quais eles interpretam as
situações de vida.
Os
vieses são filtros mentais.
As
crenças também filtram a nossa realidade e, dessa forma, formam as
nossas percepções do mundo ao nosso redor. O
filtro elimina as informações da nossa percepção consciente.
Funcionam como uma espécie de óculos especial que distorce a
realidade. Enquanto estiver funcionando corretamente, esse filtro nos
protege da sobrecarrega. No entanto, ele também pode nos fazer
perder a evidência de que algo é possível.
Os
vieses explicam por que o nosso cérebro está propenso a cometer
erros que impactam a nossa habilidade de fazer julgamentos racionais,
eles estão espalhados em todas as esferas das nossas vidas,
impactando todas as decisões que tomamos no dia a dia. Desde a
definição sobre comprar um novo apartamento até a escolha do que
comer no almoço. Somos tão influenciados pelos vieses que eles
passam pela surdina e acabamos nem percebendo. Só quando falamos, a
ficha cai. Eles são a consequência do atalho que o nosso cérebro
faz ao reagir ao mundo. Têm os seus benefícios, porque facilitam o
processamento de informações, mas acarretam prejuízos, porque
atrapalham a interação com outros seres humanos; eles são
negativos quando
levam o cérebro a cometer erros que impedem uma visão mais ampla da
realidade.— diz Fabiano Moulin,
Por
causa do
viés, você tende a se lembrar, interpretar e pesquisar informações
que validem as suas crenças, caindo em erros de raciocínio sem nem
percebê-los.
Por
causa dele, também tendemos a ignorar as informações que
contrastam com as hipóteses que defendemos. Se votei em
Bolsonaro, por exemplo, tendo a ignorar qualquer pessoa que fale mal
dele ou a acusá-la de ser mal-intencionada. Já se alguém
gosta do Bolsonaro, tendo a adorá-lo. Mesmo que ele fale besteira ou
deforme os acontecimentos, dou
um desconto a ele só porque pensa parecido comigo.
As
suas crenças impulsionam em direção aos seus objetivos ou elas
usam os freios?
Você procura todas as razões ou desculpas
para dar a si mesmo ou às outras pessoas toda vez que não consegue
o que deseja. Desculpas são apenas crenças limitantes que você
decidiu criar como resultado das suas experiências anteriores na
vida.
As crenças limitantes são as correntes
invisíveis que lhe bloqueiam, limitam e lhe impõem certas ações;
ou seja, elas não permitem que você expresse seu potencial.
As
crenças potenciadas,
por outro lado, tem o efeito oposto: se você acredita que pode
executar uma ação, provavelmente o fará.
As crenças, portanto, são as histórias que
nos contamos a nós mesmos e, muitas vezes, determinam nosso estado
de humor, expectativas, comportamentos e relacionamentos; portanto, é
fácil entender que conhecer e mudar nossas crenças limitantes pode
nos permitir mudar radicalmente nossa vida.
Na maioria das vezes, as crenças limitantes
atuam como mecanismos de defesa. É o que acontece quando, em um
determinado momento, você sofre com algum episódio específico e,
agora, toda vez que este gatilho é acionado, o seu subconsciente dá
um jeito de tentar bloqueá-lo.
Para identificar quais são as suas crenças
limitantes, lembre-se de algo que você gostaria de ter feito, mas
não fez. Qual foi a sua justificativa para não realizar esta
atividade?
Se você encontrou uma crença limitante que,
geralmente, guia alguns hábitos seus, primeiramente, você precisa
querer mudar e tomar esta decisão, afinal a força de vontade é
primordial aqui. Em seguida é necessário substituí-la por uma nova
crença fortalecedora. Desafie a nova crença, gerando uma
oportunidade para si mesmo de enfrentar novamente a situação. Então
reflita sobre como você se sentiu quando o evento aconteceu, o que
estava falando para si mesmo que lhe trouxe este sentimento e como
desafiou sua própria crença limitante.
Pensar positivo é umas das chaves principais
para impedir as crenças limitantes e quando o indivíduo tornar isso
um hábito, conseguirá lidar com maior facilidade com os desafios
que a vida impõe.
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