mercoledì 3 giugno 2020

Os Anonymous estão voltando!




Quem são esses “Cavaleiros Mascarados” que estão fazendo tremer o establishment em todo o mundo? Esse misterioso coletivo que participou dos protestos nos ultimos dias nos EUA, invadindo os sistemas policiais ou causando outros distúrbios. Quem são e o que estão fazendo?
Geralmente eles agem contra aqueles que acusam de abuso de poder. Fazem isso seqüestrando sites ou forçando-os off-line.

Um tempo, esse coletivo tinha um compromisso fixo na discussão pública, atingindo aqueles que acusavam de injustiça, com poderosos ataques cibernéticos. Após anos de silêncio, ele ressurgiu, participando dos protestos em Minneapolis pela morte de George Floyd.

Durante os protestos que estão ocorrendo nesses dias, vários sistemas de computadores foram atacados. Acredita-se que os Anonymus sejam os responsáveis.

Por exemplo, o site do departamento de polícia de Minneapolis foi nocauteado no fim de semana. Essa forma de ataque cibernético consiste em inundar um servidor de dados até que pare de funcionar.

Um site das Nações Unidas foi transformado em um memorial para George Floyd, substituindo todo o seu conteúdo por um slogan: "Descanse no poder, George Floyd", combinado com um logotipo anônimo.

O lema dos chamados Anonymous é: Estamos unidos e ninguém poderà nos separar. Nós somos uma legião que não perdoa e nunca esquece. Nós estamos chegando

Eles se comportam como um exército. Sim, um exército de hackers, considerados uma espécie de Robin Hood da digital age, daqueles que pretendem que tudo na Internet deva ser usufruido gratuitamente.

Um movimento para redefinir o equilíbrio na sociedade dos net-citizen. Porém, sem nome e sem rosto, escondendo a sua identidade por trás da máscara de Guy Fawkes, um personagem que se tornou popular pelo graphic novel e pelo filme gráfico de V de Vingança. O escopo è lutar pela liberdade da web.

Munidos de mouse e computador, os Anonymous declaram guerra ao establishment, de forma por nada convencional: cometer atos de guerrilha digital, bombardeando e mandando em tilt sites institucionais e governativos, e divulgando informações pessoais online, com açoes coordenadas e eficientes.
Pra se ter idéia, algum tempo atrás, conseguiram “abrandar” a aprovação de duas leis no Senado e na Camara americanos: o Stop onlinepiracy act e o Protect ip act, mais conhecida na rede com as siglas Sopa e Pipa.

Se organizaram, colocando em ação duas fases: a primeira, permitiria de proceder contra os sites considerados ilegais, bloqueando pagamentos dos usuários e, ao mesmo tempo, retirando os mesmos sites dos motores de busca. A segunda, que permitiria ao governo dos EUA , de inibir de autoridade, o acesso aos sites “canalhas”, ou seja, aqueles que favorecem a difusão de files ilegais ou produtos de contrafacão. Duas medidas que fizeram subir nas barricadas, não só os anônimos de Anonymous, mas, também, gigantes como Wikipedia, Google, Youtube, Facebook e Twitter, segundo os quais, Sopa e Pipa, mesmo propondo-se em combater a pirataria e proteger o direito de autor, poderia limitar a liberdade de expressão individual. Para se entender a lógica desse novo ativismo, o Anonymous não é um grupo fechado, mas uma idéia, e todos que compartilham dessa idéia, são Anônimos, e não do Anonymous.
Os Hackers Anonymous, ficaram famosos justamente quando começaram invadir sites de governos, empresas multinacionais e os gigantes dos cartões de crédito Visa e Mastercard, nos meses das controvérsias sobre o Wikileaks.

Os grandes nomes da Web formam "um lobby muito influente", como definiu o jornal britânico Financial Times. "A campanha posta em prática è o maior protesto on-line da história." Tão poderoso que intimidou até mesmo o presidente Barack Obama, que em um comunicado oficial, tomou distância da Sopa e Pipa.

É sob estes auspícios, com a discussão em sua fase mais aguda, enquanto Wikipedia entrava em greve retirando o seu conteúdo da rede, que começou aquela que a web já batizou como a Primeira Guerra Mundial Digital.

Anonymous interceptou telefonema entre FBI e Scotland Yard
A gravação da interceptação de um telefonema entre dois especialistas em crimes cibernéticos do FBI e Scotland Yard e elementos do MI5, o antiterrorismo britânico, foi publicada literalmente pelos hackers. O ataque cibernético coincidiu com outras atividades do grupo, um contra o Ministério da Justiça grego, o outro contra a polícia de Boston.
O FBI e Metropolitan Police britânica, confirmou a autenticidade do documento "obtidos ilegalmente" e disse que estavam procurando os responsáveis ​​pela interceptação.

Os Anonymous já realizaram várias ações depois da que os tirou do anonimato global, contra a Igreja da Scientology, a mesma que frequenta Tom Cruise. Uma das mais conhecidas se deu em dezembro de 2010, quando mais de mil deles se organizaram por meio de fóruns e redes sociais para congestionar os sistemas das redes Mastercard e Visa e o serviço de pagamento PayPal por se negarem a receber contribuições para o WikiLeaks, que acabava de revelar uma série de documentos secretos das embaixadas americanas espalhadas pelo mundo.

Na sequência, em mjaneiro de 2011, os Anonymous entraram em ação de novo, participando da Primavera Islâmica. Seus militantes protestaram em sites do Ministério da Indústria e da Bolsa de Valores da Tunísia, em solidariedade ao movimento contrário ao governo local, que cairia dias depois. Também organizou, em fevereiro do mesmo ano, um ataque contra sites do governo do Iêmen e foi atuante na difusão de informações sobre a revolução no Egito, principalmente quando Hosni Mubarak derrubou o sinal de internet no país.

O grupo de hackers ameaçou, com um vídeo postado no Youtube, o ataque ao Facebook - site fundado por Mark Zuckerberg.
Esta é a mensagem: Saudações, povo do mundo. Nós somos Anonymous, e começou uma guerra entre nós, o povo e o Governo dos Estados Unidos. Se SOPA e PIPA forem suspensos, isso não garante a preservação dos direitos da internet. Se vocês puderem, por favor, juntem-se ao nosso protesto. Nosso primeiro objetivo é o Facebook. É verdade, tem cerca de 60 000 servidores, mas é possivel abatê-lo. Precisamos de pessoas, de todos aqueles que querem se opor ao governo, das pessoas que querem fazer a diferença. Nós já bloqueamos a CBS,a Warnet Bros, o FBI ... e Facebook é o nosso próximo alvo. Será a demonstração que não estamos aqui para brincar, mas que temos sérias intenções.
Mark Zuckerberg começa a se preocupar. Apesar de ter tomado uma posição contra a leis Sopa e Pipa, temeu que o seu colosso Facebook poderia ser vítima de um ataque. Anonymous anunciou na Web: 800 milhões de perfis poderão ser bloqueados.

O Caso Megaupload

Em janeiro de 2012, 70 agentes do FBI americano partecipam a um blitz à Missão Impossivel e invadem a casa de Kim Doctom, o numero um de um network de sites que gera 4% do trafico total de internet. Fecharam Megaupload porque era o ponto de acesso para todos que baixam filmes e musicas, sem pagar.
Megaupload tinha mais de 1 bilhão de visitantes, mais de 150 milhões de usuários registrados e 50 milhões de visitantes por dia. O fundador correu o risco de pegar 60 anos de prisão por violar todas as leis possíveis sobre os direitos autorais e muito mais. A resposta de Anonymous não se fez esperar. Poucas horas depois da prisão de Kim Dotcom, os hackers atacaram o site do Departamento da Justiça dos EUA, a autoridade que ordenou o encerramento do Megaupload. Distribuiram na rede, os dados pessoais de Robert Muller, chefe do FBI, que ordenou a operação anti-pirataria. Depois disso, em um vídeo postado no Youtube, começou a ameaça global: Se daqui até 72 horas, o site Megaupload não for acessivel, atacaremos de novo.

O mesmo destino para os endereços web da RIAA (Associação Americana da indústria discográfica) e MPAA (organização americana de produtores cinematograficos), considerados "culpados" de querer cobrar os conteúdos multimédia on-line. E para o portal da major, Universal, Warner, Bmi, Vivendi. Toda discografia da etiqueta Sony foi colocado on-line para ser baixado gratuitamente, o site da Polícia de Nova Zelândia, o da Casa Branca e da CBS, ficaram inacessíveis durante horas. No total, os objetivos, de acordo uma reivindicação de Anonymous, foram 5 000, incluindo o site do governo brasileiro e o da Equitalia.

Nós, Anonymous, acreditamos que a hiperdemocracia (democracia participativa levada ao extremo) é o meio pela qual a humanidade chegará a um ponto de igualdade e horizontalidade para que possam optar de maneira livre em que sistema querem viver, ou planejar novos sistemas que atendam às suas necessidades. É uma ideia muito aproximada da anarquia, pois também combate todas as formas de centralização de poder e verticalização, seja através da força econômica do mercado ou da força política do estado. Como toda utopia, se trata da construção de novo meio onde a ideia passa a caber.


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