giovedì 15 dicembre 2016

Em 2030 podemos conviver com máquinas dotadas com a mesma complexidade dos seres humanos.

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Inteligência Artificial – Seremos Todos Homens-Híbridos?

Nos últimos dias se concluiu a primeira temporada da série de ficção científica - Westworld –, campeã de audiência na HBO, inspirada no filme, com o mesmo nome, de Michael Crichton de 1973. Westworld Narra a dinâmica de um "parque de diversões", emulando o Velho Oeste americano, habitado por andróides e visitado por seres humanos de moralidade duvidosa.
Westeworld procura mostrar a “humanidade” dos robôs e a presunção do ser humano em querer ser perfeito e estar no controle da situação, ao nível das máquinas. Este é o leitmotiv do mundo virado de cabeça para baixo e brutalmente fascinante de Westworld, que alterna cenas em que o sense of wonder que envolve o halo de ficção do parque, nos lembra - ou tenta nos lembrar - onde se encontra a quase imperceptível linha de demarcação entre realidade e ficção. Explora criticamente a relação entre o homem-criador e Androids-criaturas, o nosso medo do despertar da tecnologia senciente.
O que nos distingue das máquinas, se estas ganharem consciência de si mesmas? A hipótese de que a Inteligência Artificial (AL) adquira consciência de si mesma, está entre os topos de narrativa da AL mais populares das últimas décadas, como Inteligência Artificial (2001), a saga de Terminator, Blade Runner (1982), Her, (2013 ) e Ghost in the Shell. Perguntar-se o que distingue uma inteligência artificial de nós, no momento em que esta desenvolva uma consciência, é uma questão que nos atormenta, à qual, especialmente na cultura ocidental, achamos difícil de responder, de uma forma original. A inteligência artificial é lançada em uma corrida impressionante para o progresso, e, por razões óbvias, o discurso mais prolífico no momento tem a ver com a segurança. Temos medo de uma tecnologia com um enorme potencial, e relutamos em olhar para além de um cenário mais desolador do que se possa imaginar.
E assim, o que nos distingue de máquinas consciente? Westworld nos responde: absolutamente nada!

Pela terceira vez, a Inteligência Artificial passa no teste de Turing, o que determina se o comportamento de uma máquina inteligente é indistinguível daquele dos humanos. Depois do computador "pensante" desenvolvido em St. Petersburg, capaz de se comportar como um menino de 13 anos, uma inteligência artificial passou no “exame escrito" por produzir um texto que poderia ter sido feito por um ser humano, e agora outra passou no exame oral, fazendo 'sonoro', um vídeo mudo.
De acordo com o experimento, coordenado por Andrew Owens do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), algoritmos semelhantes, no futuro, poderão produzir automaticamente efeitos sonoros para filmes e programas, e poderão ajudar os robôs a compreenderem melhor as propriedades dos objetos para interagirem melhor com o ambiente.
"Quando você coloca o dedo em um copo de vinho, o som que faz, reflete a quantidade de líquido que está no copo. Um algoritmo que modela estes sons, podem revelar informações chaves importantes sobre as formas dos objetos o os materiais dos quais são feitos", afirma Andrew Owens.
O risco, segundo muitos, é o de se bater com hordas de "Frankensteins" capazes de dominar o mundo e a raça humana, com a força, com a astúcia e a capacidade de raciocinar, de calcular e prever os nossos movimentos. Seria isso possível?

Estão chegando  as gerações cyborgs - entidades totalmente não-biológicas, dotadas com a mesma complexidade dos seres humanos.

De acordo com Ray Kurzweil - cientista da computação - até 2029, os computadores alcançarão o nível da inteligência humana. Uma vez que a máquina consiga atingir este objetivo, não há dúvida de que irão superá-la, porque serão capazes de combinar a criatividade e flexibilidade da inteligência humana com os recursos pelos quais os computadores são inerentemente superiores: o compartilhamento de informações, a velocidade das operações, o fato de trabalhar sempre com o máximo desempenho e a capacidade para gerenciar com precisão, bilhões e bilhões de dados. Poderão apoderar-se substancialmente de todo o conhecimento da civilização humano-máquina. Assim, não haverá mais uma clara distinção entre homem e máquina. Afirma Kurzweil.
Mas ... fiquem tranquilos. Dizem que não haverá nenhuma competição entre nós e as estranhas engenhocas, porque nos misturaremos e nos uniremos participativamente.
Segundo Kuszweil, haverá uma interação entre a informatização generalizada e nossos cérebros biológicos, então, quando falarmos com uma pessoa em 2035, poderá haver uma grande probabilidade de estarmos nos confrontando diretamente com um verdadeiro híbrido de inteligência biológica e não biológica.

Os implantes neurais irão aumentar a capacidade da mente humana, transformando as pessoas em verdadeiros cyborgs.
Aumentarão a nossa inteligência e seremos capazes de pensar mais rápido e mais profundamente, de desenvolver habilidades superiores em todos os campos do conhecimento, da música à ciência.
Graças à nanotecnologia, a inteligência não-biológica irá crescer exponencialmente - uma vez implantada no nosso cérebro - o oposto do que acontece com a inteligência biológica que procede a um ritmo tão lento a ponto de ser efetivamente igual a zero, mesmo que a evolução continue sempre atuando. Nós, agora, temos um total de 10 elevado a 26 operações por segundo, nos cérebros biológicos dos 7 bilhões de seres humanos no planeta. Em 50 anos, este valor será sempre o mesmo. Hoje, a inteligência não-biológica é um milhão de vezes mais longe deste valor.

A nanotecnologia também irá servir para salvar vidas humanas.
Na verdade, já existem algumas pessoas em que os neurónios biológicos do cérebro estão ligados a computadores e em tal sistema, a eletrônica funciona ao lado do circuito elétrico biológico. Esses enxertos, são usados ​​para melhorar certas condições patológicas e aliviar algumas deficiências, como no caso de pessoas surdas e pessoas com Parkinson.
Os mais recentes dispositivos dão assim, a possibilidade de fazer download de software para atualizar o sistema.
Em pouco tempo, se poderá  fazer uso dos nanobots – que são do tamanho dos glóbulos – capazes de entrar nos capilares e no cérebro, de forma não invasiva, para uma vasta gama de efeitos diagnóstico e terapêuticos.
Em casos de hepatite e diabetes, por exemplo, um dispositivo - sob a forma de cápsula, com poros de diâmetro de 7 nanômetros - libera insulina e bloqueia os anticorpos. Já foi testada em ratos, para o tratamento de diabetes do tipo 1, com bons resultados e, uma vez que o mecanismo de diabetes do tipo 1 é o mesmo, tanto nos ratos como no humano, é evidente se pensar que o aparelho irá também funcionar em seres humanos.

Assim, abre-se muitos outros cenários com um sabor surreal.
Já se sabe que, em um curto período de tempo, poderemos ter, por exemplo, uma realidade virtual em grande escala, em que os nanorrobôs serão capazes de interromper os sinais provenientes dos nossos sentidos e substituí-los com outros. (Então, ir ao banheiro, para muitos, não será mais um problema: basta pedir aos nossos queridos nanorobôs para substituir o odor desagradável por um cheirinho de lavanda ou flores de bosque - por assim dizer!)
Então, o cérebro poderá  encontrar-se, realmente, em um ambiente virtual com as condições tão convincentes quanto as do ambiente real.
Assim, depois de 2030, desencadearà um grande debate filosófico em torno à questão para saber se se trata de uma simulação muito convincente de uma entidade consciente, ou se sejam realmente conscientes ou, ainda, se existem diferenças entre as duas. Estaremos lá para vermos? O tempo dirá!

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