Estão
chegando as gerações cyborgs
Após
2030, teremos de nos confrontarmos com entidades totalmente não-biológicas,
dotadas com a mesma complexidade dos seres humanos.
De acordo
com Ray Kurzweil - cientista da
computação - até 2029, os computadores alcançarão o nível da inteligência
humana. Uma vez que a máquina consiga atingir este objetivo, não há dúvida de
que irão superá-la, porque serão capazes de combinar a criatividade e flexibilidade
da inteligência humana com os recursos pelos quais os computadores são
inerentemente superiores: o compartilhamento de informações, a velocidade das operações,
o fato de trabalhar sempre com o máximo desempenho e a capacidade para
gerenciar com precisão, bilhões e bilhões de dados. Poderão apoderar-se
substancialmente de todo o conhecimento da civilização humano-máquina. Assim, não
haverá mais uma clara distinção entre homem e máquina. Afirma Kurzweil.
Mas ... fiquem
tranquilos. Dizem que não haverá nenhuma competição entre nós e as estranhas
engenhocas, porque nos misturaremos e nos uniremos participativamente.
Segundo Kuszweil, haverá uma interação entre a
informatização generalizada e nossos cérebros biológicos, então, quando falarmos
com uma pessoa em 2035, poderá haver uma grande probabilidade de estarmos nos confrontando
diretamente com um verdadeiro híbrido de inteligência biológica e não
biológica.
Os implantes
neurais irão aumentar a capacidade da mente humana, transformando as pessoas em
verdadeiros cyborg.
Aumentarão
a nossa inteligência e seremos capazes de pensar mais rápido e mais
profundamente, de desenvolver habilidades superiores em todos os campos do
conhecimento, da música à ciência.
Graças à
nanotecnologia, a inteligência não-biológica irá crescer exponencialmente - uma
vez implantada no nosso cérebro - o oposto do que acontece com a inteligência
biológica que procede a um ritmo tão lento a ponto de ser efetivamente igual a zero,
mesmo que a evolução continue sempre atuando. Nós, agora, temos
um total de 10 elevado a 26 operações por segundo, nos cérebros biológicos dos 7
bilhões de seres humanos no planeta. Em
50 anos, este valor será sempre o mesmo. Hoje, a inteligência não-biológica é
um milhão de vezes mais longe deste valor.
A
nanotecnologia também irá servir para salvar vidas humanas.
Na verdade,
já existem algumas pessoas em que os neurónios biológicos do cérebro estão
ligados a computadores e em tal sistema, a eletrônica funciona ao lado do
circuito elétrico biológico. Esses enxertos, são usados para melhorar certas condições patológicas e aliviar algumas deficiências, como no caso de pessoas surdas
e pessoas com Parkinson.
Os mais
recentes dispositivos dão, assim, a possibilidade de fazer download de software para
atualizar o sistema.
Em pouco
tempo, se poderá fazer uso dos nanobots – que são do tamanho dos
glóbulos – capazes de entrar nos capilares e no cérebro, de forma não invasiva,
para uma vasta gama de efeitos diagnóstico e terapêuticos.
Em casos de
hepatite e diabetes, por exemplo, um dispositivo - sob a forma de cápsula, com
poros de diâmetro de 7 nanômetros - libera insulina e bloqueia os anticorpos. Já
foi testada em ratos, para o tratamento de diabetes do tipo 1, com bons resultados
e, uma vez que o mecanismo de diabetes do tipo 1 é o mesmo, tanto nos ratos como
no humano, é evidente se pensar que o aparelho irá também funcionar em seres
humanos.
Assim, abre-se muitos outros cenários com um sabor
surreal.
Já se sabe que, em um curto período de tempo, poderemos
ter, por exemplo, uma realidade virtual em grande escala, em que os nanorrobôs
serão capazes de interromper os sinais provenientes dos nossos sentidos e
substituí-los com outros. (Então, ir ao banheiro, para muitos, não será mais um
problema: basta pedir aos nossos queridos nanorobôs para substituir o odor desagradável
por um cheirinho de lavanda ou flores de bosque - por assim dizer!)
Então, o
cérebro poderá encontrar-se, realmente,
em um ambiente virtual com as condições tão convincentes quanto as do ambiente
real.
Assim, depois
de 2030, desencadearà um grande debate filosófico em torno à questão de saber
se se trata de uma simulação muito convincente de uma entidade consciente, ou
se sejam realmente conscientes ou, ainda, se existem diferenças entre as duas. Estaremos
lá para vermos? O tempo dirá!
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