A china representa o monstro que está despertando. Precisa-se fazer alguma coisa pra bloqueá-la.
Tibetanos e chineses estão se liquidando mutuamente, convictos de que esta seja a grande ocasião para focalizar a atenção mundial sobre o país deles. Usam a violência entre eles, ignorando de que a realidade é bem outra. Está sendo tudo encenado em torno à mesa redonda, pelas cabeças do ovo do imperialismo.
A partir de 1959, depois da falida revolta contra a ocupação chinesa que levou ao exilio o Dalai Lama, o aniversário da revolução se realizava pacificamente, em grupos de monges. Esse ano, o ano das Olimpíadas de Pequim (coincidência!), decidiu-se mudar a música.
No jornal Global Times de Shanghai, se lê: “Foi tudo um complô, organizado nos mínimos detalhes pelos seguazes de Dalai Lama”. De onde partiu a semente da discordância? A resposta chega de Londres: “Fomos inspirados pelos nossos irmãos birmânios” – que no 2007 guiaram as protestas contra a ditadura do governo de Myanmar.
É evidente que os clamores desagregados desses meses, a favor da “causa do povo tibetano”, são fortemente instrumentalizados, assim como foram aqueles do ano passado que apoiavam os monges da Birmânia. As grandes centrais da manipulação mundializada, estão fazendo o trabalho sujo necessário à total mistificação dos eventos em curso, concretizando assim, a remoção da verdadeira motivação para os fatos correntes.
O objetivo é sempre o mesmo: agitar bem o tema da independência do Tibet, visando provocar bagunça e desordem pra manter a pressão alta sobre a China, o monstro adormecido que está pra despertar.
A coisa funciona mais ou menos assim: os potentes ocidentais, ou seja, os manipuladores globais, projetaram de impor obidiência àquela nação que representa a ameaça número um da competição global, em forte ascenção política, financeira e militar. Começa, então, o processo que mira a trabalhar a opinião pública pra se declarar contra ou a favor dos grupos em discussão – nesse caso, tibetanos/chineses. A idéia é a de instigar o povo contra aqueles grupos, através da propaganda e eventos de violência, arquitetado ad hoc. Explodem conflitos e todo tipo de violência, incluindo mortes. Agentes provocadores, ligados ao Serviço secreto de vários países ocidentais, interessados na ocorrência fortuita, se misturam com o povo e entram em cena para agitar muito bem as águas, tudo debaixo dos refletores que, pontualmente, estão alí, prontinhos pra registrar e filmar cada brutalidade – estratagema, por sinal, usada normalmente nos serviços secretos de todo o mundo.
As pessoas com mentalidade de cabra, absorvem direitinho aquelas mensagens, tomando a defesa de um grupo e condenando o outro, ignorando a “mão escondida” – a verdadeira responsável de todo o processo – e assim o jogo é feito.
As grandes potências ocidentais, tremem e temem os tentáculos do grande pólipo que forma o teto do mundo.
O ocidente não perdoa o autárquico perfil assumido pela China, no vórtice da competição internacional. Quando não podem golpear diretamente os seus concorrentes, quem sabe, à base de “embargos democráticos” ou de “bombas inteligentes”, utilizam todos estiletes possíveis para destronizar aqueles que não aceitam categoricamente de abaixar a crista.
De fato, os chineses, apesar de tantas contradições, fizeram sempre resistência à penetração do capitalismo selvagem internacional e a qualquer tentativa do ocidente em querer subjugá-la.
O clã da mass mídia pode dizer o que quiser. Aquilo que não pode é pretender que as mentes mais evoluidas aceitem de concordar acriticamente, à “santa aliança” contra Pequim.
Essa é a verdadeira aposta em jogo para justificar a “crise tibetana”. Todas as outras interpretações são cortinas fumegantes pra não afrontar os reais termos da questão.
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