Geralmente, entregamos as decisões mais importantes da
nossa vida, principalmente as questões espirituais, para que os outros decidam
por nós. A maior parte dos indivíduos se
habituou tanto em ser “comandados” em qualquer situação, que se esqueceu de que
cada um de nós é uma máquina pensante, com igual capacidade de se
auto-gerenciar, com as mesmas possibilidades de escavar no seu Eu profundo, todas as informações
necessárias para o seu crescimento fisico e espiritual, resolver dificuldades e
gerar sucessos. Quando afirmamos que Deus está no nosso coração, isso não
é uma metáfora. È REAL! Alguns adoram um Deus que vive sentado em um trono nos
confins de um céu inalcançável, outros fazem confusão, pois, ao mesmo tempo que
está no coração, nos momentos difíceis, Ele desaparece, quem sabe, entre as
núvens, esquecendo-se de atender aos problemas mais terríveis do ser humano.
Como se explica, então, a volatização desse Deus, quando mais se precisa dele?
A humanidade se tornou robotizada de
tal modo, que hoje, nem sequer consegue distinguir se a satisfação que vive é
sua ou é imposta como tal. Vivem automatizadas, como cyborgs, com a consciência adormecida, seguindo o rebanho em toda e
qualquer situação. Por que essa tendência? Que sentido há,
esperar que os outros saibam aquilo que só mesmo o nosso Eu profundo sabe? A
base das nossas decisões, materiais e espirituais – consiste nas nossas próprias
experiências, mas quase sempre escolhemos de aceitar a decisão de outros,
principalmente quando se trata de decisões iimportantes. Fomos habituados a
aceitar essa comodidade, porque assim, eliminamos a necessidade de pensar.
“Alguém me diga o que é certo ou errado, por favor!” Ser diferente, pensar fora
da caixa ainda é visto com repulsa por grande parte das pessoas. Como já havia
constatado o físico Albert Einstein: Triste época!
É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito.
Papagaios repetem sempre, porque não são dotados de raciocinio
próprio. Mas nós…
Muita gente, impensadamente, vai repetindo como um mantra, certas afirmações que vai
ouvindo, sem colocar minimamente em discussão, aquilo que está afirmando. A
mania de querer humanizar Deus, nos leva a pensar que Deus usa os mesmos
atributos humanos para aplicar determinadas ações. Qualquer livramento,
resultados positivos, metas alcançadas etc, são, imediatamente, colados em
Deus, como um adesivo; ocorre o contrário, quando insucessos, falimentos,
acidentes fatais e todo negativismo… fazem parte das tramas do demônio. Quando algo maravilhoso se realiza, uma cura, por
exemplo, ou a aprovação em um concurso, concorrido por milhares de pessoas, mas
só uma dezena consegue ser aprovada, alguém se apressa em dizer: Viu como Deus é bom para mim? Deus é fiel
para os que lhe obedecem! Eu passei, Deus cumpre suas promessas! Quais
promessas? Por acaso as promessas de Deus cairam no seu colo e para as outras
centenas de pessoas, Deus virou as costas? Como se explica isso? É uma coisa lógica?
Obviamente, não tem nada a ver com aquele Deus lá no trono, mas,
exclusivamente, com o Deus no seu interior e a atenção que você deu, para que o
seu desejo convergisse para o querer da sua alma.
Os que fazem aqueles tipos de afirmação, caem em duas falhas fundamentais:
1. A condição de Deus “ser fiel”, é imutável,
logo, é isento de infidelidade. Repetir que Deus é fiel, é redundante e privo
de qualquer dúvida. Mas, quando você acrescenta que Ele é fiel e bom, porque
lhe deu um livramento, uma benção, uma cura, por exemplo, você está, tão
somente, aplicando gentilmente, o rótulo em você mesmo, intuitivamente. Porque,
intuitivamente, você SABE que dentro
de você, no seu DNA, está a parte de Deus, que faz os milagres. O fato de que
Deus livra os que são bons ou os que lhe amam e lhe obedecem…, implica que os outros
que não obtiveram essas bençãos, ou não foram livrados de um acidente fatal, ou
não tenham recebido as mesmas vitórias, são ruins e por isso, Deus caiu fora,
sem atender ou livrá-los. Dessa forma, o rótulo é atacado em si mesmo, não em
Deus. Você se julga fiel, bom, você é obediente; os que não receberam as mesmas
vitórias, não são. Entendeu o absurdo disso? Sendo assim, todos os seres que
morreram precocemente, todos que lutam por algo e nunca obtém, mesmo sendo uma
pessoa boa, amável, cuidadosa em não fazer mal ao próximo etc, foram todos
abandonadas por Deus? Não tem nenhum sentido!
2.Quando
se trata de um livramento de morte, por exemplo, antes de sair alardando que
foi Deus que livrou, não seria o caso de parar para refletir o porque é assim? Uns recebem livramentos de morte, outros não, que
sejam bons ou “ruins”, que sejam pecadores, padres, assassinos, pastores,
soras…
Já que sabemos que Deus
ama todos incondicionalmente, e que alguns recebem livramentos, outros não… então,
antes de abrir a boca, não seria lógico pensar que tem algo a mais para se
saber? Que não é assim que o sistema divino funciona? Que, talvez, a morte não
seja o mosntro que imaginamos ou que nem mesmo exista? E essa é a verdade.
Somos nós, humanos, que consideramos a morte como um FIM, sendo assim, pomos um
limite para a Vida, consequentemente, limitamos também, Deus. Mas a morte não é
um fim e Deus sabe disto. Por isto, Ele não tá nem aí se preocupando em livrar
ninguém da morte. O drama de quem vê na morte uma separação, é porque não
conhece que a vida “É PARA SEMPRE”. Somos tendenciosos a criar um drama em
certas situações, simplesmente por medo. Desconhecemos que todas as situações são
criadas por nós mesmos, para um determinado fim, mas nem sempre temos consciência
disso, pois é tudo planificado em um nivel profundo do nosso Ser. Você
programou uma cura em você mesmo, você programou uma desilusão amorosa, você
programou uma derrota, um falimento… para poder escolher quem SER, diante de
cada uma dessas situações, para poder escolher a melhor versão de quem você
pode SER, ao afrontar situações diferentes. Dentro desse nível profundo, temos,
também, o poder de escolher desviar a direção daquilo que não nos serve mais,
em vez de deixar que o que chamamos de “erros” , continuem sendo repetidos na
nossa vida, inutilmente.
Se compreendermos esse
fato, podemos modificar intencionalmente, e dizer basta quando já aprendemos
bastante de determinadas situações! Só que a maior parte de nós, ignora que é
assim que funciona ou, se conhece, não sabe como modificá-lo. “Como posso mudar
a intenção daquilo que hoje, para mim é indesejável, mas continua se
manifestando na minha vida?” Para mudar uma realidade, basta simplesmente
mudar, conscientemente, a intenção. Você é livre para escolher. Já sei quem escolho ser dianter disso, agora
BASTA! Não me serve mais. Se você se acha vítima de tantos falimentos, e
é do tipo que acha que tudo que faz dar errado, então você não está em sintonia
com a sua própria alma, o seu Ser Superior, o Divino em nós e, por isso,
não pode comandar a situação, deixando que o “programa” inicial trabalhe aleatoriamente,
ou como um disco quebrado, repetindo a mesma faixa da música, o tempo todo. Mas
é simples assim? Sim. È simples assim, mas não é imediatamente fácil. Isso
porque às vezes, confundimos a intençao com o desejo. Você pode desejar sempre
algo, mas nunca obter. Com a intenção é diferente. Quando você lança uma intenção
pura, aquela que envolve a emoção, não tem como voltar atrás. A intenção è a
decisão. Quando você lança a intenção de pular do trampolim, você decidiu
fazê-lo, sem retorno. Depois que dá o salto, é impossível retornar para o
trampolim. Mesmo que se arrependa na subida do salto, tá feito! Vai cair mesmo
na água. Nao precisa nem mesmo de fé. A intenção è potente e uma vez lançada,
descanse e espere! Nao tem erro.
A Responsabilidade do seu destino, é exclusivamente sua!
São nossas escolhas que fazem a nossa realidade. Você deve criar sozinho o seu
destino, com responsabilidade e consciencia disso. A responsabilidade pelo próprio
destino não é um peso, mas uma liberdade. Se você não escolhe mudar de direção,
intencionalmente, aquele programa inicial continuará a se repetir em sua vida,
incondicionalmente. Você ganhou o livre arbitrio e, absolutamente ninguém, pode
interferir nisso, nem mesmo Deus ou o Diabo. Esse poder nos foi doado por Deus,
é nosso e é maravilhoso.
Precisa-se entender
que nós crescemos, fisicamente e espiritualmente. A um certo ponto dessa evolução, nosso Ser
interior, nossa alma, não se liga mais, simplesmente na sobrevivência do corpo
fisico, mas no crescimento do espírito. Deixa de se atacar ao sucesso terreno
para se conectar, cada vez mais, com a realização do proprio SER. Quando
atingimos esse ponto, todo o drama deixa de existir e começa a dar “adeus” e
partir da nossa vida para sempre. Você começa a encarar as coisas como
realmente são, tudo alí, bom ou ruim como queira rotular, para serem escolhidas
com total liberdade. Não porque Deus ou o Diabo escolheram para ninguém. Somos
nós que ganhamos o poder da escolha e somos nós os responsáveis exclusivos,
pelo nosso destino, nossa saúde, nosso sucesso.
Então, quando um
evento acontece na sua vida, tome a responsabilidade de encará-lo como uma
criação sua, não aconteceu por um acaso,
nem porque você está simplesmente jogado à revelia de um destino, do qual não pode
escapar ou porque você é tão bonzinho e obediente, que Deus te enche de bençãos.
Quando você não obtém a benção que esperava, não foi o “maligno” que colocou a
rabo no meio para lhe impedir de receber, nem foi, tão pouco, Deus querendo lhe
por à prova. O mesmo acontece com o contrário. Se você recebe uma grande benção,
não foi aquele Deus fora de você que veio correndo para lhe atender, mas sim, a atenção que você
deu à sua voz interior, o Divino dentro de você, quase sempre
inconscientemente. Uma atenção mirada, então, pode desencadear os milagre. É
assim que acontecem os milagres. Quando acontece a união da razão-alma; quando
seu Eu deseja aquilo que a alma almeja dar.
Os milagres partem de dentro para fora, não o contrário. Só que são
poucos os que procuram conscientemente essa conexão, por isso, os milagres são
tão raros. Se você continua a receber bençãos sobre bençãos,
é um sinal de que você está em sintonia com sua alma que conhece TUDO de forma
conceitual, mas procura “experimentar-se”,
através das nossas experiências. É a parte de Deus que se individualiza.
Continue satisfazendo-a assim, lindamente!
Portanto, olhe cada evento, como uma benção que lhe dá
a oportunidade de você se re-criar e de escolher quem você pretende ser diante
de cada um deles. Mesmo sendo aparentemente doloroso. Obstinar-se contra e cobrí-lo
com o drama, é inútil e só faz aumentar ainda mais o sofrimento. Não há outro objetivo em sofrer, senão o de guiar-lhe
para a sua verdade. A
dor em si mesma, de nada vale, exceto como um sinal que vai afastar você da
dor. Atentar para os seus sentimentos, lhe coloca numa posição
de testemunha: você observa o problema sem se envolver com toda a seqüência de
sentimentos secundários, como culpa, omissão e rejeição, que geralmente se
seguem. No ato de testemunhar, o insight
passa a ser possível. É preciso distanciamento para que haja compreensão, e se
você se vir envolvido na sua mágoa, não verá a razão que há por trás dela.
Pense nisso!