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lunedì 21 aprile 2008

Os “Machos” verdadeiros, onde se escondem?




Antes, que bons tempos aqueles! O homem é que ia à caça da mulher e encontrava uma deusa. Aos seus pés, não faltavam flores e os joelhos deles se dobravam facilmente, para reverenciá-la. As serenatas funcionavam – com ou sem luar – poesias, poemas e apologias... escritos com o próprio punho. Que saudade!
Magras ou gordas, bonitas ou feias (feias? Essa raça existia?) eram elas a deusa do luar... luar do sertão, das savanas, das caatingas, dos bosques de neblina, ou dos campos e mares!
Afinal, gordurinhas, celulites? Eram somente um certificado de garantia da boa saúde. Rugas? Quais rugas! Somente linhas de expressão pra confirmar a falta dela (da expressão, quero dizer) dando ao macho um motivo a mais pra se orgulhar.
Mas... a um certo ponto, a maioria das “belas-adormecidas” resolveu acordar e o príncipe azul, onde está? Descobriu que o principe azul desapareceu com o seu cavalo branco (ou será que nunca existiu?).
Tocam a procurará-lo e encontram no lugar dos príncipes, meros narcizios inseguros, concentrados nas performances dos próprios resultados. Ajoelham-se, agora, diante da própria imagem, dedicam a si mesmos serenatas e poemas... (macho, macho men...) e as apologias? Ah, essas eles fazem muito bem, diante dos amigos, para demonstrar quantas conseguiram dar (ou inventar)! É, sim!
Mas, então, cadê eles? Em que época viveram, mesmo? Se existiram, onde foram parar?
Não o encontraram. Não encontrarão nunca, porque nunca existiram, era tudo uma invenção criada pela mente feminina.
Eles sempre foram assim, como são, só que, fazendo o papel da presa submissa, a “bela adormecida” não tinha nenhum outro ângulo de visão... e ela sonhava...
Despertaram e descobriram que nós, mulheres, não fomos feitas com a mesma substância com que são feitos os sonhos, como dizia Shakespeare, não éramos incuráveis românticas mas, simplesmente, inermes imbecís.
Com a liberação sexual da mulher, caiu por terra o mito. A emancipação feminina dissolveu a mitologia do homem viril, aquele que parecia ter uma disponibilidade inexaurível, que transportava a deusa às estrêlas.
Esfumaçou a virilidade? Ou a virilidade exisitia porque havia um peso único de medida? Confrontando agora com novos instrumentos de medida, aquele contínuo exploit de virilidade, se anulou. Em compensação, aumentou de vários pontos, o gráu da visão. Começaram a enxergar em nós, o efeito casca de laranja, gordurinhas localizadas ou não, rugas salientes, verdadeiras pregas cutâneas.
E os ex-machos se perguntam: e a deusa onde está? Caiu o véu da pureza. Novas Evas e Adões começam a surgir. Estamos todos perdidos, homens e mulheres. Precisamos nos reencontrar!
A sociedade mudou, o equilíbrio se inclinou, porque um eixo único era pouco pra sustentar a força tempestuosa das novas exigências femininas .
E os machos foram assaltados pelo pânico. Medo do confronto sexual, com igual medida de peso.
No entanto, a deusa-não-mais-adormecida, continua insatisfeita e os homens-mitos, sempre mais assustados. Parece que um vírus misterioso enfraqueceu o sexo forte que cada vez mais se tornam competitivos, histéricos e depressos. Quando se reencontrarão? Quando descobrirão a medida certa e o sex appeal necessários para podermos conviver juntos, macho e fêmea, harmoniosamente satisfeitos?
E nós, mulheres, tá na hora de “des-pré-conceituar”. Vamos acabar com o despiciendo a propósito dos rabos masculinos. Não é nada de mais apreciar um satisfatório cair das calças, mexidinha discreta, passo avante e paradinha, fingindo não querer, mas querendo... para podermos apreciá-los melhor, não?
Lembremo-nos: a harmonia no momento é fundamental! Já nos emancipamos, agora é a vez deles, dos machos recém-nascidos! Ajudemo-los!