Após a invenção
do computador mecânico pelo inglês Charles Babbage no século XIX,
a humanidade passou a conhecer a I.A. - Inteligência
Artificial, e desde então, diversos campos de estudos tentam
prever qual será o futuro dessa relação de domínio e de submissão
que nós desenvolvemos com as máquinas que hoje dão ritmo às
nossas vidas.
Estão
chegando as gerações Cyborgs – Tudo indica que,
depois de 2030, temos de lidar com entidades totalmente
não-biológicas, equipadas com a mesma complexidade dos seres
humanos.
Até poucos anos
atrás, a criação de máquinas capazes de pensar e de agir parecia
algo surreal, mas com o incrível desenvolvimento da ciência da
computação, vários softwares já foram implantados para
que, em um futuro não tão distante, os robôs possam interagir de
forma autônoma com os humanos.
De acordo com Ray
Kurzweil - cientista de informática - “até 2029 os
computadores conseguirão atingir o nível da inteligência humana.
Uma vez que as máquinas atinjam essa meta, não há dúvida de que
irão ultrapassá-la, porque serão capazes de combinar a
criatividade e flexibilidade da inteligência humana com recursos
para os quais os computadores são inerentemente superiores: a
partilha de informação, a velocidade de operações, o fato de
sempre trabalharem com o máximo desempenho e de gerenciarem com
precisão, bilhões e bilhões de dados.
Portanto, tomará
posse de praticamente todo o conhecimento da civilização
homem-máquina. Não haverà uma clara distinção entre homem e
máquina”. Afirma Kurzweil.
Mas… fiquem
tranquilos. Kurzweil nos adverte que, com certeza, não haverá
concorrência entre humanos e essas engenhocas estranhas, porque
iremos nos misturar tão bem com elas que seremos quase uma mesma
espécie.
Haverá uma
interação entre a informatização generalizada e nossos cérebros
biológicos, e então, quando falarmos com uma pessoa em 2035,
poderemos, talvez, ter em nossa frente um verdadeiro híbrido de
inteligência biológica e não biológica.
O
que irá mudar no
campo da
inteligência humana
com
a I.A.
Implantes neurais
irão aumentar a capacidade da mente humana, transformando as pessoas
em verdadeiros cyborgs.
A nossa inteligência
serà amplificada e nós seremos capazes de pensar mais rápido e
mais profundamente, e capazes de desenvolver habilidades superiores
em todos os campos do conhecimento, da música e da ciência.
Graças à
nanotecnologia, a inteligência não-biológica irà crescer de forma
exponencial - uma vez implantado em nosso cérebro. O oposto do que
acontece com a inteligência biológica que progride a um ritmo tão
lento a ponto de ser efetivamente igual a zero, embora a evolução
seja sempre alta.
Nos cérebros
biológicos dos 7 bilhões de pessoas no planeta, hoje, opera-se um
total de 10 elevado a 26 operações por segundo. Daqui a 50 anos,
este valor será o mesmo. A inteligência não biológica hoje, está
adiante, milhão de vezes deste valor.
A
nanotecnologia também irá servir para salvar vidas humanas e
reduzir a pobreza
Uma equipe de
pesquisadores da Universidade de Standford, na Califórnia, está
desenvolvendo uma técnica que utiliza a Inteligência Artificial
para indicar aos governos e entidades filantrópicas as regiões mais
pobres do planeta.
Segundo o professor
Marshall Burke, o sistema utiliza um algoritmo que reconhece
sinais de pobreza em um mapa que se atualiza automaticamente. Segundo
ele, a intenção da ferramenta é auxiliar efetivamente no plano
estabelecido pela ONU em 2015 de “erradicar a pobreza no mundo até
2030”.
Burke informa
que a máquina será capaz de ler as imagens de satélite e de
associá-las aos cenários de pobreza em regiões isoladas dos
grandes centros urbanos, principalmente em países subdesenvolvidos.
Nanorrobôs
de DNA
Os nanorrobôs de
DNA é uma das realizações mais significativas no campo da
engenharia biomédica. Estes robôs moleculares compostos de DNA, são
projetados para fornecer remédios a células específicas curáveis
e destruir células prejudiciais, matando-as sem prejudicar as
saudáveis.
Ao contrário dos
medicamentos e suplementos comuns, os nanorobôs possuem uma
inteligência bem estabelecida e podem facilmente movimentar-se
através do corpo, de modo autônomo.
Os nanobots são
estruturas flutuantes que se movem através da corrente sanguínea e
permanecem neutros até encontrarem um site específico que exija a
sua assistência. Com a ajuda das informações moleculares,
programadas no seu interior, eles podem identificar o local preciso e
executar as ações necessárias.
O tratamento com os
nanorrobôs poderá ser particularmente eficaz contra o câncer. Com
a quimioterapia atual, as células saudáveis são mortas junto com
as células cancerosas. Os nanorrobôs, no entanto, são capazes de
detectar as células doentes e liberar o medicamento apenas sobre
elas.
De fato, já existem
algumas pessoas em que os neurônios biológicos de seu cérebro
estão conectados ao computador e, neste sistema, a eletrônica
funciona ao lado do circuito elétrico biológico. Estes enxertos
servem para melhorar certas condições patológicas e aliviar
algumas deficiências, como no caso dos surdos e dos doentes de
Parkinson.
Os dispositivos de
última geração, dão ainda a possibilidade de baixar software
para atualizar o sistema.
Em breve, se poderá
fazer uso dos nanorrobôs - do tamanho de uma célula hemática –
capazes de entrar nos capilares e no cérebro, de forma não
invasiva, para uma grande variedade de fins diagnósticos e
terapêuticos.
Em casos de hepatite
e diabetes, por exemplo, um dispositivo - sob a forma de cápsula,
com poros de diâmetro igual a 7 nanômetros - libera a insulina e
bloqueia os anticorpos. Já foi testada em ratos para o tratamento de
diabetes tipo 1, com excelentes resultados e, uma vez que o mecanismo
do diabetes do tipo 1 é a mesma, quer no rato ou em seres humanos, é
evidente pensar que o dispositivo irá funcionar também em seres
humanos.
Assim,
se abrem muitos outros cenários com sabor de surreal.
É já conhecido que
num curto espaço de tempo, poderemos ter, por exemplo, uma realidade
virtual em escala total, em que os nanorobôs serão capazes de
interromper os sinais provenientes dos nossos sentidos e substituir
com outros. (Dessa forma, ir ao banheiro, para muitos, não será
mais um problema: basta pedir aos nossos nanorobôs para substituir o
odor desagradável por um cheiro de lavanda ou flores de bosque, nos
sentidos olfativos de terceiros - por assim dizer!)
Assim, o cérebro
estaria realmente em um ambiente virtual com condições tão
convincentes como aqueles do ambiente real.
Então, a partir de
2030, irá se desencadear um grande debate filosófico em torno da
questão, para saber se se trata de simulações muito convincentes
de entidades conscientes, ou se sejam realmente conscientes, ou
ainda, se existem diferenças entre as duas coisas. Chegaremos a ver?
O tempo dirá!
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