Uma
das principais questões que dividem cientistas e epistemólogos é
se a consciência seja um simples subproduto dos processamento da
informação – logo, como princípio, reproduzível mesmo em um
computador ou em outros meios não biológicos -, ou se deriva de
características especificas do cérebro.
Roger
Penrose,
um dos mais renomados físicos da atualidade -
em
seu livro de 1989 “A
Mente Nova do Rei”,
apoiou a tese de que a consciência seria
o produto de efeitos semelhantes aos quânticos e, portanto, de tipo
probabilístico e não totalmente determinado. Sua tese foi criticada
em
várias partes, do ponto de vista filosófico, mas também do
científico, uma vez que o cérebro era
considerado inadequado para a ocorrência de efeitos quânticos. Mas
a
última crítica, no entanto, foi superada pela descoberta de que
vários
mecanismos, desde o sentido do olfato até a fotossíntese, são
influenciados pela mecânica quântica.Agora, Penrose e Stuart Hameroff, relançam sua teoria com base em novas evidências. A teoria é chamada Orch-OR, uma sigla para "orchestrated objective reduction", ou redução objetiva orquestrada.
Novas pesquisas foram feitas, com base na teoria sobre a consciência – uma dos maiores enigmas científicos ainda irresovíveis. Os resultados, que alguns especialistas classificaram de "históricos", foram publicados na revista científica Physics of Life Reviews, e mostram que a consciência deriva de um nível mais profundo, de atividades em menor escala do que os neurônios.
Na
realidade, essas atividades ocorrem dentro dos próprios neurônios,
em uma interação molecular onde as leis da física que operam são
aquelas estabelecidas pela mecânica quântica, mas não nos
processos celulares normais ou nas conexões entre os neurônios.
Essa
recente descoberta de vibrações quânticas em microtúbulos dentro
dos neurônios do cérebro, dá sustentação a teoria de que
microtúbulos são os principais componentes do esqueleto estrutural
das células.
Tratar
as vibrações dos microtúbulos cerebrais poderá trazer benefícios
a várias funções mentais, neurológicas e cognitivas. (Science
Daily)
De
acordo com Hameroff e Penrose. a consciência surge de
alguma coisa além das computações, alguma coisa que a ciência
ainda não descobriu, eventualmente porque não admite a
possibilidade de sua existência.
Os
pesquisadores sugerem que os ritmos das ondas cerebrais, normalmente
gravados por exames de eletroencefalografia, também derivam de
vibrações dos microtúbulos de nível mais profundo, e que, de um
ponto de vista prático, tratar as vibrações dos microtúbulos no
cérebro poderia beneficiar pacientes com uma série de doenças
mentais, neurológicas e cognitivas.
Em
testes clínicos, o cérebro foi estimulado com ultrassom
transcraniano, e foram relatadas melhoras de humor, que talvez venham
a ser úteis no tratamento de Alzheimer e danos cerebrais, no futuro.
"A
origem da consciência reflete o nosso lugar no universo, a natureza
da nossa existência. Será que a consciência evoluiu de cálculos
complexos entre os neurônios do cérebro, como a maioria dos
cientistas afirma? Ou será que a consciência, em certo sentido, tem
estado aqui o tempo todo, como as abordagens espirituais defendem?
Isso
abre uma potencial Caixa de Pandora, mas a nossa teoria acomoda os
dois pontos de vista, sugerindo que a consciência deriva das
vibrações quânticas nos microtúbulos, proteínas poliméricas
dentro dos neurônios do cérebro, que governam tanto as funções
neuronal e sináptica, como conectam os processos cerebrais aos
processos auto-oganizados em escala mais fina, uma estrutura quântica
'proto-consciente' da realidade," concluem Hameroff e Penrose.
Mas
aqui tem algo mais…
“O
ser humano fica ansioso para encontrar fórmulas que coloquem o
inexplicável dentro dos esquemas newtonianos. Pegam o que já
sabem, observam o desconhecido e tentam colocar o desconhecido nos
padrões do conhecido, mesmo que sejam esquemas misteriosos e
distorcidos que não fazem sentido. Em vez de empenhar-se para
procurar as leis da física que faltam, insistem com o que já
conhecem. È a propensão humana para a racionalidade, e isso é
muito compreensível.
Bem,
deixem-me dizer-lhes que o que vocês estão perdendo é um dos
maiores pedaços de informação fractal. Por que separar do
mundo da física, a conhecida energia da consciência? A
própria energia há fractais e, do pequeno ao grande, todos eles
funcionam juntos. A estrutura atômica cria energia! A consciência é
energia e está sujeita às leis quânticas. A peça que falta,
portanto, para se compreender ou para se notar, é a física
da consciência.
A
física da consciência tem atributos que ainda não são conhecidos
Você
poderia dizer, "a consciência é um conceito que descreve o
estado de auto-consciência de um Ser Humano. Não pode ser medida,
uma vez que é apenas um conceito." Não, não é!
Ou
então, “A gravidade é um conceito que descreve o por que as
coisas caem. Não pode ser medida, porque é apenas um conceito."
A
gravidade é uma energia invisível que pode ser medida e é energia
quântica. O magnetismo é invisível, mensurável e é energia
quântica. A consciência é a mesma coisa. È física, e
vocês vão ter que se acostumar com isso, porque será um dos
próximos âmbitos da física que irá lhes empurrar para fora da
realidade 3D, em direção à multidimensionalidade. Vocês não
sabem ainda que existem leis da consciência, e isso é
parte da física quântica.
Existem
leis, postulados, cálculos, gráficos e soluções. A
física da consciência tem atributos maravilhosos que ainda não são
conhecidos. Quando começarem a
notá-los,
iniciarão a explicar o que vai acontecer e os caminhos do futuro.
No momento, no entanto, vocês não a veem dessa forma. A peça que
falta é saber que a consciência
pode ser medida e mapeada, que é possível mapeá-la, mesmo fora do
humano. É belo!
Você não precisa conhecer a elegância das leis de Newton e
perguntar como se movem os corpos celestes no sistema solar. Newton
colocou as coisas em conjunto, sua matemática agora permite lançar
um foguete que, após anos, poderá
encontrar um asteróide que não possa ser visto por olhos humanos! É
matemática pura, é calculável, e isso cria alguns potenciais
maravilhosos.
A
tecnologia que vocês têm, e com a qual trabalham e que é tão
fantástica e útil, lhes foi dada pelo conhecimento da física que
vocês têm. Conhecem a ação e reação; empurram isto e acontece
aquilo... Quando compreenderem as leis da física da consciência,
poderão viver melhor, porque de fato, é assim.
Agora,
vocês conhecem e utilizam as quatro leis básicas da física. Mas
temos dito que essas leis são seis e
não quatro,
mas mesmo sem as duas últimas, vocês sabem como usar as quatro
primeiras. E isso mudou a humanidade. Magnifico! Agora, se eu lhes
dissesse que existe o mesmo cenário no que diz respeito à
consciência?
Existem
leis da consciência que são como as leis da física, por isso são
causais (a mudança de uma coisa modifica outra). Contudo, no mundo
quântico, essas leis do movimento da consciência não são
lineares, portanto, geram diferentes tipos de reação.
A
consciência não sai de um lugar e vai para outro; a consciência
não se expande; não se torna maior ou menor. A consciência
simplesmente É.
A
consciência da física é exatamente como os atributos da física
3D; está lá, pronta para desenvolver-se ou não, de acordo com
outras leis que estão ao seu redor. Quando são
aplicadas certas regras ou leis, então, as leis mudam todas juntas.
A consciência é a cola da existência da vida. Se houvesse
uma fórmula para a vida, seria esta”. Kryon
Fonte:
Kryon, Web