Comer não é só uma questão de matar a fome. A
decisão sobre que comida colocar no prato tem implicações econômicas,
ambientais, éticas, culturais, fisiológicas, filosóficas, históricas,
religiosas.
Imaginemos esta cena: “A faca desce
macia, cortando sem esforço o pedaço de picanha. Dourada e crocante nas bordas,
tenra e úmida no centro. Você põe a carne na boca e mastiga devagar, sentindo o
tempero, a maciez, a temperatura. O sumo que escorre dela enche a boca e, com
ele, o sabor incomparável. Carne é bom”.
A mesma cena sob outra perspectiva: “No prato jaz um
pedaço de músculo, amputado da região pélvica de um animal bem maior que você.
Com a faca, você serra os feixes musculares. A seguir, coloca o tecido morto na
boca e começa a dilacerá-lo com os dentes. As fibras musculares, células
compridas – de até 4 centímetros – e resistentes, são picadas em pedaços. Na sua boca, a água (que ocupa até 75% da célula) se espalha,
carregando organelas celulares e todas as vitaminas, os minerais e a abundante
gordura que tornavam o músculo capaz de realizar suas funções, inclusive a de
se contrair. Sim, meu caro, por mais que você odeie pensar que a comida no seu
prato tenha sido um animal um dia, você está comendo um cadáver”. D. Burgierman
“Muitas pessoas morreram nos EUA, devido ao morbo de Bright. Não tenho dúvidas que a dieta rica de carne estraga os rins, especialmente considerando as experiências de Newburgh, as quais provam que, com certeza matematica, é possivel produzir o morbo de Bright também nos ratos, fazendo uma dieta à base de muita carne” (M.Hindhede, M.D., comissário da Sanidade da Dinamarca)
No passado, se acreditava que a carne fosse necessária para produzir sangue. Hoje, se sabe que a fruta fresca, frutas em cacho e verduras, fornecem um material bem melhor do que uma bisteca.
O caldo de carne bovina, por muito tempo foi considerado um tônico e estimulante, indispensável para muitos doentes. Hoje, se sabe que é exatamente o contrário. Segundo um expoente da medicina francesa, o caldo de carne é uma “verdadeira solução de veneno”. O Dr. Austin Flint, doBellevue Hospital College, um dos mais importantes médicos dos Estados Unidos, fez uma análise química do caldo de carne e descobriu que o resultado era praticamente igual ao análise da urina.
É óbvio que seja assim pois, o caldo de carne bovina, de galinha e os extratos de todos os tipos de carne, são verdadeiros tecidos desintegrados, preparados artificialmente, exatamente como a urina, que é composta de tecidos desintegrados, produzidos do metabolismo dos corpos. O caldo ou canja de carne, portanto, é um veneno que intoxica. Não possue propriedades nutritivas e não ajuda os doentes fracos ou em convalescência.
Bouchard, descobriu que, acrescentando a carne no regime dietético, a toxidade da urina aumenta em 50%, e se a dieta consistir inteiramente de carne, a toxidade aumenta de 400%.
Sterling descobriu que, comendo carne, aumentava o conteúdo de ácido úrico da urina de 3 a 10 vezes. E é bom se lembrar que o ácido úrico, em combinação com outras toxinas, é considerado por muitos pesquisadores, a substância mais ativa entre todas aquelas que produzem as doenças.
A carne se decompõe no aparelho digestivo, e o veneno resultante, é absorvido, contaminando o sangue, e esta é a principal causa que predispõe o organismo ao câncer e outras doenças.
As autopsias feitas no Phipps Institute di Philadelphia, em centenas de casos, demonstraram que 86% dos doentes de tísica pulmonar, (que tem a carne como o principal alimento) tinham também os rins danificados e em estado bem avançado.
Comentando os perigos em comer carne magra, Hindhede disse: “quando o intestino está cheio de carne magra, muito usada na cura da obesidade, o resultato é a putrefação, que se manifesta na diarréia e fezes mal odorantes. Através desse processo, são provavelmente, produzidas as toxinas, que uma vez absorvidas, causam o envenenamento. Uma dieta feita somente com carne magra é, sem dúvida, venenosa para o homem". Muitos estudos experimentais, indicaram que comer carne causa a nefrite crônica. O professor Newburg, da Universidade de Michigan, declarou que uma pequena porção da proteina da carne, como 20%, basta para danificar os rins.
As exigências da última guerra mundial, serviram para demonstrar o valor de uma dieta pouco protéica. Porcos e bovinos foram abatidos na Europa, com o objetivo de conservar como povisões de alimento, e as populações tiveram de se nutrir, por um certo tempo, principalmente de frutas e verduras. O resultado foi uma redução de um terço da mortalidade, além de uma grande redução das doenças. Algumas doenças como diabete, obesidade, disturbios digestivos, problemas de fígado e de rins e outras doenças causadas pela alimentação, foram debeladas completamente.
“O alimento animal, o qual uso se abusa cada vez mais, não é um alimento de forma nenhuma, mas um veneno contínuo”. Dr. Huchard.
“Se não fosse pela carne, nós médicos teríamos pouco o que fazer” Dr. Allison, expert em alimentação.
Moore mostrou que uma refeição de proteína sobrecarrega o trabalho do coração - aumenta o ritmo cardíaco em 25-50% acima do nível de comparação com o jejum - o que é comparável, em extensão, à atividade total do coração de duas ou três horas; isso levou Moore a afirmar que uma dieta com muita proteína é incompatível com o repouso cardíaco.
Muitas pessoas acreditam que para ter vigor e força, precisa-se comer carne vermelha, mas os bois e elefantes usam como fonte de energia e força, a grama e folhas, ricas em vitaminas, cálcio, ferro e outros minerais.
Por outro lado, os animais mais fortes e absolutamente mais resistentes, são vegetarianos (gorila, cavalo, burro, boi, etc.), Os que possuem vida mais longa (elefante, tartaruga), são vegetarianos; os mais prolíficos, são vegetarianos (touro, garanhão, coelho), os animais mais pacíficos são vegetarianos... por que então não imitá-los?
Fonte: “Scienza & Salute
O Intelecto Programado - Capitulo III