domenica 7 aprile 2024

O eclipse solar total será o evento astronômico do ano

 


Um eclipse solar total ocorrerá na segunda-feira, 8 de abril, que será visível por aproximadamente 44 milhões de pessoas. O aspecto que torna este eclipse mais interessante será o fato de ocorrer enquanto o Sol se prepara para atingir o máximo da sua atividade magnética (como evidenciado pelo aumento das tempestades geomagnéticas e das auroras boreais nos últimos meses). Isso significa que se poderá “espiar” melhor a coroa solar, ou seja, a porção mais externa da atmosfera da nossa estrela, que não é coberta pela Lua.

No dia 8 de abril, a Lua irá obscurecer completamente o disco solar durante 4 minutos em grandes áreas da América do Norte. São esperados milhões de turistas de todo o mundo.


A Teoria da Conspiração sobre Nínive: O que tem de verdade?

Desde algum tempo atrás, circula nas redes sociais uma teoria que está relacionando o eclipse solar do próximo dia 8 de abril de 2024 com o fim do mundo, segundo interpretações bíblicas.

Alguns influenciadores das redes sociais acreditam que ocorreu um eclipse quando Jonas estava na cidade de Nínive e acreditam que a mesma coisa acontecerá nesse 8 de abril em algumas cidades chamadas Nínive que será atravessada pelo evento astronômico. Na verdade, parece que o eclipse solar total afetará apenas duas cidades chamadas Nínive, uma em Ohio e outra em Indiana.

O estudioso bíblico Dan McClellan, em um vídeo no TikTok, explicou porque a profecia sobre o fim do mundo é completamente infundada. “Qualquer pessoa que diga que essas cidades estão no caminho do eclipse solar total está mentindo sobre sua localização ou manipulou o caminho do eclipse”, disse ele. Mas, além da teoria do fim do mundo ligada à passagem do eclipse sobre Nínive, os criadores também parecem obcecados com a possibilidade de os sistemas elétricos ficarem descontrolados no dia 8 de abril.

Segudo previsões científicas, espera-se que o eclipse obscureça o Sol por mais de quatro minutos em algumas partes da América do Norte. No México espera-se que atinja uma duração recorde de cerca de 4 minutos e 30 segundos, tornando este fenômeno o mais longo já observado nos Estados Unidos no último século.

O evento, embora não traga cenários apocalípticos, promete desencadear um verdadeiro êxodo turístico em direção às áreas privilegiadas pela possibilidade de ter uma visao fantástica do fenômeno, como o Texas.

O chamado “turismo de eclipse” é formado por um grande fluxo de pessoas que se deslocam para as cidades onde o eclipse será total, e a administração pública das cidades pequenas onde ocorrerá o evento simplesmente não dispõem de estrutura adequada para atender à demanda turística. Portanto, as autoridades do Condado de Lorain – em Ohio, por exemplo, alertaram a população local sobre o risco iminente de desabastecimento de combustível, de água e de alimentos.

Mas não é apenas o fluxo turístico de última hora que vem gerando preocupação: a desinformação também marca terreno. Este próximo eclipse está servindo de contexto para a disseminação de informações falsas e conspiratórias na internet: grupos paranóicos (ou apenas mal-intencionados) vêm espalhando, como “fato”, narrativas sobre a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) e o CERN (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares) que mais parecem roteiros de filme de terror dos anos 1980. Tem até quem acredita que o CERN invocará um demônio durante o eclipse solar porque em 8 de abril de 1904, como diz a lenda, o famoso ocultista inglês Aleister Crowley entrou em contato com uma entidade demoníaca chamada Aiwass. Os fãs dos chapéus de papel alumínio acreditam que os físicos também querem fazer contato com essa entidade.

Vale dizer também que o LHC – o acelerador de partículas é um enorme tubo de 27 km de comprimento cercado por ímãs supercondutores que podem acelerar partículas subatômicas até perto da velocidade da luz - está localizado a uma distância de 6 mil km do local onde será visível um eclipse solar total e, portanto, não pode haver ligação entre eles. Além disso, os eclipses não afetam de forma alguma o funcionamento do LHC. O LHC está localizado a 100 metros de profundidade e o eclipse solar definitivamente não é visível ali. O acelerador de partículas é um enorme tubo de 27 km de comprimento cercado por ímãs supercondutores que podem acelerar partículas subatômicas até perto da velocidade da luz. Como resultado, eles colidem e os físicos melhoram a sua compreensão da natureza dos blocos de construção mais importantes do Universo.

Evento astronômico do ano

Os eclipses solares frequentemente têm um significado cultural e social profundo em diferentes culturas ao redor do mundo. Eles são vistos como eventos especiais, muitas vezes comemorados com rituais e celebrações além de fornecer oportunidades valiosas para cientistas estudarem a coroa solar, a atmosfera externa do Sol. Durante a totalidade, os pesquisadores podem estudar a corona solar sem a necessidade de instrumentos especiais.

Com o uso de câmeras de alta definição, transmissões ao vivo e mídias sociais, o eclipse de 2024 tem potencial para alcançar um público global de uma forma nunca antes vista.

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