Somos o subproduto de uma série de crenças e fatores que irão determinar as nossas escolhas com base no que já sabemos, mas muito do que sabemos vem de programações nem sempre qualificadas. Usamos, continuamente, uma linha de raciocínio dura, tridimensional, lógica e conservadora e para sair intencionalmente dessa linearidade e mudar a nossa rigidez mental, é necessário uma transformação da consciência.
Transformar a consciência é despertar de um sono que pode ter durado toda uma vida. Seria como se você estivesse vivendo dentro de uma ilusão e a partir daquele momento, sentisse como se o véu se rasgasse lentamente, passando a ver as coisas que sempre estiveram ali, escondidas. Nesse ponto, você começa a enxergar com clareza os eventos e situações que antes pareciam ser incompreensíveis.
Cada um de nós está em viagem na jornada da vida. É uma viagem no crescimento, evolução da consciência e percepção; uma jornada que nos leva a nos redescobrir e descobrir o nosso poder.
Às vezes, achamos tudo difícil ou lento, às vezes é tão impactante ao ponto de não se acreditar que houve realmente alguma transformação.
“A mudança de consciência tem sido freqüentemente comparada à formação do pinto no ovo: até ovazi último segundo, o ovo permanece semelhante a si mesmo, sem qualquer mudança. Só quando o pintinho está totalmente formado, ele faz um buraco na casca com o bico e depois sai.
Algo semelhante acontece quando escolhemos uma mudança de consciência. Sair da comodidade e segurança do ovo que lhe acolheu e protegeu, talvez por toda uma vida, pode ser tanto desconfortante como atordoante. Por muito tempo, você pode ter a impressão de que nada está acontecendo, que a sua consciência está como sempre, que a casca do ovo está intacta e pode até sentir resistência, como se esbarrasse em uma parede que não quer ceder.
Mas quando você estiver pronto interiormente, bastará uma última bicada na casca do Ser, e tudo se abrirá em um leque de brilho. Assim, você será projetado em uma outra consciência, como se uma nova luz clareasse cantos e cavernas, deixando-lhe em perplexidade por nunca a ter notado antes”
A consciência e o vazio primordiaò
Como afirma Hameroff, a consciência é o resultado da interrelação entre a informação quântica e os microtúbulos, armazenada no nível subatômico. Quando ocorre a morte corporal, os microtúbulos não mais retêm o estado quântico – ou a alma - mas aquela informação dispersa permanece viva e retorna à fonte, ao Vazio Primordial ou, se quisermos, se une à Energia Criadora – Deus - a qual pertence. “A alma, portanto, seria parte do Universo-Deus e o que chamamos de morte é simplesmente um retorno a ele. Dessa forma, a expectativa de um reencontro com Deus, já contém em si algum consolo e esperança; aliás, a promessa da morte se torna uma experiência única”. (Margenau)
Na busca perene do sentido de própria existência e das leis fundamentais que regem a natureza. o homem, por milênios, sempre se confrontou com o misterioso conceito de vazio.
É importante saber que embora envelheça o corpo - no qual o Eu consciente fez a sua morada temporária - esse Eu-Existência, ao contrário, mantém a sua lucidez e seu estado inalterado. Seria impensável que tal capitalização se perdesse com a saída do universo material e não se juntasse de algum modo ao Vazio Primordial de onde certamente provém. Se entendêssemos a lógica do vazio quântico, isso poderia nos levar à uma outra avaliação de nossa existência no Universo, permitindo-nos uma melhor qualidade de vida na vivência comum, e nos prepararia para lidar adequadamente com a experiência da morte.
Embora nos consideremos livres-pensadores, não esqueçamos que vivemos frequentemente sujeitos ao plágio e à moral do visível, ignorando a lógica do Vazio que se baseia na harmonia das coisas que podem levar ao bem-estar e ao conhecimento.
“A morte não é o contrário da vida. A morte é o contrário do nascimento. A vida não tem contrários.” (Brum)
(Trechos do livro Prisões Invisíveis . Liberte-se) . Amazon.br e Clube de Autores
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