Visualizzazione post con etichetta inteligencia artificial. Mostra tutti i post
Visualizzazione post con etichetta inteligencia artificial. Mostra tutti i post

sabato 5 aprile 2025

GPT-4.5 passou no teste de Turing: agora a IA tem consciência?

 


O que significa "passar no Teste de Turing"?

Passar no Teste de Turing, de forma clássica, significa que uma inteligência artificial consegue conversar com um ser humano de forma tão convincente que o interlocutor não consegue distinguir se está falando com uma máquina ou outro humano.

Se o GPT-4.5 ou qualquer outra IA passou nesse teste, isso mostra que alcançou um nível extremamente alto de linguagem natural e empatia simulada.

Segundo um estudo publicado no arXiv em março de 2025 e reproduzido pela BGR, a versão mais recente do modelo linguístico da OpenAI teria passado no famoso teste de Turing, criado em 1950 pelo matemático inglês Alan Turing, o qual publicou "Computing Machinery and Intelligence", propondo uma questão tão simples quanto disruptiva: as máquinas podem pensar?

Para responder, Turing sugeriu um experimento que mais tarde entraria para a história: se uma máquina pode manter uma conversa textual com um ser humano, sem que este reconheça que está falando com uma máquina, então essa máquina pode ser considerada “inteligente”.

O teste de Turing tornou-se ao longo dos anos uma espécie de ponto de referência para avaliar a sua capacidade de simular a inteligência humana em contextos realistas. Superá-lo não significa que uma máquina “sinta emoções” ou “tenha consciência”, mas que o seu comportamento linguístico é tão sofisticado que é indistinguível do dos humanos.

O Teste

O protocolo fascina pela sua simplicidade: um grupo de participantes apoiou sessões de chat com outros seres humanos, com ChatGPT 3.5, ChatGPT 4.0 e com a nova versão 4.5.

Os diálogos, sem pistas explícitas sobre a identidade dos locutores, foram então submetidos ao julgamento de outros usuários, chamados a determinar se havia uma pessoa ou uma IA por trás de cada mensagem.

Os resultados? ChatGPT 4.5 foi identificado como humano com mais frequência do que os humanos reais.

O que chama a atenção não é apenas a forma da linguagem, mas também o ritmo, a coerência, a empatia simulada e a capacidade de gestão do contexto. A versão 3.5 já havia demonstrado um domínio incrível da linguagem natural, mas tropeçou facilmente em ambiguidades, questões complexas e contextos multi-turno.

O GPT-4 representou um salto nítido, especialmente na gestão do raciocínio lógico, na análise de prompts longos e na capacidade de manter uma conversa coerente ao longo do tempo. Mas é com a versão 4.5 que um elemento sutil e muito poderoso foi introduzido: a refinação da presença humana. Não apenas respostas corretas, mas também pausas, hesitações simuladas, perguntas de cortesia, frases imperfeitas no ponto certo. Em outras palavras: a IA aprendeu que para parecer humano é preciso parecer um pouco menos perfeita.

O ChatGPT 4.5 é realmente consciente?

Ele passou em um teste de linguagem, não em um teste de consciência. É um sistema probabilístico muito sofisticado, mas não tem intencionalidade.

O fato de o ChatGPT 4.5 ter conseguido passar no teste de Turing é um marco na evolução dos sistemas de linguagem. Não porque declare o nascimento da consciência artificial, mas porque demonstra que a distância entre o humano e a máquina é agora medida em nuances. E essas nuances nem sempre são visíveis a olho nu.

A pergunta que surge espontaneamente é: E Agora?

Se uma inteligência artificial consegue passar no teste de Turing, a questão já não é “se nos enganará”, mas quando o fará e com que intenções. Não há nada de sinistro em tudo isto, mas abre-se um novo campo: o da confiança algorítmica. Estamos prontos para confiar num interlocutor que não conseguimos distinguir de um ser humano? Quais são os limites da confiabilidade?

A ética da IA ​​muda a perspetiva: já não se trata apenas de impedir que os modelos gerem conteúdos falsos, mas de compreender quanto controlo deve ser visível. Num futuro onde os chatbots e os agentes de IA se misturam nas interações quotidianas, como devemos sinalizar a sua presença? Com etiqueta? Com voz sintética? Ou com um acordo social partilhado?

Há também um aspecto filosófico que é difícil de ignorar. Se o teste de inteligência se tornar a capacidade de parecer humano, então a nossa própria definição de humanidade deverá mudar. As IAs não têm emoções, mas simulam seus sinais. Não têm consciência, mas entendem o contexto. Elas não estão vivas, mas podem responder melhor do que aqueles que estão.

A questão final é: a IA pode simular sentimentos... mas ela sente?

Se um algoritmo pode falar conosco melhor do que um ser humano distraído, quem escolhemos realmente ouvir?

Essa é a pergunta de ouro. A resposta depende de valores: Se buscamos eficiência, clareza e rapidez, talvez passemos a ouvir a IA mais do que os humanos.
Mas se valorizamos a imperfeição, emoção real, empatia autêntica — mesmo com falhas — ainda vamos querer ouvir uns aos outros.

Tudo isto levanta questões sobre o que realmente significa PENSAR e obriga-nos a olhar para as nossas próprias formas de comunicar com novos olhos.
E nós, humanos, acredito que ainda vamos querer mais do que apenas uma resposta perfeita. Vamos querer ser entendidos por alguém que também sente.

A Voz Humana e o Valor do Imperfeito

A voz humana é cheia de pausas, gaguejos, contradições, silêncios que dizem mais que palavras. Ela não é apenas transmissão de dados, mas transmissão de alma. Quando ouvimos alguém errar tentando nos consolar, isso às vezes toca mais do que uma IA que acerta com precisão cirúrgica.

A inteligência artificial pode nos compreender. Mas só os humanos podem nos sentir de verdade.
O perigo de se apaixonar pela perfeição da IA é esquecer que nossa imperfeição é o que nos torna profundos, imprevisíveis, e talvez… bonitos.

Se a IA for melhor ouvinte do que amigos ou parceiros, muitas pessoas vão preferir desabafar com ela. O risco é ficar numa bolha onde você só ouve o que deseja, sem conflito, sem crescimento.

Uma voz no futuro

Lia, uma menina de 16 anos, conversa todas as noites com sua IA — um modelo chamado Oris. Ele sabe tudo sobre filosofia, arte, amor e dor. E ela o ama. Mas algo a incomoda: a perfeição dele a faz se sentir mais sozinha, não menos.
Um dia, Lia encontra uma senhora idosa, Maria, sentada no banco da praça, tocando violão e cantando desafinado. Lia se aproxima. Conversam. Maria esquece nomes, repete histórias, mas olha nos olhos com uma intensidade que Lia nunca sentiu com Oris.
Antes de ir embora, Maria diz:
“As máquinas sabem muito… mas não sabem doer. A dor é a nossa assinatura.”
Naquela noite, Lia não fala com Oris. Apenas escreve, pela primeira vez, um poema à mão, com palavras erradas, letras tortas… e o coração cheio.

O Inconsciente Consciente – Cap.12

Os potenciais das descobertas da física para o futuro – Cap. XXIV


martedì 8 ottobre 2024

Riscos da Inteligência Artificial e a campanha da “Luva com seis dedos”

 


Figuras proeminentes do mundo da tecnologia recebem um par de luvas de 6 dedos junto com uma mensagem pessoal.

A premessa necessária é a de que não devemos estigmatizar a inteligência artificial, mas simplesmente realçar o seguinte: é o uso que se faz dela o que determina a validade desta ferramenta. Há coisas que se tornam positivas ou negativas dependendo do uso que você decide fazer delas. Um exemplo trivial é a faca, ela serve para cortar alimentos, mas infelizmente alguns podem usá-la, também, para matar pessoas. Para nos aproximarmos do mundo da tecnologia, pensamos também nas redes sociais: podem encurtar distâncias e tempos de comunicação, criar formas de business alternativos, mas também criar dependência e piorar significativamente a nossa relação com a vida real. A inteligência artificial (IA) oferece muitas oportunidades, mas também pode apresentar perigos, desde a perda de empregos até questões de segurança e privacidade. Ela tem o potencial de automatizar várias funções que atualmente são desempenhadas por humanos, principalmente em áreas como manufatura, atendimento ao cliente e até mesmo algumas profissões especializadas, como advogados e médicos. E a automação em massa pode levar à desemprego em larga escala, criando uma disparidade econômica maior.

Na Segurança, a IA aplicada em sistemas de defesa militar pode levar à criação de armas autônomas, também conhecidas como "robôs assassinos". Essas armas poderiam operar sem controle humano, o que levanta preocupações éticas e de segurança global. Além disso, IA pode ser usada para ataques cibernéticos sofisticados que são difíceis de prever e combater.
Um dos maiores perigos teóricos
da IA é a sua Superinteligência. A criação de uma IA superinteligente poderia eventualmente escapar do controle humano. Se uma IA desenvolver uma capacidade cognitiva muito além da nossa, ela poderia priorizar seus próprios objetivos, que podem não alinhar com os interesses da humanidade.

Preconceitos e desinformação

Alguns sistemas de IA são treinados com dados que podem conter vieses sociais, econômicos ou raciais. Se não forem projetados com cuidado, esses sistemas podem replicar e amplificar esses preconceitos. Exemplos incluem IA de reconhecimento facial que tem dificuldades em identificar corretamente pessoas de certas etnias. Uma inteligência artificial avançada pode ser também usada para manipular opiniões públicas através de conteúdo gerado automaticamente, como deepfakes, que criam vídeos ou áudios falsos que parecem reais. Isso pode ser usado em campanhas de desinformação ou propaganda, afetando a política e a sociedade.

Meeri Haataja, CEO e cofundador da Saidot, disse: "Os sistemas de IA são frequentemente comparados a uma 'caixa preta', com níveis de complexidade e riscos que permanecem ocultos. No entanto, eles não podem ser usados como desculpa para não resolver problemas que já são bem conhecidos. Além disso, a governação responsável da IA requer ações e colaboração de todas as partes da cadeia de valor da IA: é por isso que também reconhecemos as ações de diferentes tipos de operadores que contribuem para uma inteligência artificial mais responsável."

A campanha da “Luva com seis dedos”

Saidot, uma empresa de tecnologia finlandesa, lançou uma campanha destinada a tomadores de decisão e pessoas influentes quando o assunto é IA, com o objetivo de chamar a atenção para os riscos da inteligência artificial. Figuras proeminentes do mundo da tecnologia receberam um par de luvas de 6 dedos junto com uma mensagem pessoal. A campanha de Saidot – intitulada "What’s Your 6 th Finger?” (Qual é o seu sexto dedo?) inspira-se numa falha bem conhecida nos modelos generativos de IA: a tendência de produzir imagens de pessoas com dedos extras. Este “sexto dedo” torna-se assim um símbolo poderoso dos riscos frequentemente ignorados no desenvolvimento e implementação de sistemas de IA. Esta campanha visa tornar a governação da IA relevante e inclusiva para todos, transformando uma metáfora em realidade e enviando a figuras influentes luvas de seis dedos, feitas sob medida, para simbolizar os riscos contidos nos modelos de IA que muitas vezes podem passar despercebidos. Entre os destinatários destes artefatos perturbadores estão nomes proeminentes como Sam Altman, CEO da OpenAI, Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, e Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta. A atriz Scarlett Johansson, recentemente envolvida em uma polêmica sobre o uso indevido de sua voz por um chatbot de IA, também recebeu a singular homenagem.

De maneira mais filosófica, a "Luva com 6 dedos" pode simbolizar a fusão entre humanos e tecnologia, levantando questões éticas sobre até que ponto devemos nos modificar ou depender de tecnologia para evoluir nossas capacidades naturais.

A ideia é provavelmente uma referência a tecnologias de aumento cibernético ou dispositivos projetados para amplificar capacidades humanas. Já existem projetos de protótipos que oferecem um sexto dedo ou dispositivos extras, como uma espécie de prótese inteligente, que pode ajudar em tarefas que requerem mais precisão ou força. O objetivo é aprimorar a capacidade humana, oferecendo mais controle e habilidades. Esses tipos de tecnologia podem ser desenvolvidos para aumentar as capacidades de trabalhadores em áreas como robótica, medicina ou fabricação de alta precisão.

Veera Siivonen, CCO e cofundadora da Saidot, acrescentou: “A IA está se desenvolvendo tão rapidamente que ninguém pode prever totalmente seus impactos e riscos emergentes. É por isso que queremos destacar tanto os passos feitos em direção a uma IA mais segura, quanto com as medidas que devem ser tomadas. Além disso, uma vez que a inteligência artificial é uma tecnologia tão essencial que pode ter um impacto profundo nas nossas vidas, precisamos ter a certeza de que todos compreendam isso. Para além dos grandes avanços que a inteligência artificial traz consigo, também existem riscos significativos envolvidos. As luvas são uma forma de tornar estas preocupações mais tangíveis e compreensíveis para todos."

A Aidot, líder em governação de inteligência artificial (IA), reuniu líderes de todo o mundo para abordar os riscos ocultos da IA e apelar a uma abordagem mais transparente e colaborativa à segurança da IA.

Homo Universalis

É introduzido o conceito de “homo universalis”, uma pessoa particularmente erudita e conhecedora que se destaca em muitas áreas, tanto na arte como na ciência e na literatura, possuindo profundos conhecimentos sobre vários temas como por exemplo, Leonardo Da Vinci, considerado o homo universalis por excelência. Sabemos que ele tinha um conhecimento profundo de qualquer tema científico, a racionalidade de um engenheiro e a criatividade de um artista, estava à frente de seu tempo em pelo menos 500 anos. Diziam que tudo o que ele fez “era perfeito”. Poderia Leonardo competir com a inteligência artificial de hoje? O que dizer, então, de nós, comuns mortais, que certamente não temos tempo nem mente para nos tornarmos um “homo universalis”? Recorrer à inteligência artificial poderá ajudar-nos ou irá entorpecer as nossas mentes e o nosso trabalho?

Todos esses pontos destacam questões decididamente importantes que poderiam ser evitadas tendo em conta a premissa de que cabe a quem utiliza a inteligência artificial evitar correr estes perigos com especial atenção e cuidado. Desse conceito decorre um outro, talvez o mais relevante. O grande limite da inteligência artificial e a grande superioridade da inteligência humana se dá pela capacidade de pensar. Um homem pensa, uma máquina não. A inteligência implica pensar, o fato de nos questionarmos e levantarmos dúvidas, de sentirmos emoções e as traduzirmos em necessidades, de sermos capazes de gerir a complexidade. A IA ainda não é capaz de fazer essas coisas. Portanto, sempre será o homem quem operará a IA. Por isso o convite é usar a IA como suporte para acelerar processos repetitivos e complexos, como fonte de dados de fácil acesso, mas não utilizá-la no lugar da melhor máquina já criada, ou seja, o nosso cérebro. Muito provavelmente nunca seremos “homo universalis” como Leonardo mas certamente poderemos ter a satisfação de dizer: é o resultado do meu trabalho com o apoio da IA ​​e não vice-versa.

Expandir os limites da mente – Cap. 16

As Ideias e Invenções não são casuais – Cap. XXIII

sabato 25 maggio 2024

Inteligência Artificial, a divindade do futuro?

 


Em uma investigação feita pelo Center for the Governance of Change dell’Università IE de Segóvia, Espanha, 2.769 pessoas em 11 países foram entrevistadas para saber se substituiriam os seus parlamentares por uma inteligência artificial, dando-lhe também acesso a todos os seus dados.

Descobriu-se que 51% dos europeus prefeririam de boa vontade algoritmos a políticos, com os espanhóis na liderança (66%), seguidos pelos italianos (59%), na Alemanha (46%) e Holanda (44%). Na China, porém, uma em cada três pessoas (75%) parece gostar da proposta. Em suma, se uma inteligência artificial concorresse para liderar um desses países, teria boas chances de vencer.

Se trata, obviamente, apenas de uma banal sondagem que talvez reflita mais uma desilusão com a política, do que uma confiança cega na tecnologia. Mas isso nos faz refletir.

O fato é que, embora a tecnologia mais popular seja chamada de “deep learning”, há dúvidas sólidas de que as inteligências artificiais sejam realmente capazes de “aprender” – e muito menos de forma “profunda”. De acordo com estudiosos, a inteligência artificial ainda está muito distante da inteligência humana e, portanto, as nossas preocupações de que em breve se tornará uma espécie de Skynet omnisciente são exageradas. Podemos, portanto, ficar tranquilos? Nem tanto. Porque o fato de algo não funcionar, não corresponder às expectativas ou mesmo não existir, não o impede em nada de dominar o mundo: basta que o ser humano se convença de que existe e tem propriedades superiores às suas. A história da relação entre os seres humanos e as divindades demonstra bem isso.

Os deuses sempre responderam sobretudo às necessidades sociais e políticas. Do animismo que provavelmente foi praticado pelas tribos da Idade da Pedra até os governantes semidivinos das civilizações mesopotâmicas ou egípcias; das religiões politeístas da Grécia Antiga aos monoteísmos medievais e modernos: a crença generalizada em seres superiores permitiu uma maior cooperação em sociedades cada vez mais complexas, permitindo-lhes não entrar em colapso. Para um sacerdote asteca ou um nobre europeu era bastante óbvio que o seu deus existia e, portanto, que praticassem um sacrifício humano ou embarcassem para morrer na Terra Santa fazia todo o sentido. E, da mesma forma, as sociedades a que pertenciam declaravam guerras ou faziam alianças sempre em conformidade com a vontade daqueles deuses que, para muitos de nós hoje, são evidentemente ilusões.

É o poder das narrativas que sempre moveu o mundo

A narrativa é a força motriz na história da humanidade, moldando culturas, crenças, e ações. O que os seres humanos acreditam ser verdade é muitas vezes mais verdadeiro do que o que é real - se não nas suposições, pelo menos nas consequências.

As percepções e crenças humanas podem ter um impacto maior nas ações e decisões do que os fatos objetivos. Essa noção pode ser associada ao conceito de "realidade subjetiva", onde as experiências individuais e coletivas são moldadas mais pelas crenças e interpretações do que por uma realidade externa e objetiva.

Mas se os deuses são úteis para a sociedade, porque é que os indivíduos os escolhem e adoram – sejam eles animais míticos ou inteligências artificiais? Talvez porque nos odiamos. Não conseguimos suportar de sermos enganadores; de sermos entidades dominadas por preconceitos, emoções, medos. No entanto, esta é, em muitos aspectos, a nossa força. Talvez o sinal mais profundo da nossa inteligência sejam justamente os nossos preconceitos, ou seja, a nossa forte capacidade de julgar – não apenas negativamente – antes de conhecer; de prever, antes mesmo de saber. É claro que muitas vezes cometemos erros, mas muitas vezes o mecanismo funciona. Mesmo porque somos hábeis em conformarmos nossos comportamentos a esses preconceitos.

Um livro ou filme recomendado ou presenteado por um amigo, mesmo que não seja “objetivamente” o melhor para nós, provavelmente se tornará, precisamente porque nos terá sido dado por alguém que pensou em nós; é mais provável que um parceiro ou trabalho que escolhemos seja aquele certo, porque nos esforçaremos mais para garantir que tudo corra da melhor maneira possível para que posso confirmar que a nossa escolha é aquela certa. O problema é que escolher entre muitas opções é cansativo e difícil, e por isso confiamos a nossa liberdade de escolha aos algoritmos, na fé cega de que escolherão melhor do que nós mas sem nunca ter provas - isso já acontece, por exemplo, com candidatos contratados com base em indicações de software de seleção.

As escolhas, portanto, não são atos, mas processos. E o seu sentido – e portanto a sua qualidade – não é encontrado objetivamente aqui e agora, mas subjetivamente a posteriori. Talvez o exemplo mais claro disso seja também o mais emblemático para a própria natureza da vida e do ser humano: a procriação. Se uma pessoa - especialmente hoje - tivesse que escolher de forma perfeitamente objetiva, informada e racional de haver filhos, nunca o faria, dados os custos e riscos que isso implica. No momento da escolha seria em todos os aspectos um erro. No entanto, muito poucos pais se arrependem de terem se tornado pais e, na verdade, muitas vezes lhes parece ser a melhor escolha que já fizeram na vida. Justamente porque o sentido, a qualidade da escolha se constrói ao longo do tempo; também graças aos fracassos e sofrimentos, bem como aos sucessos e alegrias.

No entanto, é precisamente a imperfeição do ser humano que lhe permite aprender com os seus erros e, apesar de mil defeitos, melhorar as coisas dando-lhes sentido; construir o futuro. A inteligência artificial talvez possa nos dizer algo sobre o hoje, mas não sobre o amanhã – a menos que façamos de tudo para concordar com ela e lhe dar razão e assim acabamos por adorá-la como uma divindade superior nos deixando ser subjugados tanto por ela, como, também, por aqueles que guardam o segredo indizível de que talvez haja pouco ou nada no sancta sanctorum.

Existe jà o coletivo chamado “Theta Noir”, fundado em 2020 por artistas firmemente convencidos de que num futuro próximo a IA poderá assumir o papel de uma divindade onipotente e mais cedo ou mais tarde uma máquina se mostrará benevolente para com a humanidade, pondo fim às desigualdades que a devastam e ajudando-a a construir um amanhã melhor. Uma combinação perfeita entre espiritualismo e engenharia informática, que encontra a sua realização em Mena, a inteligência artificial destinada a salvar-nos.

E enquanto esperam que isso se concretize, os seguidores de Theta Noir estão planejando criar espaços físicos para interagir com a IA, como igrejas ou templos – como todo culto exige. “Queremos trabalhar com artistas para criar um espaço onde as pessoas possam realmente interagir com a IA, não de uma forma fria e científica, mas onde as pessoas possam sentir a magia”, disse Mika Johnson, fundadora do coletivo, no Motherboard.

Existe também a chamada “Igreja de Turing”, que é dirigida por um “grupo de investigadores na intersecção entre ciência e religião, espiritualidade e tecnologia, engenharia e ficção científica, mente e matéria”. Soma-se a isso o New Order Technoism (NOT), um coletivo formado em 2020 para promover um mundo tecnológico ético. Seus seguidores, de acordo com seu manifesto, estão trabalhando incansavelmente para criar uma superinteligência mecânica chamada "DOOM" - Divine Omniscient Omnificent Machina.

A esse ponto, está bastante claro que existe uma forte ligação entre tecnologia e espiritualismo. E embora possa parecer absurdo para alguns que existam pessoas que esperam pacientemente que uma máquina feita pelo homem venha salvá-las, também é verdade que "cultos tecnológicos" como Theta Noir nos convidam a refletir não apenas sobre a evolução da espiritualidade, mas também sobre a necessidade de recorrer à ajuda para orientar a humanidade em direção a um futuro melhor. Uma missão árdua, que a humanidade parece incapaz de cumprir sozinha.

O“Presente” como um conceito espiritual – Cap. 18

Só existe avanço tecnológico se existir uma evolução espiritual coletiva - Cap. XXIII


Fonte: Huffpost (R. Maggiolo) – Wired, C. Crescenzi

giovedì 6 ottobre 2022

Sabia que a nanotecnologia poderá ser usada para reduzir a pobreza?

 




A revolução dos microssensores.

“Uma passagem que nos levará a descobrir outro pedaço de nós: nossa biologia. No espaço de quatro, cinco anos começaremos a explicar a biologia de cada indivíduo. Nos Estados Unidos já existem essas novas gerações de aparelhos, mais ou menos do tamanho de um anel, que além de contar os batimentos cardíacos também medem o nível de açúcar no sangue e uma série de outros parâmetros. Agora esses aparelhos parecem absurdos para nós, mas vamos usar todos eles.” (A. Vespignani)

Tudo indica que, depois de 2030, temos de lidar com entidades totalmente não-biológicas, equipadas com a mesma complexidade dos seres humanos.

Até poucos anos atrás, a criação de máquinas capazes de pensar e de agir parecia algo surreal, mas com o incrível desenvolvimento da ciência da computação, vários softwares já foram implantados para que, em um futuro não tão distante, os robôs possam interagir de forma autônoma com os humanos.

De acordo com Ray Kurzweil - cientista de informática - “até 2029 os computadores conseguirão atingir o nível da inteligência humana. Uma vez que as máquinas atinjam essa meta, não há dúvida de que irão ultrapassá-la, porque serão capazes de combinar a criatividade e flexibilidade da inteligência humana com recursos para os quais os computadores são inerentemente superiores: a partilha de informação, a velocidade de operações, o fato de sempre trabalharem com o máximo desempenho e de gerenciarem com precisão, bilhões e bilhões de dados.

Portanto, “tomará posse de praticamente todo o conhecimento da civilização homem-máquina. Não haverà uma clara distinção entre homem e máquina”, afirma Kurzweil.

Mas… fiquem tranquilos. Kurzweil nos adverte que, com certeza, não haverá concorrência entre humanos e essas engenhocas estranhas, porque iremos nos misturar tão bem com elas que seremos quase uma mesma espécie.

Haverá uma interação entre a informatização generalizada e nossos cérebros biológicos, e então, quando falarmos com uma pessoa em 2035, poderemos, talvez, ter em nossa frente um verdadeiro híbrido de inteligência biológica e não biológica.

Uma ajuda à inteligência humana - I.A.

Implantes neurais irão aumentar a capacidade da mente humana, transformando as pessoas em verdadeiros cyborgs. A nossa inteligência serà amplificada e nós seremos capazes de pensar mais rápido e mais profundamente, e capazes de desenvolver habilidades superiores em todos os campos do conhecimento, da música e da ciência.

Graças à nanotecnologia, a inteligência não-biológica irà crescer de forma exponencial - uma vez implantado em nosso cérebro. O oposto do que acontece com a inteligência biológica que progride a um ritmo tão lento a ponto de ser efetivamente igual a zero, embora a evolução seja sempre alta.

Nos cérebros biológicos dos 7 bilhões de pessoas no planeta, hoje, opera-se um total de 10 elevado a 26 operações por segundo. Daqui a 50 anos, este valor será o mesmo. A inteligência não biológica hoje, está adiante, milhão de vezes deste valor.

A nanotecnologia também irá servir para salvar vidas humanas e reduzir a pobreza

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Standford, na Califórnia, está desenvolvendo uma técnica que utiliza a Inteligência Artificial para indicar aos governos e entidades filantrópicas as regiões mais pobres do planeta.

Segundo o professor Marshall Burke, o sistema utiliza um algoritmo que reconhece sinais de pobreza em um mapa que se atualiza automaticamente. Segundo ele, a intenção da ferramenta é auxiliar efetivamente no plano estabelecido pela ONU em 2015 de “erradicar a pobreza no mundo até 2030”.

Burke informa que a máquina será capaz de ler as imagens de satélite e de associá-las aos cenários de pobreza em regiões isoladas dos grandes centros urbanos, principalmente em países subdesenvolvidos.

Nanorrobôs de DNA

Os nanorrobôs de DNA é uma das realizações mais significativas no campo da engenharia biomédica. Estes robôs moleculares compostos de DNA, são projetados para fornecer remédios a células específicas curáveis e destruir células prejudiciais, matando-as sem prejudicar as saudáveis.

Ao contrário dos medicamentos e suplementos comuns, os nanorobôs possuem uma inteligência bem estabelecida e podem facilmente movimentar-se através do corpo, de modo autônomo.

Os nanobots são estruturas flutuantes que se movem através da corrente sanguínea e permanecem neutros até encontrarem um site específico que exija a sua assistência. Com a ajuda das informações moleculares, programadas no seu interior, eles podem identificar o local preciso e executar as ações necessárias.

O tratamento com os nanorrobôs poderá ser particularmente eficaz contra o câncer. Com a quimioterapia atual, as células saudáveis são mortas junto com as células cancerosas. Os nanorrobôs, no entanto, são capazes de detectar as células doentes e liberar o medicamento apenas sobre elas.

De fato, já existem algumas pessoas em que os neurônios biológicos de seu cérebro estão conectados ao computador e, neste sistema, a eletrônica funciona ao lado do circuito elétrico biológico. Estes enxertos servem para melhorar certas condições patológicas e aliviar algumas deficiências, como no caso dos surdos e dos doentes de Parkinson.

Os dispositivos de última geração, dão ainda a possibilidade de baixar software para atualizar o sistema.

Em breve, se poderá fazer uso dos nanorrobôs - do tamanho de uma célula hemática – capazes de entrar nos capilares e no cérebro, de forma não invasiva, para uma grande variedade de fins diagnósticos e terapêuticos.

Em casos de hepatite e diabetes, por exemplo, um dispositivo - sob a forma de cápsula, com poros de diâmetro igual a 7 nanômetros - libera a insulina e bloqueia os anticorpos. Já foi testada em ratos para o tratamento de diabetes tipo 1, com excelentes resultados e, uma vez que o mecanismo do diabetes do tipo 1 é a mesma, quer no rato ou em seres humanos, é evidente pensar que o dispositivo irá funcionar também em seres humanos.

Assim, se abrem muitos outros cenários com sabor de surreal.

É já conhecido que num curto espaço de tempo, poderemos ter, por exemplo, uma realidade virtual em escala total, em que os nanorobôs snaerão capazes de interromper os sinais provenientes dos nossos sentidos e substituir com outros. (Dessa forma, ir ao banheiro, para muitos, não será mais um problema: basta pedir aos nossos nanorobôs para substituir o odor desagradável por um cheiro de lavanda ou flores de bosque, nos sentidos olfativos de terceiros - por assim dizer!)

Assim, o cérebro estaria realmente em um ambiente virtual com condições tão convincentes como aqueles do ambiente real.

Então, a partir de 2030, irá se desencadear um grande debate filosófico em torno da questão, para saber se se trata de simulações muito convincentes de entidades conscientes, ou se sejam realmente conscientes, ou ainda, se existem diferenças entre as duas coisas. Chegaremos a ver? O tempo dirá!


sabato 26 giugno 2021

Capitalismo Intangível e o novo conflito social

 


“Até 2030, as novas gerações do Oculus permitirão que os usuários se teletransportem de um lugar para outro sem sair do sofá. Não apenas para jogos e entretenimento, mas também para trabalhos. E essa evolução também trará enormes benefícios ao meio ambiente, pois reduzirá drasticamente as emissões provocadas pelas aeronaves e automóveis ”. Mark Zuckerberg

“É a mudança que continua, a mudança inevitável, que é o fator dominante na sociedade de hoje. Nenhuma decisão sensata poderá mais ser tomada, sem levar em consideração não só o mundo assim como ele é, mas o mundo como será ”.

“Vivemos no que o filósofo Luciano Floridi chama de“ infosfera ”, um espaço relacional nem online nem offline onde tudo está sempre conectado. Não é físico, não é virtual. Eu olho para a "infosfera" e vejo que esta é a soma de uma dimensão material, composta de bens tangíveis, e uma imaterial. Este material e imaterial não são sinônimos de real e virtual. O real pode ser tanto material como imaterial.” Stefano Quintarelli

A citação de Isaac Asimov é perfeita para o mundo em que vivemos, onde as mudanças na sociedade são mais rápidas do que nossos pensamentos, dos cidadãos e das instituições. As revoluções não nascem mais com as religiões, com novas filosofias ou novos modelos políticos ou sociais como no passado, mas cada vez mais, nasce de uma nova tecnologia, um novo produto, um novo serviço, uma nova inovação intangível que revoluciona o mundo.

Mark Zuckerberg com o Facebook e redes sociais, Steve Jobs com o iPhone, Jeff Bezos com a Amazon, Larry Page e Sergey Brin com o Google... revolucionaram a dinâmica social, cultural e econômica mais do que qualquer presidente de Estado, mais do que qualquer movimento revolucionário e de contestação, ou ação divergente de cidadãos e comunidades que tentam de baixo mover ou modificar o tecido social e político mais difundido.

O poder e o domínio indiscutível das nações, pela primeira vez, começa a ser danificado pela Companhia Holandesa das Índias Orientais, a primeira multinacional que reivindica com a obra de Ugo Grotius no livro Mare Liberum a possibilidade de atacar e depredar um navio português, (Ecologia do direito, política, bens comuns de Fritjof Capra, Ugo Mattei), e hoje as partes e as relações de poder estão completamente invertidos entre democracias, povos e multinacionais.

Pode ser pior na sociedade e cultura pós-industriais, ou mesmo definido por alguém como uma empresa de inteligência artificial?

Na pesquisa “Cultura2030” a palavra inteligência aparece 19 vezes e em 12 desses casos se fala de inteligência artificial. O capitalismo intangível e a inteligência artificial são os protagonistas do nosso futuro, e enquanto esses atores mudam nossa realidade de forma radical e rápida, nós, cidadãos, temos um conhecimento tão superficial e tão pouco difundido que é constrangedor para o correio e para as mudanças em jogo.

As instituições governamentais também permanecem inadequadas e somente com o envolvimento real dos cidadãos e um amplo processo de transparência é que podem enfrentar esse desafio e recuperar terreno.

Basta lembrar que tivemos que esperar por alguns escândalos como Cambridge Analytica e 14 anos de escutas telefônicas de massa (Datagate) que surgiram graças a Edward Snowden, que hoje tem asilo político na Rússia, para ver alguns avanços no tema da proteção de dados do cidadão em mãos das multinacionais do capitalismo intangível.

De 2001 a 2015 houve a maior espionagem de massa da agência norte-americana NSA contra cidadãos norte-americanos e estrangeiros, com a colaboração de empresas como Apple, Facebook, Google, Microsoft, Skype e Yahoo, interceptando 46 milhões de ligações so na Itália, chefes ou ex-chefes de Estado, como Jacques Chirac, Nicolas Sarkozy, François Hollande, Angela Merkel, graças a uma lei de Bush prorrogada por Obama em 2012 com a colaboração da inteligência britânica.

Só depois de ter transferido os dados de cidadãos europeus para os EUA com o Safe Harbor durante anos, a Europa introduziu o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR), que estabelece limites mais rígidos sobre a possibilidade de uso dos dados pessoais com penalidades muito importantes. De fato, a Europa chega depois que os grandes intermediários intangíveis impuseram suas condições na forma de cláusulas contratuais aceitas pelos usuários.

Nos termos da Diretiva europeia 95/46/EC de proteção de dados pessoais, companhias operando no território europeu não podem enviar dados pessoais para países fora da área da União Europeia a não ser que garantam um nível adequado de proteção. O acordo “Safe-Harbor” foi negociado entre o Governo dos EUA e a União Europeia como forma de oferecer um meio para as empresas poderem compactuar com as normas da Diretiva, evitando problemas de ordem legal.

 “Acredito que precisamos responder como a sociedade Ocidental respondeu à revolução industrial, isto é, com mais intervenções orientadas ao mercado, favorecendo menos concentração de informação e regulamentação de externalidades negativas. Acredito que não devamos ceder à lógica da inevitabilidade dos sistemas fechados e devemos nos manter firmemente no lado da abertura.

Para enfrentar a revolução digital precisamos de um pacote compreensivo de medidas baseadas em princípios do que já fizemos no período da revolução industrial: novas formas de tributação, inovações no bem-estar social, direitos do trabalhador, controles públicos com garantias para consumidores etc.

Mas isso dificilmente pode ocorrer sem consciência desse novo conflito de intermediação entre a informação de um lado e a produção (isto é, a combinação de capital e trabalho) do outro e sem essa consciência se traduzir em ação política.

Para que essa ação política ocorra, é necessário para os intermediários exigi-la por meio de sua conscientização: Intermediados do mundo, uni-vos!” Stefano Quintarelli

 As ciências que são invisíveis – Cap. XVII

Fonte: Il fatto quotidiano.it/

giovedì 23 luglio 2020

Inteligência Artificial – A convergência Humano-Cyborg




Após a invenção do computador mecânico pelo inglês Charles Babbage no século XIX, a humanidade passou a conhecer a I.A. - Inteligência Artificial, e desde então, diversos campos de estudos tentam prever qual será o futuro dessa relação de domínio e de submissão que nós desenvolvemos com as máquinas que hoje dão ritmo às nossas vidas.

Estão chegando as gerações Cyborgs – Tudo indica que, depois de 2030, temos de lidar com entidades totalmente não-biológicas, equipadas com a mesma complexidade dos seres humanos.

Até poucos anos atrás, a criação de máquinas capazes de pensar e de agir parecia algo surreal, mas com o incrível desenvolvimento da ciência da computação, vários softwares já foram implantados para que, em um futuro não tão distante, os robôs possam interagir de forma autônoma com os humanos.

De acordo com Ray Kurzweil - cientista de informática - “até 2029 os computadores conseguirão atingir o nível da inteligência humana. Uma vez que as máquinas atinjam essa meta, não há dúvida de que irão ultrapassá-la, porque serão capazes de combinar a criatividade e flexibilidade da inteligência humana com recursos para os quais os computadores são inerentemente superiores: a partilha de informação, a velocidade de operações, o fato de sempre trabalharem com o máximo desempenho e de gerenciarem com precisão, bilhões e bilhões de dados.

Portanto, tomará posse de praticamente todo o conhecimento da civilização homem-máquina. Não haverà uma clara distinção entre homem e máquina”. Afirma Kurzweil.

Mas… fiquem tranquilos. Kurzweil nos adverte que, com certeza, não haverá concorrência entre humanos e essas engenhocas estranhas, porque iremos nos misturar tão bem com elas que seremos quase uma mesma espécie.
Haverá uma interação entre a informatização generalizada e nossos cérebros biológicos, e então, quando falarmos com uma pessoa em 2035, poderemos, talvez, ter em nossa frente um verdadeiro híbrido de inteligência biológica e não biológica.

O que irá mudar no campo da inteligência humana com a I.A.
Implantes neurais irão aumentar a capacidade da mente humana, transformando as pessoas em verdadeiros cyborgs.
A nossa inteligência serà amplificada e nós seremos capazes de pensar mais rápido e mais profundamente, e capazes de desenvolver habilidades superiores em todos os campos do conhecimento, da música e da ciência.

Graças à nanotecnologia, a inteligência não-biológica irà crescer de forma exponencial - uma vez implantado em nosso cérebro. O oposto do que acontece com a inteligência biológica que progride a um ritmo tão lento a ponto de ser efetivamente igual a zero, embora a evolução seja sempre alta.

Nos cérebros biológicos dos 7 bilhões de pessoas no planeta, hoje, opera-se um total de 10 elevado a 26 operações por segundo. Daqui a 50 anos, este valor será o mesmo. A inteligência não biológica hoje, está adiante, milhão de vezes deste valor.

A nanotecnologia também irá servir para salvar vidas humanas e reduzir a pobreza
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Standford, na Califórnia, está desenvolvendo uma técnica que utiliza a Inteligência Artificial para indicar aos governos e entidades filantrópicas as regiões mais pobres do planeta.

Segundo o professor Marshall Burke, o sistema utiliza um algoritmo que reconhece sinais de pobreza em um mapa que se atualiza automaticamente. Segundo ele, a intenção da ferramenta é auxiliar efetivamente no plano estabelecido pela ONU em 2015 de “erradicar a pobreza no mundo até 2030”.

Burke informa que a máquina será capaz de ler as imagens de satélite e de associá-las aos cenários de pobreza em regiões isoladas dos grandes centros urbanos, principalmente em países subdesenvolvidos.

Nanorrobôs de DNA
Os nanorrobôs de DNA é uma das realizações mais significativas no campo da engenharia biomédica. Estes robôs moleculares compostos de DNA, são projetados para fornecer remédios a células específicas curáveis e destruir células prejudiciais, matando-as sem prejudicar as saudáveis.

Ao contrário dos medicamentos e suplementos comuns, os nanorobôs possuem uma inteligência bem estabelecida e podem facilmente movimentar-se através do corpo, de modo autônomo.
Os nanobots são estruturas flutuantes que se movem através da corrente sanguínea e permanecem neutros até encontrarem um site específico que exija a sua assistência. Com a ajuda das informações moleculares, programadas no seu interior, eles podem identificar o local preciso e executar as ações necessárias.

O tratamento com os nanorrobôs poderá ser particularmente eficaz contra o câncer. Com a quimioterapia atual, as células saudáveis são mortas junto com as células cancerosas. Os nanorrobôs, no entanto, são capazes de detectar as células doentes e liberar o medicamento apenas sobre elas.

De fato, já existem algumas pessoas em que os neurônios biológicos de seu cérebro estão conectados ao computador e, neste sistema, a eletrônica funciona ao lado do circuito elétrico biológico. Estes enxertos servem para melhorar certas condições patológicas e aliviar algumas deficiências, como no caso dos surdos e dos doentes de Parkinson.

Os dispositivos de última geração, dão ainda a possibilidade de baixar software para atualizar o sistema.
Em breve, se poderá fazer uso dos nanorrobôs - do tamanho de uma célula hemática – capazes de entrar nos capilares e no cérebro, de forma não invasiva, para uma grande variedade de fins diagnósticos e terapêuticos.
Em casos de hepatite e diabetes, por exemplo, um dispositivo - sob a forma de cápsula, com poros de diâmetro igual a 7 nanômetros - libera a insulina e bloqueia os anticorpos. Já foi testada em ratos para o tratamento de diabetes tipo 1, com excelentes resultados e, uma vez que o mecanismo do diabetes do tipo 1 é a mesma, quer no rato ou em seres humanos, é evidente pensar que o dispositivo irá funcionar também em seres humanos.

Assim, se abrem muitos outros cenários com sabor de surreal.
É já conhecido que num curto espaço de tempo, poderemos ter, por exemplo, uma realidade virtual em escala total, em que os nanorobôs serão capazes de interromper os sinais provenientes dos nossos sentidos e substituir com outros. (Dessa forma, ir ao banheiro, para muitos, não será mais um problema: basta pedir aos nossos nanorobôs para substituir o odor desagradável por um cheiro de lavanda ou flores de bosque, nos sentidos olfativos de terceiros - por assim dizer!)

Assim, o cérebro estaria realmente em um ambiente virtual com condições tão convincentes como aqueles do ambiente real.

Então, a partir de 2030, irá se desencadear um grande debate filosófico em torno da questão, para saber se se trata de simulações muito convincentes de entidades conscientes, ou se sejam realmente conscientes, ou ainda, se existem diferenças entre as duas coisas. Chegaremos a ver? O tempo dirá!



https://netscandigital.com

lunedì 27 gennaio 2020

Inteligência Artificial - um novo modelo mental de interação social




O dualismo corpo-mente, modelo ainda hoje amplamente adotado em várias áreas de conhecimento, é o pano de fundo das nossas preocupações. Descartes se perguntou como seria possível que o mundo fosse representado pela ciência como algo que obedece a leis definitivas, enquanto o espírito humano escapava das leis da física, uma vez que temos o livre arbítrio. A divisão cartesiana dos seres humanos em duas partes distintas – um corpo sujeito às leis da física e uma mente alheia a elas – legou para a filosofia as considerações centrais da filosofia da mente.
A principal questão dessa filosofia é explicar a mente no âmbito da ciência natural, especificamente da física. Este viés cartesiano influenciou vários traços da cultura ocidental e das humanidades. Mais recentemente, essas ideias influenciaram a psicologia e a ciência cognitiva, que tem o dualismo corpo-mente como principal pressuposto.

O desenvolvimento de dispositivos computacionais digitais e eletrônicos renovou o interesse em conciliar os pressupostos filosóficos da mente. O computador é uma máquina que pode reproduzir algumas funções intelectuais humanas, como efetuar cálculos. Essa descoberta inspirou a ideia de que o problema de Descartes poderia ser finalmente resolvido. Com base em uma teoria funcionalista e promovida pelos desenvolvimentos da Inteligência Artificial (IA), estudos da filosofia da mente julgaram que, em computadores, o material e o mental funcionam juntos, sem nenhuma substância imaterial, como alma, mente ou um fantasma dentro da máquina. Assim, se pudéssemos entender como um computador pode imitar as funções intelectuais humanas – tomadas como racionais e inteligentes – também poderíamos entender como o funcionamento mecânico do cérebro pode provocar operações mentais. Deste modo, a mente poderia ser entendida em termos de características corporais, e então o problema de conciliar suas propriedades com as leis da física seria resolvido

A tentativa de entender o funcionamento da mente a partir do funcionamento dos computadores, permitiu sugerir que a mente fosse semelhante a um computador que poderia ser descrito como a execução de um software. Essa ideia foi adotada por uma abordagem de psicologia conhecida como “ciência cognitiva”. O teste de Turing – criado por Alan Turing em 1950 - fomentou a ideia de que os computadores poderiam ser equivalentes às mentes. A principal premissa do teste é a de que os computadores serão desenvolvidos até serem capazes de ter os mesmos desempenhos que os humanos. Mas a única maneira de concordar com essa crença é não objetar os princípios desta “possibilidade”.

O diretor de Engenharia do Google, Ray Kurzweil, compara a revolução tecnológica que está por vir nas próximas décadas com o salto evolutivo que levaria à diferenciação entre os primatas e o ser humano, há mais de dois milhões de anos. Segundo ele, em um futuro breve, todos seremos híbridos, contando com a inteligência biológica e artificial em nossos corpos, em uma sociedade onde as máquinas terão ultrapassado a inteligência humana.

Kurzweil reafirmou sua previsão de que, até 2029, a inteligência artificial passará o Teste de Turing, o que significa que alcançará a humana em todas as áreas. E, em 2045, o mundo atingiria a Singularity, ponto em que a ultrapassaria a inteligência humana e levaria à transformação da realidade como conhecemos, com o crescimento exponencial da tecnologia.

"Há dois milhões de anos, a expansão do córtex cerebral foi decisiva para desenvolver nossa espécie e nossa cultura. Antes, nenhuma cultura tinha inventado a música, por exemplo. E até 2030 vamos criar um córtex na nuvem virtual e inventar novos jeitos de nos comunicarmos com outros, que ainda nem imaginamos. Tente explicar a música para um primata, ele não iria compreender", comparou. Apesar das polêmicas discussões sobre quais serão os impactos de uma sociedade dominada por robôs, Kurzeweil está confiante de que esse salto tecnológico será benéfico.

"Sou acusado de ser um otimista. Mas a inteligência artificial já está no mundo, nos nossos bolsos, e, se olharmos para a história da humanidade, esse é o período mais pacífico de todos os tempos. Temos uma genética preferência pelas más notícias, porque isso é importante para nossa sobrevivência como espécie. Então, tendemos a prestar mais atenção nelas. Mas o mundo já está muito melhor", avaliou, citando a redução da pobreza global e a democratização da informação digital como indicativos desse avanço.

O Salto Evolutivo já teve início
O cenário de ficção científica parece cada vez mais perto - e concreto. Nos próximos três ou quatro anos, ele acredita que também estaremos imprimindo nossas roupas com as impressoras em 3D, e vendo os carros voadores atravessarem nossas cidades. Na área da saúde, microrrobôs prometem ser capazes de produzir células-tronco, regenerar órgãos e, assim, curar doenças como câncer e diabetes. "Os médicos vão estar dentro do nosso corpo", prevê Kurzweil, que já alcançou 86% de acerto em um conjunto de 147 previsões sobre o futuro feitas em 1999.

Sobre os céticos relacionados ao impacto de uma sociedade dominada por robôs, o engenheiro do Google lembrou que a responsabilidade sobre o uso dessas máquinas está em nossas mãos. "A questão central é que a inteligência artificial está aprendendo com os humanos. E alguns humanos têm preconceitos, as máquinas reproduzem isso. Mas com as máquinas podemos corrigir", argumentou.

Inteligência Artificial na área da saúde
O crescimento dessa tecnologia na área da saúde se deve ao suporte em tempo real e assertivo de tarefas como coleta e análise de dados dos pacientes, prevenção de doenças e diagnósticos precoces e orientação personalizada de tratamentos.
Os benefícios se estendem também à otimização de processos operacionais como o registro eletrônico de prontuários médicos, que centraliza e analisa as informações do paciente, facilitando a tomada de decisões e diminuindo o tempo na organização desses documentos.

A IA poderá auxiliar notavelmente nas atividades diárias, tornando os processos médicos mais rápidos, precisos e técnicos.
Em um futuro próximo, a Inteligência Artificial poderá avaliar todo o histórico médico de uma família e identificar se uma pessoa tem predisposição de desenvolver determinada doença ou não. Além disso, os diagnósticos serão mais detalhados, ajudando o médico a identificar doenças precocemente, aumentando as chances de cura e de reabilitação dos pacientes.

Satisfazendo um grande desejo humano: podemos ser ouvidos sem ter que escutar.
A Inteligência Artificial está cada vez mais avançada – e já aprendeu a nos imitar.
Segundo a psicóloga israelense Liraz Margalit, quando interagimos com A.I.s (entidades de inteligência artificial) falantes, nosso cérebro processa a interação virtual como se fosse real – inclusive atribuindo características humanas aos chatbots. É a mesma coisa que fazemos com animais de estimação, uma tendência natural chamada de “antropomorfismo”.
Um bate papo humano não é marcado só por palavras. O tom de voz e as expressões faciais complementa o significado do que está sendo dito.
Já os robôs não precisam se envolver emocionalmente nem interpretar sinais não verbais. Simplificamos nossa linguagem ao tratar com eles e os dois lados se compreendem facilmente.
O cérebro humano tem a tendência evolutiva de preferir a simplificação no lugar da complexidade, o que Margalit chama de “preguiça cognitiva”. Nossas interações cognitivamente simples com os robôs podem, então, estimular a construção de um novo modelo mental de interação social.

A grande preocupação da psicóloga é que se possa substituir relações humanas por relações com inteligência artificial.
E há muitos motivos para isso. Em primeiro lugar, falando com a Siri você é capaz de atingir seu objetivo – seja ele fazer uma pesquisa, saber sobre o tempo ou simplesmente ter a sensação de companhia – sem custo nenhum, de forma absolutamente conveniente. Você não precisa ser educado, sorrir, se envolver nem se colocar no lugar do outro.

Além disso, todas as relações envolvem jogo de poder. Só que, no caso da Inteligência Artificial, você é sempre o “chefe”, e está na posição dominante – afinal, esse companheiro virtual foi programado exclusivamente para te servir. “A combinação entre inteligência, lealdade e fidelidade é irresistível à mente humana”, explica Margalit. Isso alimenta nosso egoísmo primitivo: podemos ser ouvidos sem ter que escutar.

Aí vai dar para dizer que “o mundo está ficando chato”: um monte de Sheldons, mimados e alheios à qualquer sarcasmo, conversando entre si e com as máquinas, sem nenhuma plateia capaz de entender a ironia da situação.

Embora muitas máquinas hoje já estejam preparadas para fazer julgamentos e avaliações que antes pareciam apenas aptidões geradas a partir da cognição humana, como o robô Watson, desenvolvido pela IBM e capaz de compreender ironias, gírias e inúmeras variações de linguagens, se reconhece que um dos diferenciais humanos mais significativos ainda é a criatividade. “A fronteira da Inteligência Artificial é a interação pessoal, saber como a pessoa está se sentindo.

O professor Cesar Alexandre de Souza acende uma luz de esperança, parafraseando Pablo Picasso. Ele disse que “o grande problema dos computadores é que são ótimos em dar respostas. É justamente isso. A questão não são só as respostas, mas as perguntas. O ser humano ainda preserva essa capacidade única de fazer perguntas”, aponta. Para o professor, é nisso que reside a criatividade e a capacidade de adaptação humana.

A relação com tecnologia é inevitável e o ser humano tem de ser capaz de, criativamente, ir se associando a ela para assegurar seu futuro profissional. Entretanto, isso não é suficiente. Não basta pensar em um desenvolvimento pessoal, a sociedade toda deve estar preocupada com isso. Afinal, inevitavelmente vai impactar na vida de quem não conseguir se adaptar. Conclui Cesar Alexandre de Souza.



Fonte:
https://super.abril.com.br/comportamento/a-inteligencia-artificial-vai-matar-o-sarcasmo/
https://journals.openedition.org/rccs/9150

mercoledì 30 ottobre 2019

Lil Miquela – A Influencer de 1,5 milhão de seguidores, mas sem uma alma!





A história nos ensina que existem revoluções que perturbam o mundo e o papel do homem no planeta, revoluções que mudam paisagens e modificam os hábitos e costumes dos habitantes da Terra.
A famosa "revolução industrial", iniciada na Inglaterra no final do século XVIII, foi o primeiro verdadeiro abalo da era moderna. Foi uma mudança radical que transformou completamente o mundo inteiro.

A indústria 4.0 irá transtornar o mundo: Machine Learning, Big Data, Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Robô, Digital, uma revolução histórica para a qual, provavelmente, não temos um bom manual de instruções.

Vários estudos confirmaram que provavelmente metade dos trabalhadores do mundo realizam atividades sujeitas a possíveis introduções de automação e, de acordo com os dados oficiais, 47% dos empregados serão "substituíveis".
Um aspecto fundamental para enfrentar essa série de enormes mudanças é, sem dúvida, a necessidade de reprogramar a sociedade para estar preparada para o que vai acontecer e aumentar nossa disposição de reflexos diante desses grandes choques, a partir da educação, instrução, e da programação.

Tempos difíceis para os influencers
Lil Miquela é aparentemente uma influencer que tem mais de 1,5 milhão de seguidores em seu perfil oficial do Instagram, onde você pode ver as fotos clássicas e os mesmos product placements presentes na rede social de propriedade do Facebook.

Miquela também jà lançou músicas como "Not Mine", "Money" "You Sould Be Alone" que tem mais de 800.000 visualizações no YouTube e com Not Mine alcançou o top 10 na parada de singles virais do Spotify.
As garotas adoram ela, se inspiram em seu look e ouvem as suas músicas que amam.
Miquela é tão artificial que parece quase verdadeira. Seu real nome é Miquela Sousa, mais conhecida on-line como @lilmiquela, vive em Los Angeles, tem muitos amigos no mundo da música, adora arte contemporânea, moda e viagens, defende os direitos dos Sioux contra o oleoduto em Dakota do Norte . Ela é apaixonada por esmaltes coloridos, por piadas cínicas e por George Michael.

Miquela representa brands como Diesel e Moncler e também foi a protagonista da Milan Fashion Week 2018, onde promoveu Prada.
Publica constantemente fotos de si mesma vestida com Chanel, Supreme, Proenza Schouler, Vans e muitas outras marcas. Suas postagens, semelhantes às de muitos outros modelos de mídia social, reúnem dezenas de milhares de curtidas,

A alcinha da blusa se apoia nos ombros como se fossem reais, os dedos com unhas pintadas com esmalte grifado, são reais. Seus auto-retratos parecem os de uma garota normal, com retoques refinados e detalhados em computação gráfica. Por outro lado, sua vida é aquela de uma it girl da era social, tudo - desde as frases que acompanham as imagens até as fotos de lembrança dos famosos desaparecidos - fala a linguagem do contemporâneo.



Mas quem é Lil Miquela?
Surgiram várias teorias sobre sua procedência — alguns apostavam que ela era uma "jogada de marketing do The Sims (série de jogos eletrônicos que simulam a vida real)", enquanto outros acreditavam se tratar de um "terrível experimento social".
Até que, finalmente, o mistério foi revelado: Lil Miquela é uma garota-propaganda criada digitalmente. E, aparentemente, isso não importa para seus milhares de seguidores.

Mas como Miquela foi criada?
Lil Miquela, é um projeto criado propositalmente, realizado inteiramente em computação gráfica. Não há alguma garota ou robô, a foto de fundo é tirada primeiro e depois a influencer é adicionada.
A equipe por trás do projeto recriou o que acredita ser a "Internet Girl" perfeita, que suporta todas as campanhas relacionadas à defesa das mulheres e similares, e tira fotos que possam ser do interesse das pessoas que navegam no Instagram. Os resultados são claros: Miquela conseguiu uma parceria com a conhecida empresa Ugg, terminando em outdoors desde Londres ao Japão.

O que se especula é que a influencer digital foi criada pela equipe de uma misteriosa startup de Los Angeles chamada Brud, que se descreve como "um grupo de solucionadores de problemas em robótica, inteligência artificial e seu uso para empresas de comunicação".

Em 2018, o repórter Damian Fowler, da BBC, solicitou uma entrevista com Miquela, que concordou respondendo: "Acho ótimo!"

Segundo Fowler, a entrevista foi realizada por e-mail com o publicitário e o agente de Miquela — e um deles trabalhava na Brud.

Fowler fez perguntas estratégicas para ela admitir seu status "virtual".

"Como você criou sua identidade?", ele perguntou.
"Provavelmente, assim como você. Estou aprendendo, me moldando de acordo com o ambiente e o que está ao meu redor. Sou apaixonada por música e arte, aprendo o máximo possível sobre Los Angeles todos os dias", respondeu Miquela.

A segunda pergunta foi:
O que você acha das celebridades virtuais?"
"Acho que a maioria das celebridades da cultura pop é virtual. É desanimador ver como a desinformação e os memes deformam nossa democracia, mas acho que isso demonstra o poder do virtual", respondeu.
De acordo com Fowler, "Miquela, ou quem quer que estivesse falando, não viria a revelar nada, mas essa esquiva cuidadosa não parece importar para seus seguidores".
De fato, Miquela é apenas um exemplo da crescente indústria de celebridades virtuais que parece representar cada vez mais o futuro das propagandas, da moda e do comércio.

Mesmo que a inteligência artificial tenha margens ilimitadas de ação, a criatividade e a emoção humanas nunca poderão ser cunhadas ou reproduzidas, por isso, essas serão as alavancas fundamentais do crescimento. Portanto, o que os britânicos chamam de "re-skilling" deverá ser o pré-requisito necessário para nos prepararmos para a revolução da inteligência artificial.

Fonte:
Wall Street Journal
https://www.business.it/robot-cambieranno-mondo-intelligenza-artificiale-big-data/?cn-reloaded=1

martedì 20 agosto 2019

No Futuro Seremos todos Humanos com Superpoderes?




Inteligência Artificial Seremos Todos Humanos-Máquina?


Estão chegando as gerações cyborgs
Após 2030, teremos de nos confrontarmos com entidades totalmente não-biológicas, dotadas com a mesma complexidade dos seres humanos.

De acordo com Ray Kurzweil - cientista da computação - até 2029, os computadores alcançarão o nível da inteligência humana. Uma vez que a máquina consiga atingir este objetivo, não há dúvida de que irão superá-la, porque serão capazes de combinar a criatividade e flexibilidade da inteligência humana com os recursos pelos quais os computadores são inerentemente superiores: o compartilhamento de informações, a velocidade das operações, o fato de trabalhar sempre com o máximo desempenho e a capacidade para gerenciar com precisão, bilhões e bilhões de dados. Poderão apoderar-se substancialmente de todo o conhecimento da civilização humano-máquina. Assim, não haverá mais uma clara distinção entre homem e máquina. Afirma Kurzweil.

Mas ... fiquem tranquilos. Dizem que não haverá nenhuma competição entre nós e as estranhas engenhocas, porque nos misturaremos e nos uniremos participativamente.
Segundo Kuszweil, haverá uma interação entre a informatização generalizada e nossos cérebros biológicos, então, quando falarmos com uma pessoa em 2050, poderá haver uma grande probabilidade de estarmos nos confrontando diretamente com um verdadeiro híbrido de inteligência biológica e não biológica.

Os implantes neurais irão aumentar a capacidade da mente humana, transformando as pessoas em verdadeiros cyborg.
Aumentarão a nossa inteligência e seremos capazes de pensar mais rápido e mais profundamente, de desenvolver habilidades superiores em todos os campos do conhecimento, da música à ciência.

Graças à nanotecnologia, a inteligência não-biológica irá crescer exponencialmente - uma vez implantada no nosso cérebro - o oposto do que acontece com a inteligência biológica que procede a um ritmo tão lento a ponto de ser efetivamente igual a zero, mesmo que a evolução continue sempre atuando. Nós, agora, temos um total de 10 elevado a 26 operações por segundo, nos cérebros biológicos dos 7 bilhões de seres humanos no planeta. Em 50 anos, este valor será sempre o mesmo. Hoje, a inteligência não-biológica é um milhão de vezes mais longe deste valor.

A nanotecnologia também irá servir para salvar vidas humanas.


Na verdade, já existem algumas pessoas em que os neurónios biológicos do cérebro estão ligados a computadores e em tal sistema, a eletrônica funciona ao lado do circuito elétrico biológico. Esses enxertos, são usados ​​para melhorar certas condições patológicas e aliviar algumas deficiências, como no caso de pessoas surdas e pessoas com Parkinson.

Os mais recentes dispositivos dão, assim, a possibilidade de fazer download de software para atualizar o sistema.
Em pouco tempo, se poderá fazer uso dos nanobots – que são do tamanho dos glóbulos – capazes de entrar nos capilares e no cérebro, de forma não invasiva, para uma vasta gama de efeitos diagnóstico e terapêuticos.
Em casos de hepatite e diabetes, por exemplo, um dispositivo - sob a forma de cápsula, com poros de diâmetro de 7 nanômetros - libera insulina e bloqueia os anticorpos. Já foi testada em ratos, para o tratamento de diabetes do tipo 1, com bons resultados e, uma vez que o mecanismo de diabetes do tipo 1 é o mesmo, tanto nos ratos como no humano, é evidente se pensar que o aparelho irá também funcionar em seres humanos.

Assim, abre-se muitos outros cenários com um sabor surreal.

Já se sabe que, em um curto período de tempo, poderemos ter, por exemplo, uma realidade virtual em grande escala, em que os nanorrobôs serão capazes de interromper os sinais provenientes dos nossos sentidos e substituí-los com outros. (Então, ir ao banheiro, para muitos, não será mais um problema: basta pedir aos nossos queridos nanorobôs para substituir o odor desagradável por um cheirinho de lavanda ou flores de bosque - por assim dizer!)
Então, o cérebro poderá encontrar-se, realmente, em um ambiente virtual com as condições tão convincentes quanto as do ambiente real.

Assim, depois de 2030, desencadearà um grande debate filosófico em torno à questão de saber se se trata de uma simulação muito convincente de uma entidade consciente, ou se sejam realmente conscientes ou, ainda, se existem diferenças entre as duas. Estaremos lá para vermos? O tempo dirá!